13/08/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Arroz BRS AG é apresentado no IX CBAI

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - A cultivar de arroz AG (gigante) tem tamanho bem maior que as variedades convencionais. Não é destinada no preparo de pratos de culinária, mas é utilizada na produção de cerveja artesanal.

A cultivar de arroz AG (gigante) tem tamanho bem maior que as variedades convencionais. Não é destinada no preparo de pratos de culinária, mas é utilizada na produção de cerveja artesanal.

Cultivar de arroz é indicada para alimentação animal e produção de etanol.  A apresentação ocorreu no estande da Embrapa, dentro da programação do Congresso.
 
O arroz BRS AG Gigante não é destinado à alimentação humana, mas, se fosse, encheria um prato facilmente. Desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado, a cultivar apresenta um tamanho bem maior do que as demais e pode alcançar o dobro da produtividade estimada para a cultura – até 12 toneladas por hectare. A apresentação do trabalho que envolveu a cultivar foi um dos destaques entre os estudos técnico-científicos, na forma oral, na manhã da quarta-feira (12), durante a sessão sobre Fitomelhoramento, no IX Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado (CBAI). O Congresso conta com 294 trabalhos técnico-científicos.
 
A principal finalidade da cultivar é a produção de bioetanol. Uma tonelada do grão é capaz de gerar, em média, 430 litros de etanol - valor alto se comparado com o de outras culturas que dão origem ao produto, como batata-doce, cana-de-açucar, milho e beterraba. De acordo com o pesquisador da Embrapa, Ariano Magalhães, o uso desta variedade como matriz energética tem um potencial ainda maior se consideradas as condições do estado do Rio Grande do Sul, já que é mais adaptada ao cultivo em terras baixas, ao contrário das demais culturas que podem dar origem ao bioetanol.
 
Além do tamanho bem maior do que as variedades convencionais, o AG - que atinge cerca de 52g a cada mil grãos, enquanto o convencional chega a 25g – também apresenta boa quantidade de amido que, junto das cascas, é a principal matéria-prima para a produção do etanol. A variedade ainda é resistente ao degrane, um dos pontos que viabiliza o cultivo de outras variedades na mesma área em que o arroz gigante estava em produção.   
 
A apresentação da cultivar ao público aconteceu às 18h30min no estande da Embrapa Clima Temperado, no Theatro Guarany, uma das bases do congresso. Durante o evento, o público pode apreciar uma cerveja artesanal produzida pelo técnico da Embrapa Alcides Severo, a partir do arroz gigante.
 
Novas cultivares
 
Entre os onze trabalhos apresentados na sessão sobre Fitomelhoramento, estiveram ainda outras duas cultivares desenvolvidas pela Embrapa. A BRS 902, cultivar de arroz vermelho para o mercado tradicional brasileiro, desenvolvida pela Embrapa Meio-Norte (Teresina, PI), que apresenta um ciclo mais longo e com cerca de 31% a mais de produtividade do que a maior parte das cultivares de arroz vermelho tradicionais. E, ainda, a BRS 358, cultivar destinada à culinária japonesa, que deve ser lançada pela Embrapa Roraima (Boa Vista, RR) entre novembro deste ano e fevereiro de 2016. A variedade foi introduzida pela Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goias, GO) no ano de 2002, mas começou a ganhar mais atenção a partir de 2012, com o aumento da demanda do mercado por este tipo de grão. Nos testes realizados em oito estados brasileiros, a cultivar de grãos curtos e ciclo precoce apresentou bom rendimento, resistência ao acamamento e resistência às doenças.
 

Elise Souza (colaboradora)
Embrapa Clima Temperado

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