A Embrapa e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte S/A (Emparn) discutiram hoje (14) a elaboração de um projeto de cooperação a partir da construção de uma pauta comum entre as duas instituições, nos próximos meses. Esse foi o resultado da reunião que ocorreu em Brasília (DF) entre o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, o secretário estadual de Agricultura, Guilherme Saldanha, o diretor-presidente da Emparn, Rodrigo Maranhão, e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento, Marcone Mendonça Chagas. Entre as prioridades do projeto de cooperação estão o suporte da Embrapa para a volta do algodão colorido ao Estado do Rio Grande do Norte, iniciativa que deverá receber apoio também do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para a capacitação de multiplicadores. De acordo com Sebastião Barbosa, além da atuação da Embrapa em relação à pesquisa e às soluções tecnológicas para o retorno do desenvolvimento do algodão colorido na região, é necessário, também, que os agricultores se organizem para o plantio no período certo, bem como para a defesa fitossanitária contra o Bicudo-do-algodoeiro. “É possível produzir algodão no Rio Grande do Norte a um custo baixo e com boa qualidade, devido ao clima da região. Destaca-se, ainda, que o estado está localizado em uma região próxima a um dos pólos exportadores do algodão, em Fortaleza, o que facilitaria o escoamento da produção”, ressalta Barbosa. Além do algodão colorido, foram discutidas outras possibilidades a serem inseridas no projeto de cooperação, entre elas o aprimoramento da cajucultura no Rio Grande do Norte, com a produção de mudas da cultura, bem como o fomento das ações do projeto por meio da participação da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern). Além do presidente da Embrapa e dos representantes do governo do Estado do Rio Grande do Norte, estiveram presentes ao encontro o assessor do senador Jean Paul Prates (PT/RN), Leonardo Masi, e assessores da Embrapa. Emparn Criada em 1980, a Emparn é constituída de uma sociedade entre o Estado do Rio Grande do Norte e o Governo Federal, através da Embrapa, que participam com 51% e 49% do seu Capital Social, respectivamente, conforme Decreto Estadual nº 7.741, de 9 de novembro de 1979. Atualmente, 14 empregados da Embrapa são lotados na Emparn, entre eles 7 pesquisadores. A empresa estadual se dedica a programas de pesquisa e desenvolvimento da fruticultura, entre elas do melão, caju e coco, além de programas de melhoramento, como o da palma forrageira.