14/08/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

Paineis temáticos do CBAI tratam da redução dos gases de efeito estufa

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Foto: Paulo Lanzetta

Paulo Lanzetta - Painel sobre redução da emissão de gases de efeito estufa foi acompanhada pelos congressistas. A orizicultura está na expectativa de fazer parte do Plano e do Programa de financiamentos do ABC.

Painel sobre redução da emissão de gases de efeito estufa foi acompanhada pelos congressistas. A orizicultura está na expectativa de fazer parte do Plano e do Programa de financiamentos do ABC.

A orizicultura espera ser incluída no Plano ABC, do Governo Federal.
 
A tarde desta quinta-feira, 13, no IX Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado foi animada pelo painel temático que tratou da projeto com ações voltadas à recomendação de práticas culturais capazes de minimizar os gases de efeito estufa. A atividade contou com três palestrantes com abordagens diferenciadas, mas complementares: do INIA (Uruguai), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS). O Teatro Guarany foi o local escolhido para reunir os mais de 600 congressistas participantes do evento a nível nacional e com presenças internacionais. 
 
Segundo o moderador do painel Elvison Nunes Ramos, do Mapa, o palestrante do INIA/Uruguai, Gonzalo Zorrilla de San Martin, fez uma abordagem sobre o cenário mundial quanto às mudanças climáticas. A segunda intervenção foi feita pelo pesquisador da Embrapa Solos (Jardim Botânico/Rio de Janeiro), Renato Aragão Ribeiro Rodrigues, que explicou como se deu a origem das políticas nacionais sobre o clima e dos trabalhos dedicado ao resgate de gás carbônico nas lavouras de arroz e a elaboração do Plano ABC e suas perspectivas às lavouras orizícolas brasileiras. O professor Cimélio Bayer, da UFRGS, apresentou práticas culturais de sustentabilidade aplicadas às lavouras de arroz.
 
Cada vez mais há uma forte preocupação com o efeito estufa na Agricultura. Estratégias para minimizar essa ocorrência nas lavouras de arroz se tornaram necessárias e estudos têm sido realizados e testados ao longo dos últimos anos. Para isso, o professor Cimélio Bayer da UFRGS trouxe contribuições: "os dados de pesquisa que existem nesta área de estudo sobre os gases de efeito estufa praticados já são testados, e outros, podem reduzir sem comprometer o rendimento da lavoura".  
 
As estratégias indicadas pelo professor como alternativas para redução de gases de efeito estufa são: o preparo antecipado ou cultivo mínimo e o plantio direto. "As duas práticas têm a função de reduzir em 25% de emissão. Outro sistema levantado por ele é o uso do sistema de água intermitente , que promove a oxidação do solo  e reduz em cerca de 50% de gases. "Mas, este sistema é mais restrito por que precisa ser melhor expandido nas propriedades arrozeiras para que se tenha um efeito significativo na emissão de gases", completou.
 
Os estudos feitos pela UFRGS em relação à redução de emissão de gases de efeito estufa, especialmente para as lavouras de arroz, estão sendo realizados dentro do Estado do Rio Grande do Sul. Até então, o Plano ABC, proposta do Governo Federal de acompanhar e monitorar a Agricultura em suas diferentes práticas culturais para minimizar os efeitos desses gases, incluindo também um Programa ABC (com planejamento de financiamentos para os agricultores se adequarem as práticas sustentáveis), havia excluído a cultura do arroz. "Esse programa dá a possibilidade de oferecer financiamentos com juros mais baixos ao agricultor, mas estamos aguardando a análise do Mapa", comentou o professor Cimélio. 
 

Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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