Seminário de Pequenas Frutas confirma o crescimento do setor e aponta desafios
Seminário de Pequenas Frutas confirma o crescimento do setor e aponta desafios
Alta rentabilidade em pequenas áreas e um grande valor agregado são fatores que cada vez mais vem atraindo interessados em cultivar amora, mirtilo, framboesa e morango. No início do mês de julho, a cidade de Vacaria (RS), recebeu 160 pessoas, que vieram ao tradicional polo produtor participar do X Seminário Brasileiro sobre Pequenas Frutas (SBPF). Ao longo de dois dias participaram de palestras, cursos e dias de campo com profissionais renomados, adquirindo e atualizando conhecimentos sobre a produção das pequenas frutas.
A programação diversificada reuniu produtores, técnicos e estudantes interessados nos temas abordados, que foram desde os aspectos mais gerais da produção até às mais recentes novidades da pesquisa no segmento. Para Andrea De Rossi, pesquisadora da Embrapa Uva e Vinho e coordenadora do Seminário, o evento superou as expectativas da comissão organizadora, tanto em termos de número de participantes quanto à qualidade das palestras apresentadas: “É um evento consolidado para o setor de pequenas frutas, e acaba sendo uma forma de compartilhar informações e aprendizados entre os participantes”.
Uma dessas experiências foi relatada por Luiz Henrique Araújo Dias, que veio da cidade de Machado, interior de Minas Gerais, tradicional na monocultura cafeeira. Além de produtor rural ele também é o Secretário de Agricultura do município e participou do evento por enxergar na fruticultura uma boa opção de diversificação aos pequenos produtores da sua cidade. “Estamos iniciando um novo polo de produção de pequenas frutas e lá carecemos de informações. Agora sabemos onde e com quem buscar”, destacou ele, avaliando positivamente o evento.
Para Pedro Guerreiro de Jesus, Secretário Municipal da Agricultura e Meio Ambiente de Vacaria (RS), o grande diferencial do SBPF é sua abrangência. “Além de ensinar sobre o cultivo, o participante aprende a calcular quanto vai gastar e qual o lucro possível da atividade, principalmente através da comecialização diretadas frutas”, destacou ele.
Segundo Eduardo Pagot, extensionista, da Emater/RS-Ascar, que participa desde a primeira edição do SBPF, esse ano a diversidade da origem dos participantes foi bastante interessante. “Além do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, tivemos participantes do Espírito Santo, Pernambuco, Bahia e de outros estados e países”, avaliou ele que também ministrou o Curso sobre o cultivo de mirtilo. Pagot destacou ainda a importância da parceria entre a Emater, Embrapa e instituições de ensino que organizam o Seminário. “Nessa edição, mais uma vez, comprovamos a importância que o SBPF tem na divulgação de tecnologias , consolidando-o como um dos principais eventos, se não o principal, das pequenas frutas realizado no Brasil”, avaliou.
Luiz Clóvis Belarmino, pesquisador da Embrapa Clima Temperado e palestrante do evento, chamou a atenção para a necessidade de “popularizar” o cultivo das pequenas frutas, ou seja, ampliar a produção e garantir regularidade de oferta. Ele defende que a atividade é lucrativamesmo com o alto custo do investimento inicial. “É evidente a necessidadede planejar a produção, para contornar a falta de ferramentas gerenciais e promoveralianças com associações e cooperativas, consórcios que fortaleceriam o Setor”, avaliou.
Na opinião de Ivan Busin, engenheiro agrônomo e chefe do escritório da Emater/RS-Ascar de Vacaria, que também integrou a comissão organizadora, o cultivo das pequenas frutas tem um grande futuro, pois gera renda, qualidade de vida e fixação do produtor na área rural. “O que ainda falta é o conhecimentoo trabalho em grupos, mas com esses eventos vamos avançandocada vez mais”, destacou Busin.
O X Seminário Brasileiro de Pequenas Frutas foi promovido pela Embrapa, através de suas Unidades Uva e Vinho e Clima Temperado, Emater-RS, Prefeitura Municipal de Vacaria, Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Universidade de Caxias do Sul (UCS), Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS) e Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Clique aqui e confira o vídeo do evento elaborado pela jornalista Clarissa Deggeroni, do IFRS.
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