14/06/19 |   Agroenergia

Ciclo de Seminários Agrícola reúne setor sucroalcoleiro em Dourados

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Foto: Eliane Salomão

Eliane Salomão -

A abertura do evento contou com a presença do Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Guilherme Lafourcade Asmus que destacou a importância da parceria com a Biosul para a realização do ciclo de seminários. “Esse é um modelo de parceria de sucesso que possibilita a interação com esse importante segmento do agronegócio de Mato Grosso do Sul”, disse.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Luiz Alberto Staut falou sobre a dinâmica do potássio em áreas de recolhimento de palhiço residual. As pesquisas sobre o tema estão sendo realizadas no campo desde 2013, e agora ao final da quarta safra, os resultados foram comprovados e evidenciaram que o recolhimento de até 50% do palhiço do solo não prejudica a dinâmica do potássio no canavial. Segundo ele, “caso haja retirada de 50% do palhiço das lavouras de cana-de-açúcar, durante a renovação dos canaviais, é preciso realizar a reposição de potássio, sendo necessário até 50 kg de produto por hectare”.

Segundo ele, essa demanda de potássio adicional se refere aos casos em que houve retirada do palhiço. O pesquisador salienta que “caso o palhiço não seja retirado da lavoura, ainda assim é preciso realizar o processo de reposição do potássio na fase de manutenção anual dos canaviais, porém nesse momento a quantia demandada em favor da correção deve ser feita com base na análise química do solo”.

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Cesar José da Silva, falou sobre sistemas de produção de soja na renovação de canaviais. Em sua apresentação ele destacou que a soja vem crescendo muito nas áreas de renovação do canavial em função de sua remuneração. “Atualmente, o custo da renovação dos canaviais oscila entre de 7 e 9 mil reais por hectares. O cultivo de soja é uma alternativa para geração de renda durante o processo de renovação dos canaviais, contribuindo para amortização dos custos com preparo de solo, aplicação de corretivos e implantação de um novo canavial. “A soja contribui com a fixação biológica de nitrogênio entre 40 e 60 kg por hectare”, informou Cesar.

O pesquisador falou ainda sobre os pontos fortes e fracos do cultivo de soja com a cana-de-açúcar e explicou “estamos verificando os ajustes necessários para esse sistema de cultivo de cana com soja no sistema de MEIOSI (Método Interrotacional Ocorrendo Simultaneamente)”. Ele destacou ainda alguns dos atuais desafios enfrentados pela pesquisa, que está avançando em busca de respostas para o cultivo de soja em ambientes restritivos e explicou “existe uma oportunidade de uso de soja para a renovação de canaviais, mas essa expansão dos canaviais está acontecendo em áreas de solos arenosos, com baixa fertilidade e em regiões com chuvas irregulares e ocorrência de veranicos”. Segundo ele, apesar do aumento do risco climático para a cultura da soja, alguns ajustes no sistema de produção podem viabilizar o cultivo de soja, sempre que for necessário fazer o preparo reduzido para a entrada do canavial.

Christiane Congro Comas (MTb 00825/9/SC)
Embrapa Agropecuária Oeste

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Eliane Salomão (*)
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