Há cerca de 20 dias do início da 29ª Abertura da Colheita do Arroz, realizada nesta edição na área de lavouras demonstrativas, especialmente planejadas na Estação Experimental de Terras Baixas (ETB) da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS), a Federação de Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz) reuniu a imprensa estadual e regional, das 11h30 às 15h, na sede do evento, para anunciar as novidades desta Abertura da Colheita, que acontece entre os dias 20 a 22 de fevereiro. Os promotores do evento estiveram à disposição dos veículos de comunicação para responder questionamentos sobre a logística do evento, lançamentos de produtos, programação técnica e inovações políticas para o setor arrozeiro. A realização é uma parceria entre a Federarroz e a Embrapa.

    A coletiva de imprensa se deu pela apresentação dos dirigentes das instituições e dos municípios envolvidos (Pelotas e Capão do Leão), bem como de suas fontes ao falar sob a participação de suas instituições no evento, aos profissionais de Comunicação. Estiveram representados mais de 20 veículos de Comunicação do Estado e da Metade Sul. A equipe de  logística do evento e de Marketing e Comunicação da Federarroz já se instala em Pelotas a partir do dia 6 de fevereiro para ultimar os detalhes da Abertura da Colheita, que espera a circulação de mais de 5 mil visitantes.

    Após a realização de perguntas diversas e contato com as fontes, no auditório da Estação Experimental de Terras Baixas, todos os participantes puderam circular em meio aos 6ha de lavouras demonstrativas na área preparada para o evento. Esta área compreende parcelas de diversas cultivares de arroz da Embrapa, do Irga, de estudos da UFPel e de empresas comerciais tradicionalmente participantes. Além disso, neste ano, a exemplo da edição de 2018, serão demonstradas vitrinas de soja como opção a rotação de culturas. E a Embrapa destinou 1ha para o cultivo alternativo do orizicultor: uma área de diversas pastagens de verão como fonte de renda e diversificação de culturas. O evento foi encerrado com almoço e a finalização de materiais jornalísticos.

A Coletiva de Imprensa

Estiveram presentes na coletiva de imprensa o vice-presidente da Federarroz, Alexandre Velho, o chefe geral substituto da Embrapa Clima Temperado, José Dias Vianna Filho, o coordenador do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) na Zona Sul, André Matos, e os prefeitos de Capão do Leão, Maulo Nolasco, e de Pelotas, Paula Mascarenhas.

José Dias Vianna Filho falou sobre a importância de trazer um evento do setor orizícola à Região de Pelotas para desenvolver e dar visibilidade ao polo industrial, aos produtores da região Sul e as tecnologias que vem sendo desenvolvidas na Embrapa. “Haverá um impacto econômico e social e consequentemente para nós que trabalhamos com desenvolvimento de novas tecnologias, a possibilidade de adotá-las em sistemas de produção”, afirmou Vianna.

A empresa de pesquisa tem uma forte ligação com o setor arrozeiro no desenvolvimento de tecnologias para o arroz e pesquisas em arroz irrigado. Além disso, busca soluções para combate a pragas e plantas daninhas através da rotação de culturas. Essa busca incentivou o tema deste ano Matriz Produtiva – Atividade diversificada, Renda Ampliada, a fim de diminuir as invasoras das lavouras de arroz com o plantio de soja e ampliar a renda do produtor. “A nossa pauta, que trata da diversificação, vem como uma estratégia de viabilizar um negócio, por isso, essa abertura se caracteriza por uma reunião de negócios, uma reunião política e uma reunião técnica. Todos esses fatores que tem uma significância e um impacto na cadeia estarão presentes durante esses três dias de evento”, resumiu Vianna.

Vianna foi perguntado sobre a posição da Embrapa em relação ao novo governo. Ele falou que independente do governo, o trabalho da Embrapa continua o mesmo, buscando soluções para a agricultura. Ressaltou a importância do cultivo do arroz para a economia brasileira e ressaltou que a visita da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao Estado deve trazer novidades positivas para o setor como mais politicas públicas. “A cadeia do arroz é importante economicamente e socialmente e o resultado dessa produção tem impacto direto na nossa economia, então o Estado não pode abrir mão do compromisso. Através de um órgão oficial como a Embrapa, é preciso viabilizar iniciativas de cunho econômico nesses momentos de dificuldades da cadeia do arroz de enfrentamento das chuvas. A única tecnologia que ainda não dominamos é a chuva”, ponderou Vianna.

Estiveram interagindo com a imprensa os pesquisadores da Embrapa, Giovani Theisen, responsável pela logística do evento, e Ariano Magalhães Júnior, melhorista genético, responsável pelo lançamento da nova cultivar de arroz "premium", BRS Pampa CL, a ser lançada em 20 de fevereiro na Abertura da Colheita. Outra fonte para os comunicadores foi a presença do engenheiro agronômo Rafael Vergara, da Sementes Simão, de Dom Pedrito/RS, que realiza os testes da BRS Pampa CL.