15/11/18 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Arte e Ciência se encontram na entrega do Prêmio Fundação Bunge, em SP

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Foto: Edilson Fragalle

Edilson Fragalle - O físico Silvio Crestana atribuiu o prêmio ao trabalho intenso realizado na área científica.

O físico Silvio Crestana atribuiu o prêmio ao trabalho intenso realizado na área científica.

Em cerimônia bastante concorrida, com cerca de 300 pessoas, no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em São Paulo, a entrega do 63º Prêmio da Fundação Bunge conectou cientistas da área de Ciências Agrárias e escritores do segmento infantil e infatojuvenil na noite de terça-feira (13).

O pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos, SP) e ex-presidente da Embrapa (2005-2009), Silvio Crestana, contemplado na categoria “Vida e Obra, na área de Ciências Agrárias: serviços ambientais para o agronegócio” recebeu o prêmio das mãos do presidente da Fundação Bunge, Carlo Lovatelli. 

Ao final da entrega dos prêmios, o público foi surpreendido com uma apresentação do cantor Toquinho.

Física e agricultura
Mestre e doutor em física pela USP de São Carlos na área de Física Aplicada a Solos, às Radiações e Teoria da Imagem, Silvio Crestana destacou-se internacionalmente pelo trabalho pioneiro de introdução da tomografia computadorizada nas ciências do Solo e tem atuado na área de Serviços Ambientais para a agricultura. 

É professor convidado e orientador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Engenharia Ambiental da Escola de Engenharia de São Carlos (USP), no Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada desde 1991 – orientou mais de 30 mestres e doutores.

Autor e co-autor de mais de 200 trabalhos científicos completos, publicados em revistas nacionais e internacionais, o físico propôs e coordenou mais de 20 projetos de pesquisa de âmbito nacional e internacional; é co-autor de oito patentes.

“Fiquei honrado e feliz com a premiação, uma vez que é uma distinção da comunidade científica e daqueles que se beneficiam da ciência e da inovação, caso da Fundação Bunge. Gostaria de agradecer a todos que contribuíram para minha vida e obra, sempre trabalhei com equipes e lideranças importantes, que foram um diferencial”, disse o pesquisador.

Atuação internacional
Crestana foi o primeiro coordenador e responsável pela implantação do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex), entre 1998 e 2001, nos Estados Unidos no Agricultural Research Service (ARS). Desde 2005 é membro da Academia Hassan II de Ciência e Tecnologia do Marrocos e atuou como pesquisador visitante em instituições nacionais e internacionais.

O pesquisador, que já recebeu vários prêmios e condecorações, é membro do Conselho Superior do Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP); da LIDE-Ribeirão Preto (presidente do grupo de Inovação da Liderança Empresarial) e um dos sete membros do Global Technology Advisory Council (GTIAC) da multinacional John Deere (Moline, Illionis, Estados Unidos).

“Espero que cada um que trabalhou ou trabalha comigo se veja também recebendo esse prêmio. Talvez meu mérito principal tenha sido encontrar pessoas competentes e motivadas com a agricultura, com a ciência, com a inovação. O trabalho profissional intenso, em assuntos importantes, principalmente criando relacionamentos e amizades, talvez seja esse o sal da vida”, finalizou Crestana.

Categoria Juventude
Na categoria “Juventude”, na área de ciências agrárias, o engenheiro agrônomo Pedro Henrique Brancalion, professor na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP (Piracicaba-SP), foi escolhido por pesquisas e projetos de extensão para manejo e restauração de florestas nativas tropicais no Brasil.

Dois escritores foram homenageados: Daniel Munduruku, que preserva a cultura indígena em livros para crianças, jovens e educadores, na categoria “Vida e Obra” da área de Letras Literatura Infantojuvenil; Nina Krivochein, de 14 anos e autora de quatro livros que fazem sucesso entre crianças e adolescentes, também recebeu o prêmio na categoria “Juventude”, a mais jovem agraciada desde a criação da premiação. 

Prêmio Bunge
As indicações ao prêmio foram feitas pelas principais universidades e entidades científicas e culturais do Brasil e os nomes foram avaliados e selecionados por comissões técnicas formadas por especialistas nas duas áreas de premiação.

O Prêmio Fundação Bunge foi criado em 1955 como forma de incentivo à inovação e disseminação de conhecimento e para reconhecer profissionais que contribuem para o desenvolvimento da cultura e das ciências no Brasil, além de estimular novos talentos. O ex-presidente da Embrapa, Eliseu Alves, também recebeu o Prêmio Fundação Bunge, na categoria “Desenvolvimento Agropecuário e Agronegócios”, no ano 2000 e esteve presente à cerimônia deste ano.

Joana Silva (MTb 19.554/SP)
Embrapa Instrumentação

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Edilson Fragalle (MTB 21.837/SP)
Embrapa Instrumentação

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