Emater e Embrapa promovem dia de campo sobre reconversão de parreirais em Monte Belo
Emater e Embrapa promovem dia de campo sobre reconversão de parreirais em Monte Belo
Com o objetivo de qualificar os viticultores da Serra Gaúcha, fortalecendo a vitivinicultura, a Emater/RS-Ascar e a Embrapa Uva e Vinho promoveram Dia de Campo sobre Reconversão de Vinhedos, nesta terça-feira, dia 4, em Monte Belo do Sul. Realizado nas propriedades das famílias Cecconi e Calza, na Linha Leopoldina, o evento reuniu 70 pessoas, atraindo produtores, técnicos, estudantes, professores e interessados em iniciar o cultivo da videira.
Ao longo da tarde os participantes circularam em quatro estações temáticas conduzidas por técnicos da Embrapa e Emater, que falaram sobre assuntos relevantes para o manejo desta época, como doenças de tronco, tratamentos de inverno, adubação verde, cobertura do solo, implantação de vinhedos e mudas de qualidade.
Na primeira estação, Daniel Grohs, engenheiro agrônomo da Embrapa Uva e Vinho falou sobre o problema da morte precoce dos vinhedos, ocasionado por doenças e pragas e também sobre a importância da aquisição ou produção de mudas de videira com qualidade e sem contaminações.
“As recomendações de sucesso para a implantação de um vinhedo em áreas de reconversão” ficaram a cargo da estação apresentada pelo pesquisador Lucas Garrido, também da Embrapa Uva e Vinho. A partir da realidade da Serra Gaúcha, Garrido abordou os aspectos que fazem a diferença para o sucesso na implantação de um parreiral em áreas com morte de plantas. Ele abordou desde a correta erradicação do parreiral anterior, a necessidade da drenagem e orientações gerais para a manutenção da saúde do solo, que é a garantia para um bom crescimento da planta e a produção de uvas com qualidade.
O técnico da Emater/RS-Ascar, Aldacir Pancotto, foi responsável pela estação na qual foi abordada a importância do tratamento de inverno nos vinhedos. Orientou sobre a forma e a época mais correta para os tratamentos até os cuidados necessários com os equipamentos. Um dos pontos importantes da estação foi sobre o cuidado na compra da calda sulfocálcica, para que ela tenha as condições necessárias para o controle das pragas e doenças, e como deve ser utilizada para alcançar os resultados esperados.
Na quarta e última estação, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Henrique Queiroz, tratou sobre o manejo das plantas de cobertura do solo, destacando as principais espécies de famílias botânicas e os benefícios do uso dessa técnica, principalmente no controle dos efeitos da erosão e redução do uso de herbicidas. Explicou, ainda, sobre o cultivo sucessivo, que consiste em duas semeaduras de espécies de famílias botânicas diferentes no mesmo ano, tendo como principais resultados o completo controle das ervas espontâneas e o incremento de matéria orgânica, fundamental para a manutenção da fertilidade do solo.
Segundo João Becker, engenheiro agrônomo da Emater e que esteve à frente da coordenação do encontro, a Emater buscou a parceria da Embrapa para realizar um evento planejado sob medida para atender as principais necessidades que foram identificadas no campo, junto aos produtores do município, e o resultado do evento foi bastante positivo. Na avaliação de Rodrigo Monteiro, supervisor da área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Uva e Vinho, o evento atendeu as expectativas e foi além do repasse de orientações técnicas para os presentes. “O dia de campo permite uma maior aproximação com os participantes. Possibilita uma troca de informações sobre o que está dando certo e o que não está funcionando no campo”, avalia. Ele complementa que é uma excelente oportunidade de coletar informações para apoiar as ações futuras, tanto de pesquisa como de transferência de Tecnologia.
Viviane Zanella (14400 DRT/RS)
Embrapa Uva e Vinho
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