Conhecer a realidade dos diferentes biomas do Brasil, Peru e Bolívia. Esse é o propósito da expedição realizada pelos alunos de graduação em Engenharia Florestal de diversas instituições brasileiras, que desembarcaram no Acre, na quinta-feira (23), para participar do seminário "Pesquisa e Tecnologia em Manejo Florestal na Amazônia" oferecido pela Embrapa Acre. A caravana saiu do Paraná no dia oito deste mês e retorna no dia três de agosto, com escalas em vários estados brasileiros, peruanos e bolivianos e conta com a participação de acadêmicos da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). No Acre, eles puderam participar de uma extensa programação organizada pela Embrapa, coordenada pela analista Fernanda Monteiro. No período da manhã, os viajantes assistiram às palestras: aspectos ecológicos e potencial de aproveitamento do bambu nativo do Acre, ministrado pelo pesquisador Elias Miranda; o uso do micro-trator na colheita madeireira em manejo comunitário, com o pesquisador Henriques Borges; estrutura, dinâmica e prognose de florestas do Acre, proferida pelo pesquisador Luís Cláudio de Oliveira; o uso do Lidar no manejo florestal, com o pesquisador Marcus Vinício d'Oliveira. Na parte da tarde, os bolsistas da Unidade apresentaram pôsteres de pesquisas científicas desenvolvidas pela instiuição e, logo após, os estudantes assistiram mais três palestras: experimentos com plantios florestais na Embrapa Acre, ministrada pelo analista Robert Thompson; aspectos gerais e avanços no cultivo de castanha-do-Brasil, com a analista Fernanda Fonseca; e geotecnologia como ferramenta para o mapeamento e manejo de produtos florestais não madeireiros (PFNM), ministrada pelo bolsista Alisson Munaretti. Nícolas Martins, acadêmico da UFPR, nos contou que a expedição está abrindo um mundo de possibilidades, porque a maioria dos estudantes não conheciam outra realidade fora do seu estado e tinham muita curiosidade de conhecer como é feito o manejo de florestas nativas de regiões como Cerrado e Amazônia. "Está sendo uma experiência única conhecer os biomas e as técnicas de manejo aplicados em cada lugar, porque lá no Paraná, nós somos acostumados a ver apenas eucalipto. É muito diferente das outras regiões que estamos conhecendo, como a diversidade da Amazônia que é referência para o mundo", disse Martins. Para encerrar a visita, os alunos visitaram o campo experimental da Unidade e realizaram uma caminhada pela trilha da Andiroba. Daqui, os estudantes seguem viagem para Bolívia e Peru.