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Empresas avaliam máquina para combate do capim-annoni

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Foto: Felipe Rosa

Felipe Rosa - Empresas fazem avaliação da máquina Campo Limpo

Empresas fazem avaliação da máquina Campo Limpo

Estratégias para potencializar controle de invasoras foram discutidas em reunião em Bagé

Representantes da Embrapa Pecuária Sul, da fabricante de maquinários agrícolas Grazmec, e de empresas revendedoras de maquinários e implementos agrícolas reuniram-se na sexta-feira (25/01), em Bagé, para fazer uma avaliação do desempenho de campo e mercadológico do aplicador seletivo de herbicida Campo Limpo, máquina de combate ao capim-annoni e outras diversas plantas invasoras que degradam as pastagens. 

Lançada em 2008 pela Embrapa, a tecnologia hoje fabricada pela Grazmec reduz significativamente as infestações no campo quando usada com outras práticas de manejo, como a correção e a manutenção da fertilidade do solo, a sobressemeadura de espécies forrageiras de inverno e de verão e o ajuste de carga animal de acordo com a oferta de pastagem. Todos esses princípios integram o Método Integrado de Recuperação de Pastagens (Mirapasto)

Conforme o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Jorge Sant’anna, o encontro foi muito importante para confrontar diversas impressões de produtores adotantes da tecnologia com a percepção dos fabricantes, dos pesquisadores e dos revendedores sobre a Campo Limpo. 

“Se por um lado temos um problema extremamente crítico no Rio Grande do Sul que é o capim-annoni, por outro temos uma máquina eficiente no combate a essa e a outras invasoras. Ao mesmo tempo, essa tecnologia ainda não é muito conhecida pelos produtores e não está massivamente nas propriedades. Dessa forma, o encontro foi muito produtivo para definirmos alguns pequenos ajustes na máquina para melhorar a eficiência no campo, mas principalmente começaram a surgir novas estratégias de divulgação da máquina”, disse. 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Naylor Perez, pequenos ajustes no equipamento, como um novo mecanismo de limpeza, o reforço de alguns componentes e um melhor fluxo de distribuição do herbicida, são melhorias que não aumentam o custo final da Campo Limpo e poderão dar resultados significativos para os produtores. “Associado a esses avanços vamos produzir vídeos instrutivos, para que o produtor possa fazer o melhor uso possível do equipamento”, reforça Perez. 

Campo Limpo
A Campo Limpo controla de forma seletiva gramíneas indesejáveis como o capim-annoni. Também controla plantas tóxicas de folha larga como a maria-mole/flor-das-almas e o mio-mio. Em virtude da diferença de altura que se estabelece entre as plantas forrageiras consumidas pelo gado e as espécies invasoras, que ganham maior altura, somente as plantas indesejáveis entram em contato com os aplicadores de herbicida da máquina. Essa forma de uso direto, sem a necessidade de pulverização, aumenta a segurança da aplicação, evitando riscos de deriva do produto e de inalação indevida pelo operador, beneficiando o meio ambiente e o homem. 

O uso da Campo Limpo deve ser conjugado com as outras práticas de manejo previstas no Mirapasto, de forma a obter maior eficiência para o controle de plantas invasoras e recuperação das áreas degradadas. 

“É um equipamento fantástico, muito funcional e que controla o problema no campo, principalmente a questão do capim-annoni. Não dá para comparar com uma roçadeira mecanizada, porque com ela o problema do capim-annoni até se aprofunda. É um equipamento pronto, claro que alguns ajustes são necessários, mas todos os clientes ficam satisfeitos. Alguns desejos dos produtores podem entrar como opcionais, como o aumento da área de aplicação do herbicida, por exemplo, o que agilizaria o trabalho da máquina”, destacou o gerente comercial da Grazmec, Mário Bandeira. 

Roteiro com informações técnicas
Uma das iniciativas definidas para ampliar a divulgação da Campo Limpo foi um roteiro de eventos, que vai percorrer alguns municípios do Estado levando informações técnicas sobre a máquina e sobre o controle do capim-annoni e recuperação de áreas degradadas. Outra ação será a realização de atividades em grandes feiras estaduais, reunindo a pesquisa, a indústria, os revendedores, produtores e outros parceiros para discutir o tema. “A máquina é muito eficiente, mas ainda não é bem conhecida pelo produtor”, destacou o representante da revendedora Escopel, Darci Sberse. “Esse tipo de evento pode ajudar a divulgar melhor a máquina e ampliar a comercialização”, completou o representante da revendedora Damasceno, Flávio Damasceno.  

Potencial nacional
Apesar de ter sido concebida nas condições do Rio Grande do Sul, a máquina Campo Limpo tem eficiência no combate de diversas plantas invasoras no Brasil. Um exemplo é o capim-navalha, invasora comum nas pastagens do Norte do País. “Hoje temos diversas máquinas trabalhando em Marabá, no Pará, no controle dessa invasora”, comentou Bandeira. 

Assinatura de convênio
Durante o evento aconteceu, também, a assinatura da renovação de contrato de cooperação, entre Embrapa e Grazmec, para continuidade da fabricação da máquina Campo Limpo pela Grazmec. 

Participaram da organização do evento os pesquisadores da Embrapa Hélio Tonini, Jorge Sant’Anna, Naylor Perez e Renata Suñé.

 

Felipe Rosa (Mtb 14406/RS)
Embrapa Pecuária Sul

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