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Ana Valentini se reúne com líderes da cadeia produtiva do leite na Embrapa

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Foto: Marcos La Falce

Marcos La Falce - Da esquerda para a direita: Paulo Martins, Pedro Arcuri e Ana Valentini

Da esquerda para a direita: Paulo Martins, Pedro Arcuri e Ana Valentini

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (SEAPA), Ana Valentini, esteve reunida na última terça-feira (16/07) com líderes do setor leiteiro, que estão em Juiz de Fora, para o Minas Láctea. Estiveram presentes ao encontro cerca de 30 autoridades, representando sindicatos, associações de produtores, investidores e líderes de instituições públicas e privadas.

O chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, que organizou a reunião, disse que o objetivo do encontro foi apresentar à secretária as oportunidades de parceria com o Governo de Minas e a necessidade de atuação conjunta neste novo cenário de Food Tech. “Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, com cerca de um terço do volume nacional. Trata-se de uma atividade muito importante para a economia do estado e do país e queremos trabalhar juntos com o Governo de Minas para resolver os problemas do setor”, disse Martins.

Ele destacou a necessidade de articular as instituições para enfrentar transformações no mercado, como a crescente oferta de alimentos veganos e também alimentos sintéticos, feitos em laboratório. “Temos em Minas Gerais um conjunto de empresas, entidades e universidades que precisam se conectar e trabalhar juntas nesse novo mundo e a Secretaria de Agricultura pode cumprir esse papel de articulação. Num raio de 300 km de Juiz de Fora, cidade sede da Embrapa Gado de Leite, está o metro quadrado mais caro do setor, que é a inteligência do leite, com potencial para desenvolver soluções tecnológicas inovadoras para alimentos”.

A secretária ouviu reinvindicações das entidades ligadas ao leite. “As demandas são variadas: tributárias, do setor de regularização e relativas à adoção de mecanismos para impulsionar as exportações. Vamos levar para as equipes da Seapa e avaliar de que forma podemos contribuir”, afirma a secretária. Também cobrou ações dos produtores. No caso do queijo artesanal, por exemplo, Ana Valentini disse que as exigências legais são muito pequenas e buscam atender também às exigências dos consumidores e a segurança alimentar. “É necessário que haja normas para garantir a qualidade do queijo artesanal e que o IMA fiscalize o cumprimento dessas normas, do contrário o IMA não teria razão de existir”, defendeu a secretária. “Não é difícil regularizar os produtos artesanais e o estado não deve flexibilizar mais nessa questão”.

Os presidentes da ABCGIL, Evandro Guimarães e, da Girolando, Odilon Resende, destacaram a importância social do leite, como grande empregador e fixador do trabalhador no meio rural. A secretária concordou que “é papel do estado garantir as condições para o aumento da produtividade e a permanência do homem no campo, mas que a economia é dinâmica e se o produtor não tiver lucratividade, fatalmente irá sair da atividade leiteira”.

Evandro Guimarães destacou que as ações que visam o aumento da produtividade devem ser dirigidas a todas as faixas de produtores. Neste sentido o presidente da ABCGIL defendeu o aumento dos recursos públicos para a ciência e tecnologia.  “O Brasil trata com grande desleixo os recursos destinados à ciência, principalmente à pesquisa agropecuária. É importante que o setor produtivo e o estado de Minas, como grande produtor agropecuário, juntem forças para que sejam mantidos os investimentos em pesquisa”.

Ao final da reunião, o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Minas Gerais (Silemg), João Lúcio Carneiro, destacou o papel da Embrapa em unir pessoas e entidades, além de ser uma referência em pesquisa e inovação na agricultura:  “Pensar no futuro é pensar em inovação; o mundo está muito ágil e quem inova, sai na frente. A Embrapa tem capacidade para ser o grande articulador do setor e esse evento é prova disso”.

Minas láctea – Referência em difusão de tecnologias sobre leite e derivados e na apresentação de novos produtos, equipamentos e maquinário, o Minas Láctea engloba cinco dos principais eventos do setor laticinista na América Latina: Congresso Nacional de Laticínios; Exposição de Máquinas, Equipamentos, Embalagens e Insumos para a Indústria Laticinista (Expomaq); Exposição de Produtos Lácteos (Expolac); Concurso Nacional de Produtos Lácteos e Semana do Laticinista. As atividades acontecem no Expominas e no Instituto de Laticínios Cândido Tostes, em Juiz de Fora (MG). O evento teve início no dia 16 e vai até o dia 18 de julho. O horário de visitação é de 14h às 21h.

Rubens Neiva (MTb 5445)
Embrapa Gado de Leite

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