Reações de surpresa, contentamento e até de espanto têm marcado a Feira “Pesquisadores do Futuro: Inclusão de Crianças e Jovens do Distrito Federal e Entorno no Mundo da Ciência”, que prossegue até esta sexta-feira (9/11) na Embrapa Hortaliças (DF). Mais de 5 mil estudantes de escolas do ensino fundamental, a maioria da rede pública, visitaram estandes montados em um pavilhão e na área externa desde segunda-feira. Eles estão tendo a oportunidade de conhecer e interagir com pesquisadores e técnicos das Unidades da Embrapa Hortaliças, Embrapa Agroenergia, Embrapa Recursos Genéticos, Embrapa Cerrados e com os monitores de diversas instituições parceiras. O evento também está mobilizando um número grande de empregados da área técnica e administrativa. De forma lúdica, os profissionais estão mostrando as pesquisas que estão por trás das hortaliças e conhecendo estruturas biológicas como o DNA de um tomate, que possibilita o estudo genético das plantas e a escolha de gene mais interessante para tornar a hortaliça mais produtiva e resistente às doenças. Em outros estantes é possível entender que o processo do fazer ciência não é só para gente grande, a exemplos dos kits de cultivo de alface em sistema hidropônico e de um minhocário, que tem o objetivo de realçar a importância do papel das minhocas para a conservação do solo, fundamental para a saúde das plantas. A pesquisa relacionada à produção de sementes de hortaliças também está presente na área da feira: utilizados para análises, estão expostos aparelhos desenvolvidos para medir a capacidade de germinação e vigor das sementes. Outras linhas de pesquisa como fertilidade de solo, doenças e pragas, processamentos pós-colheita ganharam reforço com as apresentações dos colegas das outras três Unidades que que trouxeram trabalhos sobre fungicultura, plantas do cerrado, abelhas e bovinos da raça Gir. Expressões: As estudantes Mariana e Ketlen, de 10 anos, da Escola Pequetitos, de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do DF, alternavam expressões de surpresa e receio a cada estande visitado. “Foi muito legal, adorei conhecer um monte de verduras”, conta Mariana. “Achei interessante também conhecer tudo isso, mas gostei mais de ver as raízes das plantas no microscópio”, acrescenta Ketlen, se referindo aos nematoides. Essa tem sido a reação presenciada várias vezes pela analista Danielle Biscaia, que trabalha no Laboratório de Nematologia da Embrapa Hortaliças. Ela acredita que ações desse tipo podem despertar o interesse dos estudantes pela área científica. “Pode ser que essas sementinhas se transformem em futuros pesquisadores”, exclama. Opinião semelhante tem a professora Valéria Gomes da Escola Pequetitos: “Essa é uma forma de aguçar o interesse por áreas que eles não têm muito contato. Quem sabe desperta para novas experiências”. Empregados: Além das equipes da área técnica, o evento mobilizou empregados dos diversos setores administrativos que estão atuando como monitores. “Estamos trabalhando muito, mas é divertido ver que os estudantes estão amando”, conta a analista Rosa Cristina Mota, do Setor de Gestão de Pessoas (SGP). Para a analista Danielle Biscaia, essa tem sido uma oportunidade de também interagir com os próprios colegas e conhecer um pouco mais sobre as pesquisas desenvolvidas pelos empregados. Parceiros: A Feira que tem como base o projeto Embrapa & Escola e está sendo realizada com recursos aprovado em edital da FAP-DF, alinhado a atividades relacionadas à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O evento conta ainda com a participação de parceiros, como Detran, Universidade Paulista (UNIP), SESC, Universidade Católica de Brasília (UCB), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Corpo de Bombeiros Militar do DF (CMB-DF) e Caesb. “Essa é a primeira vez que promovemos uma feira de ciência dessa amplitude, com expectativa de pública final de 6 mil pessoas, e estamos muito satisfeitos com o resultado e o retorno da sociedade”, diz o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Hortaliças Warley Nascimento.