O terceiro dia de programação técnico-científica do IX Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado (CBAI) é dedicada a preservação de recursos naturais e de ações promotoras de sustentabilidade. A Comissão organizadora prepara para tarde o painel temático Ciência e Tecnologia como suporte ao Plano ABC, que vai abordar ações e estratégias para mitigar as emissões de gases de efeito estufa pela lavoura de arroz no Brasil e no Uruguai – um dos assuntos mais importantes na atualidade - atividade centralizada no Teatro Guarany, em Pelotas/RS, marcada com início às 14h. O evento tem em sua composição sessões de palestras e apresentação de estudos científicos na forma oral pela manhã e no final da tarde apresentação de pôsteres. O IX CBAI é uma promoção da Sociedade Sul Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai). Uma realização da Embrapa, e com co-promoção da Prefeitura Municipal, Irga, Epagri/SC, UFPel, UFSM e UFRGS. O painel temático inclui três palestras, que irão fazer um paralelo entre as experiências no Brasil, através do Plano ABC – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e de estudo conduzido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e no Uruguai, por meio do Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA). As palestras apresentadas são Ações da GRA em adaptação e mitigação de emissões de gases de efeito estufa pela lavoura de arroz com Gonzalo Zorrila de San Martin, do INIA; Plano ABC e perspectivas para a lavoura orizícola, com Renato de Aragão Ribeiro Rodrigues, da Embrapa Solos (Jardim Botânico/Rio de Janeiro); e Estratégias mitigadoras da emissão de gases do efeito estufa pela lavoura de arroz com o professor Cimélio Bayer, da UFRGS. O moderador das palestras será Elvison Nunes Ramos do Mapa. O Painel do segundo dia do evento Durante a tarde desta quarta-feira, (12), no Theatro Guarany, aconteceu a apresentação do painel Avanços da fisiologia para o melhoramento genético de plantas. A primeira palestra, foi ministrada pelo engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno, que teve como tema: Avanços da fisiologia e biotecnologia como oportunidade para o melhoramento genético das plantas. Ao longo da apresentação, o pesquisador apresentou como os novos equipamentos da área da biotecnologia podem impactar as relações de agronegócio, tanto brasileiro quanto mundial. Um exemplo foi a demonstração do equipamento Ion Proton, lançado há dois anos, que pode identificar um genoma de determinada variedade, em apenas duas horas. Hoje no Brasil existem 49 liberações de plantas de melhoramento genético, maioria resistentes a herbicidas e insetos. Outra palestra que marcou a tarde do segundo dia do evento foi a do pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Giovani Brito, que falou sobre a fisiologia vegetal como ferramenta ao melhoramento genético do arroz. O pesquisador destacou pontos importantes no estudo da cultura. " A necessidade é que se faça esforço comum, entre modelistas de plantas, fitotecnistas, entre outros profissionais da área, para que haja equipes multidisciplinares. A visibilidade é que a distância entre a fenotipagem e a genotipagem, diminua cada vez mais, nas plantas de arroz", explicou o pesquisador.