A praga está ausente do Brasil, mas já foi registrada em países do Caribe. Técnicos das áreas agrárias, biológicas e ambientais da superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Amapá (Mapa), da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária (Diagro), da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap), participam no período de 11 a 16 de novembro, da capacitação Palestra e Treinamento “Amarelecimento Letal do Coqueiro”, realizada pela Embrapa Amapá, com apoio do Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP) e da Embrapa Roraima. O Amarelecimento letal é uma das mais graves doenças do coqueiro, ainda sem ocorrência no Brasil (quarentenária ausente), mas com risco de entrada pelo norte do País porque está presente no Caribe. Plantas susceptíveis podem morrer de 3 a 6 meses após o aparecimento dos primeiros sintomas, e a identificação precoce é uma das principais estratégias de controle. O chefe-geral interino da Embrapa Amapá, Nagib Melém, acompanhou a abertura do evento, agradecendo o empenho e parceria dos técnicos participantes desta importante atividade na área de proteção de plantas em região de fronteira. A programação é composta de palestra, no auditório da Embrapa Amapá na manhã desta segunda-feira, 12/11, avaliação de plantios de coqueiro e dendê, e coleta de material em campo; análises em laboratório e encerrando com reunião técnica na sexta-feira, 16/11. O objetivo da capacitação no Amapá é disseminar técnicas para a prevenção da doença Amarelecimento letal, por meio de técnicas de amostragem, identificação e análise molecular em laboratório e metodologias que visam à detecção precoce do Amarelecimento Letal. Coordenador técnico da capacitação pela Embrapa Amapá, o pesquisador Adilson Lopes, explicou que este evento é voltado para o estudo e avaliação da doença quarentenária ausente do Brasil, mas já presente na América Central. “É uma doença devastadora, a praga apresenta ataques severos e mata a planta em até seis meses. Entre as principais alternativas e estratégias de controle temos a avaliação das cigarrinhas transmissoras do fitoplasma (uma espécie de bactéria) que causa o Amarelecimento letal. O treinamento está focado na avaliação dos sintomas da doença e na avaliação e identificação das cigarrinhas que transmitem o fitoplasma”, destacou o pesquisador da Embrapa. De acordo com o instrutor da capacitação, pesquisador doutor do Cirad, Michel Dollet, referência mundial em epidemiologia e manejo de doenças letais do coqueiro, é muito difícil evitar a introdução do Amarelecimento no Brasil. Também não existem tratamentos eficientes para o controle desta doença, sendo a detecção precoce e o monitoramento as melhores medidas de combate. A professora doutora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (IFAP), campus Porto Grande, Flaviana Gonçalves da Silva também é instrutora do treinamento, devido sua experiência na identificação de cigarrinhas vetores das espécies de fitoplasmas causadoras da doença. A pesquisadora doutora da Embrapa Roraima, Elisângela Gomes Fidélis, contribui no treinamento no Amapá com sua experiência na área de Manejo Integrado de Pragas, Ecologia de Populações, Controle Biológico e Pragas quarentenárias e Invasoras. Programação Palestra e Treinamento “Amarelecimento letal do coqueiro”. Segunda (12/11/18) 8h30 às 12h - Palestra sobre “Amarelecimento letal do coqueiro”. - Tarde – Coleta de cigarrinhas vetores das espécies de fitoplasmas agentes do Amarelecimento letal (Campo Experimental da Fazendinha / Macapá / Amapá). Terça (13/11/18) – manhã e tarde – Treinamento em identificação de cigarrinhas vetores das espécies de fitoplasmas agentes do Amarelecimento letal (Laboratório de Entomologia da Embrapa Amapá). Quarta (14/11/18) – manhã e tarde – Avaliação de plantios de coqueiro em Porto Grande. Quinta (15/11/18) – manhã e tarde – Avaliação de áreas de plantio de coqueiro nas cidades de Macapá e Mazagão. Sexta (16/11/18) – manhã - Avaliação do treinamento (sala de reuniões da Embrapa Amapá).