Unidade sedia reunião do Cosag da Fiesp
Unidade sedia reunião do Cosag da Fiesp
No dia da comemoração dos seus 30 anos, a Embrapa Territorial (Campinas, SP) sediou, em 30 de maio, a 104ª Reunião do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias do Estado São Paulo (Fiesp). A reunião teve a coordenação do Instituto Roberto Simonsen.
Cerca de 90 pessoas participaram da 104ª reunião da Cosag, entre conselheiros, convidados e diretores do Departamento do Agronegócio da Fiesp (Deagro). A mesa diretora da reunião foi composta pelo presidente do Cosag, Jacyr Costa; pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e pelo diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, representando o presidente da Empresa, Sebastião Barbosa.
Também fizeram parte da mesa diretora, o vice-presidente da Fiesp, Ricardo Roriz Coelho; o coordenador executivo dos conselhos e departamentos da FIESP, general Adalmir Domingos; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Alceu Moreira (MDB/RS); o senador Luis Carlos Heinze (PP/RS); e o chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda.
Entre outras autoridades, acompanharam a reunião o presidente da Sociedade Nacional da Agricultura, Antônio Alvarenga; o coordenador da Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista, deputado estadual Itamar Borges (MDB/SP); o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira; o ex-deputado e ex-ministro Aldo Rabelo; o ex-ministro Alysson Paulinelli; e o presidente do Ibama, Eduardo Bim.
Em nome da Embrapa, o diretor Celso Moretti deu as boas vindas aos conselheiros e convidados do Cosag. “É imensa a nossa satisfação em recebê-los. A solução do Brasil passa pelo agro e a solução do agro passa pela inovação. Contem com a nossa Empresa”, declarou.
A importância da Embrapa foi ressaltada pelo deputado Alceu Moreira. “A Embrapa não é mais valorizada porque somos um país do imediatismo. Se pensássemos no futuro, daríamos valor. Precisamos dar voz política a essa Empresa. As pesquisas que precisamos para o desenvolvimento do nosso setor estão na Embrapa”, afirmou o presidente da FPA.
Preservação ambiental pelos agricultores
O chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, destacou os estudos desenvolvidos pela Unidade em relação aos desafios territoriais da agricultura brasileira. Ressaltou também a prestação de apoio ao Estado brasileiro e o forte relacionamento com as cadeias produtivas do agronegócio.
Um dos trabalhos citados por Miranda foi o da dimensão territorial das áreas dedicadas pelos agricultores à preservação da vegetação nativa no interior de suas propriedades. Os estudos foram desenvolvidos a partir dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) do Sistema Florestal Brasileiro.
O total de áreas dedicadas pelos agricultores à preservação ambiental é de 219 milhões de hectares, o correspondente a 26% do território nacional. Em média, cerca da metade da área dos imóveis rurais está dedicada à preservação da vegetação nativa, sendo a outra metade destinada às atividades agropecuárias.
Embora São Paulo seja o estado brasileiro em que os agricultores menos preservam dentro de seus imóveis, a média supera 20%, percentual exigido pelo Código Florestal Brasileiro. Os agricultores paulistas dedicam à preservação da vegetação nativa em seus imóveis pouco mais de 4 milhões de hectares, o correspondente a 17% do estado.
O chefe-geral da Embrapa Territorial mostrou dados do relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre as áreas protegidas no mundo. O Brasil protege 30% de seu território. Em comparação aos dez maiores países (mais de 2 milhões de Km2), o Brasil protege três vezes mais. “O que o Brasil protege hoje equivale a 15 países da Europa”, declarou Miranda.
A soma das áreas protegidas com as áreas preservadas chega a quase a metade (49,8%) do território brasileiro. Acrescentando as áreas devolutas, esse percentual aumenta para 66,3% da área do País. A produção agrícola ocupa apenas 7,8% do território brasileiro.
A função das reservas legais e alterações no Código Florestal Brasileiro, especificamente o artigo 68, foram outros temas comentados pelo chefe-geral da Embrapa Territorial. Na opinião de Miranda, é preciso refletir sobre a pertinência das porcentagens de reserva legal para cada bioma brasileiro. Em relação ao artigo do Código Florestal Brasileiro, ele destacou o esforço dos parlamentares para aprovação de alterações e a edição pelo governo federal de medida provisória.
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, ao encerrar a reunião do Cosag, que o problema ambiental do Brasil não está no campo. “O problema ambiental do País está nas cidades. Falta de saneamento. Temos os lixões, poluição, péssima qualidade ambiental urbana. Nas áreas rurais, temos diversas coisas positivas. A demonstração está aí, o quanto o agricultor preserva de vegetação nativa em seus imóveis”, afirmou.
Liliane Castelões (16.613 MTb/RJ)
Embrapa Territorial
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