Especialistas discutem experiências de políticas para montanhas
Especialistas discutem experiências de políticas para montanhas
No Dia Internacional das Montanhas, 11 de dezembro, segundo dia do Workshop sobre Desenvolvimento Sustentável em Ambientes de Montanha, a mesa redonda Experiências de políticas nacionais para ambientes de montanha, moderada por Marcos Sá, do Sebrae, contou com as contribuições de Isabel Ferreira, do Centro de Investigação em Montanhas, CIMO; Gustavo Martinelli, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico; e Antônio Carlos Simões Florido, do IBGE.
Isabel Ferreira, com a palestra Iniciativas políticas em pesquisa e desenvolvimento em Portugal, relatou como seu país reagiu à grande perda populacional que tem levado à desertificação de regiões de montanha, impulsionando o desenvolvimento científico e tecnológico na área agroalimentar por meio da criação de um laboratório colaborativo. Numa associação dos setores público e privado, integrada por instituições de pesquisa e empresas, o laboratório tem a missão de pesquisar para gerar produtos, processos e serviços e, assim, gerar negócios científicos e empregos altamente qualificados. Isso em um país que já contava com um dos mais reconhecidos centros de pesquisa em montanha do mundo, o CIMO.
Gustavo Martinelli com a palestra Programa Nacional de Pesquisa e Preservação em Ambientes de Montanha recordou trabalhos que realizou para a elaboração de Plano Nacional de Ecossistemas de Montanha que previu ações de pesquisa e documentação, conservação e uso e fortalecimento institucional. Realizado a pedido do governo da época, o Plano não foi implementado, estando as questões levantadas ainda válidas e carentes de enfrentamento. Ele também mencionou trabalho no qual apontava as lacunas de conhecimento em todos os biomas e apontou a indefinição conceitual de um conjunto de termos em uso na área de conhecimento. Ao final, abordou o crescimento do número de estudos e pesquisadores em conservação como um sinal positivo para o aumento do conhecimento sobre os ambientes de montanha no Brasil.
Simões Florido falou sobre O censo agropecuário como ferramenta para planejamento em áreas de montanhas: perfil da agricultura brasileira em diferentes altitudes. Ele informou que para o Censo Agropecuário de 2006, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, inovou na abordagem da preparação, buscando associações e órgãos de pesquisa agropecuária e gestão agrícola para indagar que tipos de informação precisavam e como gostariam de visualizá-las. Isso foi feito para superar o procedimento habitual até então utilizado que gerava dados apresentados em tabelas de difícil compreensão e ainda menores apropriação pelos principais agentes no agro. Ele informou que o censo agro foi provocado por pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos para facilitar a visualização de dados sobre a agricultura familiar em montanhas.
João Eugênio Diaz (MTb 19276/RJ)
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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