Embrapa participa do Fórum RAC 2018 para discutir sustentabilidade e convergência ambiental na agricultura
Embrapa participa do Fórum RAC 2018 para discutir sustentabilidade e convergência ambiental na agricultura
Foto: Marcos Vicente
Ao final do ciclo de palestras, houve uma mesa-redonda para a seção de perguntas da plateia.
Evento abordou a importância da gestão dos recursos hídricos, matrizes energéticas, agropecuária, meios de produção industrial em relação ao meio ambiente e sustentabilidade
O chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Marcelo Morandi, foi um dos palestrantes das conferências ocorridas no Royal Palm Hall, em Campinas, SP, no dia 8 de novembro, durante o Capítulo X do Fórum RAC – Caminhos da Retomada. O evento visou apresentar e discutir diversos estudos e dados relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente.
Intitulado Caminhos da Retomada “Sustentabilidade versus Meio Ambiente: Conflito ou Convergência? ”, reuniu especialistas e interessados nos temas para o debate das questões relacionadas à preservação e a gestão racional dos recursos naturais.
Na palestra o representante da Embrapa listou as questões que envolvem a atividade agropecuária como emissora de gases de efeito estufa (GEE) e comentou as principais mudanças nos padrões de uso da terra no Brasil, ocorridas principalmente no período compreendido entre os anos de 2005 a 2015. Explicou que essas mudanças acarretam mudanças significativas nos padrões de emissão, positivas ou negativas, conforme o manejo do solo. Segundo Morandi o Brasil tem feito o dever de casa, por meio dos das ações expressas no Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura – o Plano ABC.
Morandi também apresentou o cenário da produção agrícola brasileira e listou os desafios, onde a agricultura contemporânea tem um significado mais ampliado que somente o vetor para produzir alimentos. Segundo ele, caminhos cada vez mais consolidados “apontam para o uso da química verde, serviços ecossistêmicos, nutrição e saúde, cultura, tradição, gastronomia, turismo rural, dentre outras”.
O momento nacional deve levar em conta as possibilidades de convergência entre as ações da produção agropecuária e a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade. "A situação do Brasil é bastante peculiar. Integramos um seleto grupo de países, ao lado de China, Estados Unidos, Índia e Rússia, que possuem áreas agrícolas superiores a 30 milhões de hectares, populações urbanas maiores que 80 milhões de pessoas e, por fim, Produto Interno Bruto (PIB) acima de US$ 1 trilhão, segundo dados da consultoria MBAgro”. E dentre todos esses, “o Brasil é quem tem o maior potencial de crescimento sustentável da agropecuária”, destacou.
Palestras
Além de Morandi outras palestras completaram o evento. Adriana Angélica Rosa Vahteric Isenburg, gerente de integração, controle e desenvolvimento tecnológico da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), empresa responsável pelo abastecimento de água, coleta, afastamento e tratamento dos esgotos domésticos no município de Campinas, abordou em sua conferência os recursos hídricos e os planos para uma exploração consciente.
Em seguida, Rodolfo Sirol, diretor de sustentabilidade da CPFL Energia, marca do Grupo CPFL que atende aproximadamente 10 milhões de clientes presentes em 679 municípios, palestrou sobre as matrizes energéticas. Sirol apontou a importância de o Brasil equacionar a questão da precificação do carbono na economia.
Já Luiz Fernando de Araújo Bueno, diretor de sustentabilidade do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) focou na atuação da indústria e os meios de produção. Conforme disse, “a sustentabilidade só se torna viável quando indivíduos, grupos e organizações agem de maneira uniforme”. Bueno reforçou o raciocínio usando uma frase atribuída ao líder indiano Mahatma Gandhi, que afirma que “as pessoas devem ser a própria mudança que almejam ver no mundo”.
Marcos Vicente (MTb 19.027 MG)
Embrapa Meio Ambiente
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