28/03/19 |   Agroenergia  Agroindústria

Pesquisadores debatem impacto da EMBRAPII no setor industrial brasileiro

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O investimento em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em projetos contratados pela EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) ultrapassa a casa de R$1 bilhão. São mais de 600 projetos de inovação desenvolvidos em parceria com grandes empresas do mercado nacional, contratados nos últimos cinco anos. Os números alcançados pela EMBRAPII foram detalhados durante 9º ° Workshop Unidades EMBRAPII, que aconteceu nesta quarta-feira, 27 de março, na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A abertura do evento contou com a participação do Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, Paulo Alvin que representou o Ministro Marcos Pontes, do Diretor-Presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães e do chefe-geral substituto da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso Alves, que representou o Presidente Sebastião Barbosa.

Alvin destacou o quanto o modelo EMBRAPII é inovador e como o mesmo permite uma maior aproximação dos Institutos de Ciência e Tecnologia Públicos e Privados com o segmento produtivo e uma maior captação de recursos extra-tesouro para as atividades de PD&I, que segundo ele são duas recomendações do ministro da pasta. Já Guimarães, ressaltou os números expressivos obtidos pela Embrapii nos últimos cinco anos, indicando que atualmente a EMBRAPII conta com uma carteira com mais de 600 projetos em desenvolvimento e mais de 140 pedidos de propriedade intelectual. “Começamos com três pilotos e hoje já são 42 unidades. Eram somente 10 empresas hoje já são 500, e em número de projeto de 11 para 700. E portanto, quebramos um paradigma no Brasil que era impossível interagir as empresas com o setor acadêmico”, destaca Guimarães.

Além disso, o Diretor-Presidente da Empresa acrescentou que o modelo EMBRAPII permite se estabelecer prioridades para a pesquisa e desenvolvimento nacional. Por fim, Alexandre Alonso, apontou o sucesso que a Unidade Embrapii – Bioquímica de Renováveis vem tendo nos últimos anos com a contratação de vários projetos de codesenvolvimento com a iniciativa privada, a despeito do fato da área de atuação da unidade requerer, via de regra, grandes investimentos para o desenvolvimento de projetos complexos, cujas tecnologias requerem tempo para maturação.

Alonso ressaltou ainda que a Embrapa está promovendo uma ampla mudança em seus processos internos, alternando de uma lógica de produção para uma nova lógica de inovação, em que é preconizado uma estreita coloboração com agentes do setor produtivo para cocriaçao ou codesenvolvimento de novas soluções tecnológicas e que este novo modelo da empresa está muito alinhado ao modelo preconizado e operacionalizado pela EMBRAPII.

Workshop
Durante o evento, cuja organização contou com o apoio da Unidade EMBRAPII Embrapa Agroenergia, e que teve a participação dos 42 centros de pesquisas credenciados, foi debatido o impacto da Embrapii nos centros de pesquisa e apresentado um novo Modelo para Criação e Aceleração de Startups. Os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre os editais abertos de cooperação internacional e registros de propriedade intelectual, além de conhecer a estrutura de pesquisa da Embrapa Agroenergia, Unidade EMBRAPII de Bioquímica de Renováveis.

De acordo com a pesquisadora Patrícia Abdelnur, coordenadora da Unidade Embrapii – Agroenergia, o evento é realizado pela EMBRAPII a cada semestre para divulgar todas as ações e dados da EMBRAPII, além de promover o alinhamento das informações para todas as Unidades EMBRAPII (UEs). “É uma excelente oportunidade de networking entre as UEs. Sediar o evento na Embrapa permitiu a divulgação da nossa infraestrutura e expertise, o que é interessante, uma vez que as UEs podem fazer projetos em parceria entre si”, acrescenta.

Unidade Embrapii-Embrapa Agroenergia
A Unidade foi credenciada em 2016, com o objetivo de realizar pesquisas com parceiros da iniciativa privada na área de bioquímica de renováveis utilizando microrganismos e enzimas. De lá para cá, já são cinco projetos contratados visando o desenvolvimento de novas variedades de plantas geneticamente modificadas, biofertilizantes, corantes naturais, bioativos com ação nematicida, dentre outros. “Nestes projetos contamos com parcerias de sete empresas, que vão desde startups até empresa de médio a grande porte”, complementa Abdelnur.

“Esse modelo proporciona claras vantagens a todos os envolvidos, mas, sobretudo às empresas que têm acesso a pesquisa e tecnologias de ponta, em parceria com ICTs de reconhecida excelência em suas áreas de atuação. Um importante aspecto dessas cooperações visando o codesenvolvimento de uma nova solução tecnológica, é que tanto os investimentos em PD&I quanto os ricos os riscos inerentes a pesquisa compartilhados entre a empresa parceira e a ICT” esclarece Alexandre Alonso, que atua também como coordenador de planejamento e negócios da UE – Embrapa Agroenergia - Bioquímica de renováveis.

“Os projetos contratados são personalizados e sempre focado no desenvolvimento de uma nova tecnologia para um problema/demanda levantado pelo agente do setor produtivo. Essa é uma grande vantagem que o modelo Embrapii proporciona”, destaca Abdelnur.

Sobre a EMBRAPII 
A empresa atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco o fomento a pesquisas de inovação. O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas para determinada pesquisa, enquanto o restante é dividido entre a empresa e o instituto de pesquisa parceiro.

Ao compartilhar riscos de projetos com as empresas (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas tanto no mercado interno como no mercado internacional. A EMBRAPII é uma organização social muito nova, que usou base um modelo alemão e adaptou e a própria Embrapa também foi outra inspiração, conta o presidente da EMBRAPII, Jorge Guimarães. “ A EMBRAPII vem para facilitar aproximação do conhecimento acadêmico, pesquisa com as necessidades de mercado, conclui Guimarães.

Daniela Collares (MTb 114/01/RR)
Embrapa Agroenergia

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