11/12/18 |   Recursos naturais

Especialistas discutem experiências de políticas para montanhas

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Foto: Ana Lucia Ferreira

Ana Lucia Ferreira -

No Dia Internacional das Montanhas, 11 de dezembro, segundo dia do Workshop sobre Desenvolvimento Sustentável em Ambientes de Montanha, a mesa redonda Experiências de políticas nacionais para ambientes de montanha, moderada por Marcos Sá, do Sebrae, contou com as contribuições de Isabel Ferreira, do Centro de Investigação em Montanhas, CIMO; Gustavo Martinelli, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico; e Antônio Carlos Simões Florido, do IBGE.

Isabel Ferreira, com a palestra Iniciativas políticas em pesquisa e desenvolvimento em Portugal, relatou como seu país reagiu à grande perda populacional que tem levado à desertificação de regiões de montanha, impulsionando o desenvolvimento científico e tecnológico na área agroalimentar por meio da criação de um laboratório colaborativo. Numa associação dos setores público e privado, integrada por instituições de pesquisa e empresas, o laboratório tem a missão de pesquisar para gerar produtos, processos e serviços e, assim, gerar negócios científicos e empregos altamente qualificados. Isso em um país que já contava com um dos mais reconhecidos centros de pesquisa em montanha do mundo, o CIMO.

Gustavo Martinelli com a palestra Programa Nacional de Pesquisa e Preservação em Ambientes de Montanha recordou trabalhos que realizou para a elaboração de Plano Nacional de Ecossistemas de Montanha que previu ações de pesquisa e documentação, conservação e uso e fortalecimento institucional. Realizado a pedido do governo da época, o Plano não foi implementado, estando as questões levantadas ainda válidas e carentes de enfrentamento. Ele também mencionou trabalho no qual apontava as lacunas de conhecimento em todos os biomas e apontou a indefinição conceitual de um conjunto de termos em uso na área de conhecimento. Ao final, abordou o crescimento do número de estudos e pesquisadores em conservação como um sinal positivo para o aumento do conhecimento sobre os ambientes de montanha no Brasil.

Simões Florido falou sobre O censo agropecuário como ferramenta para planejamento em áreas de montanhas: perfil da agricultura brasileira em diferentes altitudes. Ele informou que para o Censo Agropecuário de 2006, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, inovou na abordagem da preparação, buscando associações e órgãos de pesquisa agropecuária e gestão agrícola para indagar que tipos de informação precisavam e como gostariam de visualizá-las. Isso foi feito para superar o procedimento habitual até então utilizado que gerava dados apresentados em tabelas de difícil compreensão e ainda menores apropriação pelos principais agentes no agro. Ele informou que o censo agro foi provocado por pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos para facilitar a visualização de dados sobre a agricultura familiar em montanhas.

João Eugênio Diaz (MTb 19276/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos

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Mais informações sobre o tema
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