Dia de Campo mostra alternativas de forrageiras para rebanhos no semiárido cearense
Dia de Campo mostra alternativas de forrageiras para rebanhos no semiárido cearense
Foto: Juliana Evangelista
O uso da gliricídea para compor bancos de proteína é uma das alternativas recomendadas para o semiárido
Resultados de testes com plantas forrageiras testadas nas condições do semiárido cearense serão apresentados no Dia de Campo “Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável”, promovido pelo Sistema FAEC/Senar e Embrapa nesta quinta-feira (27), a partir das 7h30, na Fazenda Triunfo, em Ibaretama (CE). Os participantes do evento, com inscrições realizadas no local, conhecerão resultados de diferentes espécies de gramíneas (anuais e perenes), cactáceas e plantas lenhosas, compondo alternativas que podem ser usadas para alimentação de rebanhos de caprinos, ovinos e bovinos.
Segundo a zooctenista Ana Clara Cavalcante, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos, em um ano de testes do projeto Forrageiras para o Semiárido - parceria da Confederação e Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Embrapa – realizados na unidade experimental em Ibaretama, gramíneas como os capins BRS Quênia, Buffel e Urochloa, assim como a gliricídea (planta lenhosa), mostram resultados promissores para a oferta de alimento no semiárido, demonstrando resiliência e boa produtividade nas condições locais.
A pesquisadora reforça que o capim BRS Quênia, em particular, apresentou desempenho positivo para uma espécie ainda pouco testada no Ceará. “Ele foi bem nos testes, assim como Buffel e Urochloa. A gliricídea também se mostrou uma opção muito boa para formar bancos de proteínas e é importante ter essas opções, pois isso reduz os custos do produtor com a aquisição de alimento concentrado”, frisa ela.
Na avaliação do também zootecnista Giovani Rodrigues, técnico do Sistema FAEC/Senar que acompanha os experimentos em Ibaretama, também houve resultados interessantes com uso de sorgo forrageiro (gramínea anual) - BRS Ponta Negra e BRS 658 - capim Massai e moringa. “São resultados de boa resistência em condições de sequeiro e que nos permitem indicar não somente uma opção, mas um cardápio de plantas forrageiras que podem ser trabalhadas de forma estratégica”, afirma ele.
O projeto Forrageiras para o Semiárido prevê a continuação dos testes na unidade de Ibaretama ao longo de 2019, simultaneamente aos experimentos em outras 13 unidades experimentais distribuídas pelos nove estados do Nordeste e por Minas Gerais. O objetivo das pesquisas é avaliar o potencial produtivo e a adaptação de diferentes plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido brasileiro.
O Dia de Campo na Fazenda Triunfo contará com o professor Magno Cândido, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Ceará, que apresentará resultados de gramíneas perenes e anuais testadas; do produtor rural Marciano Bezerra, de Limoeiro do Norte (CE), que relatará sua experiência com plantio de palma orelha de elefante africana; com a pesquisadora Ana Clara Cavalcante, que fará demonstração do uso do aplicativo Orçamento Forrageiro para celulares e tablets.
O aplicativo é uma tecnologia desenvolvida em parceria entre Embrapa e CNA no projeto, disponível desde 2017 para usuários de dispositivos com o sistema operacional Android. A ferramenta ajuda produtores rurais e técnicos a realizarem, ao longo do ano, cálculos para administrar a reserva de alimentos para os animais nas propriedades, a partir da realidade local, e, com isso, facilitar as tomadas de decisão sobre os rebanhos.
O Dia de Campo na Fazenda Triunfo é aberto ao público de produtores rurais, técnicos e estudantes, até o limite de 120 vagas. Mais informações com Eduardo Barroso – (85) 3535.8031 – ou Giovani Rodrigues – (85) 9 9698.8222. Até agosto, estão previstos outros eventos semelhantes em unidades do projeto Forrageiras para o Semiárido nos estados de Minas Gerais, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte e Alagoas.
Adilson Nóbrega (MTB/CE 01269 JP)
Embrapa Caprinos e Ovinos
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