Reunião define pautas e coordenação do Fórum da Agricultura Familiar
Reunião define pautas e coordenação do Fórum da Agricultura Familiar
Foto: Robson Loecke
FAF 2019/2020 é eleito nesta semana em reunião na Estação Experimental de Cascata na Embrapa. Inovação para este biênio serão as reuniões mensais descentralizadas.
O Fórum da Agricultura Familiar da Região Sul (FAF) realizou em reunião a eleição e posse dos representantes da Coordenação das setoriais para atuação no biênio de 2019/2020. O encontro aconteceu na terça-feira (9), no Centro de Capacitação de Agricultores Familiares (CECAF), localizado na Estação Experimental de Cascata da Embrapa Clima Temperado (Pelotas,RS). Na ocasião, também foram propostos quais serão os principais temas trabalhados no ano de 2019.
O FAF foi criado em 1996 para discutir as dificuldades da agricultura familiar e propor soluções para as reinvindicações trazidas pelos representantes dos seguimentos representativos. O Fórum também é um espaço de deliberação de politicas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável da agricultura. Sua coordenação é compartilhada pelas representações setoriais de organizações governamentais e não-governamentais, setorial quilombola, setorial das mulheres, setorial dos pescadores, setorial dos agricultores familiares e setorial de assentados da reforma agrária, que se reúnem toda segunda terça-feira de cada mês para debater questões pertinentes à agricultura familiar. Nesta, uma das pautas foi a eleição da coordenação dos dirigentes do FAF para o biênio 2019/2020. Os eleitos foram:
Setorial das organizações governamentais:
Prefeituras: Carlos Alexandre da Rosa (titular) e Rejane Jorge (suplente)
Universidades: Felipe Hermann - UFPel (titular) e Carmen Porto - FURG (suplente)Prefeituras: Carlos Alexandre da Rosa (titular) e Rejane Jorge (suplente)
Empresa de pesquisa: Embrapa Clima Temperado -Raul Grehs (titular) e Rosângela Costa Alves (suplente)
Empresas de extensão:Emater - Eduardo Souto Mayor (Titular) e Edgar Norenberg (Suplente)
Setorial das organizações não-governamentais: CAPA - Ernesto Martinez (titular) e Rita Surita(suplente)
Setorial de mulheres: Regina Medeiros - Emater (Titular) e Sirlene Freitas dos Santos - Comunidade Quilombola Tio Dô de Santana da Boa Vista (Suplente)
Setorial de pescadores: Nilmar Conceição (Titular) e não definido o suplente
Setorial de assentados da reforma agrária: Roseli Motta dos Santos (Titular) e Paulo Sergio Fanka Barcelos (Suplente)
Setorial quilombolas: Nilo Dias (Titular) e Jerri Quevedo (Suplente)
Setorial dos agricultores familiares:Marigaiane de Medeiros - Cooperativa Sul Ecológica e Valdemar Vahl - Cafsul
Temas em debate
Os temas que vão nortear os trabalhos do FAF também foram propostos durante a reunião. No ano de 2019, serão abordados temas importantes para a agricultura familiar como a mortandade das abelhas, problema que afeta a produção do mel junto aos apicultores, e também a questão dos agrotóxicos, agricultura orgânica e agroecologia na busca alimentos mais sadios.
Descentralização do Fórum
Uma inovação que o Fórum também apresenta é a sua descentralização. Agora, as reuniões também vão ser realizadas em outros municípios, e não apenas na Estação Experimental de Cascata da Embrapa Clima Temperado. O representante da Embrapa no FAF, Raul Celso Grehs, explica que essa proposta busca estimular a criação de fóruns municipais de agricultura e a participação dos agricultores nas reuniões do Fórum. Para ele, o conhecimento, a informação e a troca de experiências que os agricultores adquirem são muito produtivos. “Nós temos um compromisso junto com as instituições que ajudam e incentivam a realização do fórum para que esse trabalho chegue de fato aos pequenos agricultores, porque a economia dos municípios chega muito desse seguimento que é a agricultura familiar”, diz Grehs.
Para a Embrapa, o FAF é um espaço em que a Empresa pode divulgar as suas tecnologias e receber demandas não só pertinentes à pesquisa, mas como se trata de uma ação que busca o desenvolvimento regional e da agricultura, outros temas pertinentes para a comunidade são abordados, entre eles, a questão educacional e de transporte. “É um espaço importante para fazer encaminhamentos e discussões, pensando sempre no melhor para o produtor rural e para a sua família, sua permanência no campo com uma vida mais digna para produzir de maneira satisfatória com resultados que o animam a continuar na sua atividade”, considera Grehs.
Entre as atividades desenvolvidas pelo Fórum constam ainda seminários, oficinas temáticas, audiências e outras ferramentas de articulação para a formação de agentes de desenvolvimento territorial. Além disso, os integrantes da coordenação do FAF elaboram planos estratégicos de desenvolvimento rural, apresentam projetos de pesquisa desenvolvidos no território e programas de desenvolvimento rural sustentável. As próximas reuniões estão agendadas para 9 de maio (Canguçu,RS); 14 de maio (Capão do Leão, RS) e em 11 junho (Santatana da Boa Vista,RS).
Colaboração de Thais Boa Nova
Embrapa Clima Temperado
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