Aconteceu em Alagoas, de 10 a 12 de junho, a 2ª edição do Workshop do Projeto PANC – Plantas Alimentícias não Convencionais. Na terça (11), a programação aberta e gratuita contou com atividade realizada durante a VIII Semana da Agroecologia e Agroindústria (SEMAGRO) do IFAL- Campus Murici, com palestras e minicurso pelos pesquisadores da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) Nuno Madeira e Flávia Clemente. O evento foi uma realização do Projeto Resiliência Ambiental, com apoio de vários parceiros, entre os quais a Embrapa, Superintendência Federal de Agricultura em AL, Governo de AL, Sebrae-AL, UFAL e IFAL. O foco da edição deste ano foi o cultivo, mercado e beneficiamento de PANCS e hortaliças produzidas de modo sustentável no contexto brasileiro e alagoano, especialmente na Zona da Mata e Litoral de Alagoas. Nuno madeira fez a palestra ‘Hortaliças PANC: antigos saberes e sabores, novas oportunidades’. Flávia Clemente apresentou a palestra ‘Tecnologias sustentáveis na produção de hortaliças’. Acesse a apresentação de Nuno Madeira aqui. A apresentação de Flávia Clemente está disponível neste link. Completaram a programação de palestras, debates e degustações do dia 11 o chef André Generoso (ABRASEL/Divina Gula), Domênica Didiier (Técnica da Semarh) e Leandro Benatto (Sebrae-AL), um dos coordenadores do projeto. No primeiro dia foi realizada uma visita técnica a experiências produtivas de agricultores do assentamento Flor do Bosque em Messias, além de localidades em Branquinha e Murici, bem como de feirantes da Feira Orgânica e Agroecológica da Praça Centenário, em Maceió. O objetivo foi promover a produção de PANC para feiras livres. O evento se encerrou na quarta (12) com o dia de campo com orientações sobre cultivo de ora-pro-nóbis e moringa, em Barra de Santo Antônio. Para o gerente da Emater-AL, Moisés Lenadro, o evento consolida sua grande relevância para a agricultura familiar, uma vez que apresenta alternativas de Pancs e agricultura orgânica de uma forma geral, como uma política de fixação do homem no campo. “A zona da Mata dispõe de áreas que podem ser trabalhadas, cultivadas e adequadas a realidade dos agricultores familiares”. José Cícero dos Santos, do Sítio Florestal, no assentamento Flor do Bosque é um dos pioneiros no cultivo de plantas alimentícias não convencionais reconhece que esse sistema de plantio é interessante, tem dado certo em sua área e que vai continuar cultivando as variedades, a exemplo de batata cenoura, hibisco e jambu. “Aqui no assentamento estamos selecionando algumas sementes, produzindo e temos mercado para a venda, como nas feiras de orgânicos em Maceió e no interior”, destaca Cícero. Para ele, o encontro no sítio serviu para troca de experiências com os especialistas e aperfeiçoar o plantio de outras espécies. *Com informações da Ascom/IFAL