UD realiza a 12ª edição do Curso de Micropropagação de Plantas
UD realiza a 12ª edição do Curso de Micropropagação de Plantas
A primeira turma do 12º Curso de Micropropagação de Plantas foi concluída na Unidade entre os dias 3 a 7 de agosto, com 20 participantes. Sob coordenação dos pesquisadores Antônio da Silva Souza, Janay Almeida dos Santos-Serejo e Tatiana Junghans, essa edição foi dividida em duas turmas e a próxima será recebida em setembro (data a confirmar).
O evento é voltado a pesquisadores, professores, técnicos e estudantes de graduação e pós-graduação em uma programação que alia teoria a prática. O grupo de instrutores é formado por técnicos, analistas e pesquisadores da Embrapa, além de professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e da Faculdade Maria Milza (Famam).
O objetivo do curso é direcionar os participantes desde os aspectos técnicos da micropropagação de abacaxi, banana, bromélia, orquídea, mandioca e plantas medicinais, os custos e a otimização de uma biofábrica até a organização e implantação de um laboratório de cultura de tecidos. A programação inclui uma visita à Biofábrica da Campo Biotecnologia Vegetal, na área da Embrapa.
A técnica da micropropagação ou propagação vegetativa in vitro possibilita a clonagem de várias espécies, permitindo a formação de indivíduos geneticamente idênticos a partir de células, órgãos ou pequenos fragmentos de uma planta matriz. Esse é um procedimento de importância prática e potencial na agricultura, com foco especial na produção em larga escala de plantas praticamente isentas de patógenos, no intercâmbio de germoplasma, bem como na pesquisa básica, principalmente de citologia e fisiologia celular.
Novidade
Além da programação já conhecida, o curso deste ano traz como novidade duas palestras sobre o uso de marcadores moleculares na avaliação de variação somaclonal e diversidade genética em plantas micropropagadas. A variação somaclonal, ou seja, variabilidade induzida pelo cultivo in vitro, pode ser ativada mediante alguns fatores como tempo de cultura, número de subcultivos, tipo de explante, genótipo, fitorregulador e composição do meio de cultura. "Plantas micropropagadas, a princípio, deveriam conter o mesmo genoma. Qualquer modificação molecular entre essas plantas, detectada por marcadores em nível de DNA, teria capacidade de mostrar que o indivíduo de padrão molecular diferente dos clones pode ter sofrido variação somaclonal", explica Cláudia Fortes Ferreira, pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura com pós-doutorado em Wageningen, Holanda.
Opinião dos participantes
O estudante de agronomia da Universidade Federal do Piauí Mathersom de Souza contou como soube do curso e como suas expectativas foram atendidas. "Eu descobri o curso inicialmente por indicação do pesquisador Zilton Cordeiro e também por intermédio do site da Embrapa. Eu vim para cá com a intenção de conhecer a técnica para uma cultura específica, a da bananeira, e me atendeu bastante. Quero conhecer a técnica para levar para minha cidade [Guadalupe, PI] e montar uma biofábrica."
Para a agrônoma Larissa Fujisawa, que veio de Petrolina (PE), o curso ofereceu alternativas que poderão ser aplicadas em sua região. "Eu vim mais focada na cultura da banana. Lá os produtores ainda não têm essa tecnologia de pegar uma muda e micropropagar, apesar de eles se preocuparem com a questão da fitossanidade das plantas, mas ainda não tem essa opção lá. A parte teórica deu para esclarecer mais do que eu li e estudei em casa sozinha e agora deu para esclarecer muito", acrescentou.
Colaboração: Gabriela Nascimento (estagiária)
Léa Cunha (DRT-BA 1633)
Embrapa Mandioca e Fruticultura
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