02/02/19 |   Transferência de Tecnologia  Automação e Agricultura de Precisão

Aplicações práticas de sensoriamento remoto em soja é destaque na Vitrine da Embrapa no Show Rural

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Foto: Luis Crusiol

Luis Crusiol - Vant em área de soja

Vant em área de soja

O sensoreamento remoto no monitoramento de estresses na cultura da soja será tema de demonstrações práticas e de palestras na Vitrine de Tecnologias da Embrapa no Show Rural, evento que acontece de 4 a 8 de fevereiro, em Cascavel (PR). Haverá palestras nesta segunda-feira, dia 4, às 15h45; no dia 5 (terça-feira), às 11h15; no dia 6 (quarta-feira) às 15h45 e no dia 7 (quinta-feira), às 14h15. De acordo com o pesquisador José Renato Bouças Farias, chefe-geral da Embrapa Soja, o sensoriamento remoto constitui-se em importante ferramenta para o monitoramento das lavouras. 

A Embrapa, em parceria com o Grupo Aplicado ao Levantamento e Espacialização de Solos (GALeS) da Universidade Estadual de Maringá, está desenvolvendo índices, ferramentas e indicadores para recomendar o melhor uso das ferramentas digitais e das novas tecnologias (IoT, geoprocessamento, sensoriamento remoto, monitoramento à distância). “Nosso objetivo com o uso dessas novas ferramentas é orientar um conjunto de práticas de manejo alicerçadas em parâmetros de resposta da planta a um determinado fator, a um determinado estresse ou condição de produção”, destaca Farias. “E no futuro usar melhorar estas ferramentas no sistema de produção, conta”.

No Show Rural, a Embrapa irá apresentar os resultados de pesquisa das últimas três safras no uso das ferramentas digitais no sistema de produção agrícola com foco em déficit hídrico e aspectos nutricionais da soja (com e sem deficiência de potássio, um dos principais nutrientes exigidos pela soja). “O sensoriamento remoto tem potencial grande, mas antes de chegar a uma aplicação no mercado é preciso investimento em pesquisa para que consigamos ter reprodutibilidade em um modelo a ser aplicado”, explica o geógrafo Luis Guilherme Crusiol, doutorando em agronomia pela UEM.

Durante o evento, serão apresentados dois veículos aéreos não-tripulados (vants) (um helicóptero e um octocóptero - oito hélices), além de seis sensores (  1) câmera visível - registra de 400 a 700 nanômetros em comprimentos de onda subdivididos em azul, vermelho e verde que combinados geram a imagem visível a olho nu), 2) câmera infravermelho, 3) câmeras termais (medem a temperatura e registra o infravermelho termal 4) câmeras hiperespectrais (registra até 300 comprimentos de onda)  acopladas a helicóptero 5) câmera hiperspectral acoplada a avião tripulado 6) espectrorradiômetro (valida com base nesse sensor em campo). “Vamos mostrar diferentes tipos de sensores e seu uso acoplado a vants, drones e satélites”, por exemplo. “E ainda como a pesquisa está gerando índices para que com essas imagens coletadas via sensores tenham uso mais eficiente dentro do sistema de produção agrícola”, destaca Farias.

Déficit hídrico
A Embrapa irá apresentar os primeiros resultados, por exemplo, com o uso de câmera termal (mais eficiente que uma câmera visível) no monitoramento de plantas em situação de seca. “Um dos exemplos é mostrar a avaliação e o acompanhamento da condição hídrica da planta, por meio da utilização de câmaras termais, usando a temperatura como resposta à condição hídrica da planta”, explica Farias.
Crusiol reforça que quando uma planta está com falta de água a temperatura dela é mais elevada do que a planta que recebe água continuamente. “Os equipamentos e sensores que serão apresentados no evento podem monitorar a condição hídrica da planta, por meio de imagens que são imperceptíveis ao olho humano”, explica. 

Monitorando a deficiência nutricional - Com relação à déficit nutricional, a ideia é demonstrar, com a ajuda de um sensor que mede direto na folha, a deficiência de potássio, mesmo antes do aparecimento de sintomas ou da realização de avaliação nutricional. “Estamos trabalhando para modelar o conteúdo de cada nutriente para facilitar a identificação do problema e minimizar a queda produtividade”, diz.

Para cada um desses fatores a pesquisa está caracterizando uma resposta à ocorrência de determinado fenômeno. “No futuro pretendemos criar parâmetros de identificação, para desenvolver modelos e rotinas que vão definir como tal comportamento está associado a um determinado comportamento e resposta da planta”, explica Farias. “Esta resposta obtida com o sensoriamento remoto vai ajudar a definição de determinado manejo ou prática para resolver o problema ou prevenir para que não ocorra nas safras seguintes”, ressalta o pesquisador.

Assessoria de Imprensa no Show Rural
Jornalista: Lebna Landgraf
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Lebna Landgraf (MTb 2903/PR)
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