Técnicos e produtores do Balde Cheio no Maranhão se reúnem para troca de experiências
23/07/19
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Transferência de Tecnologia
Técnicos e produtores do Balde Cheio no Maranhão se reúnem para troca de experiências
Em julho, produtores, técnicos e representantes de instituições envolvidas com o Programa Balde Cheio da Embrapa no Maranhão se reuniram no Encontro Regional de Técnicos do Programa Balde Cheio, em Imperatriz-MA, e em Dia de Campo na Chácara Santa Maria, em Cidelândia. O Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologias da Embrapa para capacitar profissionais da assistência técnica, extensão rural e produtores de leite em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, visando fomentar a atividade de pecuária de leite e melhorar a qualidade de vida no campo.
Na ocasião, houve palestra, intitulada “`Programa Balde Cheio: 21 anos, do idealizador do projeto, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Artur Chinelato, que relembrou a história do programa. “O Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores”. O pesquisador da Embrapa Cocais Joaquim Costa, em sua fala durante o evento, lembrou que o Balde Cheio tem raízes por todo o Brasil, ganhando cada vez mais proporções. Segundo ele, há dois anos, o Balde Cheio tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades da Empresa, incluindo a Embrapa Cocais em parceria com o Sebrae-MA. “É um projeto que realmente muda a vida dos produtores. São relatos emocionantes que se ouve por todo o Brasil. O sucesso é o treinamento do técnico que multiplica a execução do projeto”, avalia.
O instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, falou sobre “Viabilidade da irrigação de pastagem”. Segundo ele, irrigação é uma ferramenta do processo, que pode ser usada ou não, sendo sua prática importante para fazer a propriedades ser rentável. “Deve ser usada onde não há chuva. O investimento deve gerar renda para pagar gastos ou custos de atividades e possibilitar sobras”. Rosseto trabalha para incrementar a produção de leite nas propriedades e aumentar o número de municípios envolvidos, pois, segundo ele, “o Maranhão tem potencial para crescer em quantidade e em qualidade do produto produzido”.
Como representante do Sebrae, Vanderlan Parreirão reiterou o potencial de crescimento do Balde Cheio no estado e ressaltou os bons resultados já obtidos. “Precisamos de mais técnicos treinados e engajados. Todos nós ganhamos com essa iniciativa. A semente foi lançada e tem bons frutos. Precisamos continuar a cultivar esses ensinamentos, a espalhar o conhecimento e despertar no produtor o desejo de fazer a coisa certa”.
O evento contou ainda com palestras da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão - Faema/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão - AGED-MA, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai-MA e Laticínios Bethe que abordaram tema da qualidade do leite e relato da experiência de produtores e técnicos que aplicam a metodologia do Balde Cheio. O técnico Maycon Douglas, por exemplo, ressaltou o baixo nível tecnológico das propriedades em geral e a importância do Balde Cheio para tecnificar e organizar a produção leiteira. “Fizemos anotações dos índices produtivos e econômicos, implantação de controle financeiro e zootécnicos e econômicos; adequação do número de animais à capacidade de suporte da alimentação disponível, participação nas capacitações profissionais do Senar sobre manejo sanitário, inseminação artificial, mecanização agrícola, derivados de leite, manejo alimentar, irrigação, manejo de pastagens”. Segundo ele, os cursos são importantes também para melhorar a relação entre técnicos e produtores e entender melhor as recomendações. “No Maranhão, há muita oportunidade de empreendedorismo e possibilidades de aumento da produtividade para o produtor”, emendou.
Dia de Campo – O evento foi realizado na Chácara Santa Maria, em Cidelândia, de propriedade do produtor Sérgio, que enfatizou a importância das parcerias e do comprometimento para o sucesso do Balde Cheio. “A gente não faz nada sozinho. Precisamos de incentivo e do apoio e acompanhamento do técnico qualificado pela Embrapa para alcançarmos bons resultados. Da nossa parte, trabalho e dedicação. O resultado vem a médio e longo prazos. O caderninho de anotações é importante para mostrar as mudanças. Estamos satisfeitos e, o que vier de desafios, estamos prontos para encarar”.
O técnico Pedro Junqueira é o responsável pela Chácara Santa Maria, em Cidelândia. onde foi realizado o dia de campo. Em seu depoimento, ressaltou como ponto forte o alinhamento entre os técnicos e produtores para mover o processo de mudança de atitude na propriedade. “Fazemos caderno de anotações com informações sempre atualizadas (índices zootécnicos, receita e despesas, análise do solo, divisão de piquetes etc). Primeiro pensamento nosso é fornecer comida, nutrientes para a vaca para produzir leite. Mas fazer correção do solo com calcário, fósforo, potássio etc é importante para que o animal esteja bem nutrido, além de fatores genéticos e outros manejos da produção”.
O prefeito de Cidelândia, Fernando Teixeira, esteve presente ao dia de campo. No município cerca de dez produtores participam do Balde Cheio. O secretário de agricultura, Agnaldo Guedes, reforçou que a iniciativa, se bem aplicada, propicia excelentes resultados na produção e produtividade e ressaltou a parceria de sucesso entre Embrapa e Sebrae.
Mais sobre o Balde Cheio - Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio há 2 anos, tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades, incluindo a Embrapa Cocais. O resultado dessa iniciativa é o intercâmbio de informações e conhecimento entre todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) de acordo com a realidade de cada propriedade e de sua região, bem como o monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nos sistemas de produção, propiciando impactos, não só no aumento na produção e produtividade, mas também na rentabilidade da atividade. Para tal, usa-se pequena propriedade produtora de leite, usualmente de base familiar, participante do projeto como ‘sala de aula prática’, para que a comunidade conheça como funciona a metodologia.
Parceria, o segredo do sucesso – No Maranhão, o projeto teve início em 2008, em uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste (Unidade da Embrapa líder do projeto) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-MA, Regional de Imperatriz-MA. Desde então, mais de 2 mil produtores de leite foram beneficiados no Maranhão. Atualmente, cerca de 60 propriedades participam do projeto em 16 municípios da Região Tocantina, mais os municípios de Presidente Dutra e Bacabal, incluídos nessa nova fase do projeto. Nesse projeto, Embrapa, instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER), entidades públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos) e produtores andam lado a lado, promovendo ações de capacitação e transferência de tecnologia no campo. A união desses diferentes elos da cadeia produtiva do leite – Embrapa, parceiros, técnicos e produtores - forma uma rede dinâmica de trabalho, com base na troca de informações e de conhecimentos científicos e práticos.
Na ocasião, houve palestra, intitulada “`Programa Balde Cheio: 21 anos, do idealizador do projeto, o pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste Artur Chinelato, que relembrou a história do programa. “O Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores”. O pesquisador da Embrapa Cocais Joaquim Costa, em sua fala durante o evento, lembrou que o Balde Cheio tem raízes por todo o Brasil, ganhando cada vez mais proporções. Segundo ele, há dois anos, o Balde Cheio tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades da Empresa, incluindo a Embrapa Cocais em parceria com o Sebrae-MA. “É um projeto que realmente muda a vida dos produtores. São relatos emocionantes que se ouve por todo o Brasil. O sucesso é o treinamento do técnico que multiplica a execução do projeto”, avalia.
O instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, falou sobre “Viabilidade da irrigação de pastagem”. Segundo ele, irrigação é uma ferramenta do processo, que pode ser usada ou não, sendo sua prática importante para fazer a propriedades ser rentável. “Deve ser usada onde não há chuva. O investimento deve gerar renda para pagar gastos ou custos de atividades e possibilitar sobras”. Rosseto trabalha para incrementar a produção de leite nas propriedades e aumentar o número de municípios envolvidos, pois, segundo ele, “o Maranhão tem potencial para crescer em quantidade e em qualidade do produto produzido”.
Como representante do Sebrae, Vanderlan Parreirão reiterou o potencial de crescimento do Balde Cheio no estado e ressaltou os bons resultados já obtidos. “Precisamos de mais técnicos treinados e engajados. Todos nós ganhamos com essa iniciativa. A semente foi lançada e tem bons frutos. Precisamos continuar a cultivar esses ensinamentos, a espalhar o conhecimento e despertar no produtor o desejo de fazer a coisa certa”.
O evento contou ainda com palestras da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão - Faema/Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão - AGED-MA, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - Senai-MA e Laticínios Bethe que abordaram tema da qualidade do leite e relato da experiência de produtores e técnicos que aplicam a metodologia do Balde Cheio. O técnico Maycon Douglas, por exemplo, ressaltou o baixo nível tecnológico das propriedades em geral e a importância do Balde Cheio para tecnificar e organizar a produção leiteira. “Fizemos anotações dos índices produtivos e econômicos, implantação de controle financeiro e zootécnicos e econômicos; adequação do número de animais à capacidade de suporte da alimentação disponível, participação nas capacitações profissionais do Senar sobre manejo sanitário, inseminação artificial, mecanização agrícola, derivados de leite, manejo alimentar, irrigação, manejo de pastagens”. Segundo ele, os cursos são importantes também para melhorar a relação entre técnicos e produtores e entender melhor as recomendações. “No Maranhão, há muita oportunidade de empreendedorismo e possibilidades de aumento da produtividade para o produtor”, emendou.
Dia de Campo – O evento foi realizado na Chácara Santa Maria, em Cidelândia, de propriedade do produtor Sérgio, que enfatizou a importância das parcerias e do comprometimento para o sucesso do Balde Cheio. “A gente não faz nada sozinho. Precisamos de incentivo e do apoio e acompanhamento do técnico qualificado pela Embrapa para alcançarmos bons resultados. Da nossa parte, trabalho e dedicação. O resultado vem a médio e longo prazos. O caderninho de anotações é importante para mostrar as mudanças. Estamos satisfeitos e, o que vier de desafios, estamos prontos para encarar”.
O técnico Pedro Junqueira é o responsável pela Chácara Santa Maria, em Cidelândia. onde foi realizado o dia de campo. Em seu depoimento, ressaltou como ponto forte o alinhamento entre os técnicos e produtores para mover o processo de mudança de atitude na propriedade. “Fazemos caderno de anotações com informações sempre atualizadas (índices zootécnicos, receita e despesas, análise do solo, divisão de piquetes etc). Primeiro pensamento nosso é fornecer comida, nutrientes para a vaca para produzir leite. Mas fazer correção do solo com calcário, fósforo, potássio etc é importante para que o animal esteja bem nutrido, além de fatores genéticos e outros manejos da produção”.
O prefeito de Cidelândia, Fernando Teixeira, esteve presente ao dia de campo. No município cerca de dez produtores participam do Balde Cheio. O secretário de agricultura, Agnaldo Guedes, reforçou que a iniciativa, se bem aplicada, propicia excelentes resultados na produção e produtividade e ressaltou a parceria de sucesso entre Embrapa e Sebrae.
Mais sobre o Balde Cheio - Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio há 2 anos, tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades, incluindo a Embrapa Cocais. O resultado dessa iniciativa é o intercâmbio de informações e conhecimento entre todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) de acordo com a realidade de cada propriedade e de sua região, bem como o monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nos sistemas de produção, propiciando impactos, não só no aumento na produção e produtividade, mas também na rentabilidade da atividade. Para tal, usa-se pequena propriedade produtora de leite, usualmente de base familiar, participante do projeto como ‘sala de aula prática’, para que a comunidade conheça como funciona a metodologia.
Parceria, o segredo do sucesso – No Maranhão, o projeto teve início em 2008, em uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste (Unidade da Embrapa líder do projeto) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE-MA, Regional de Imperatriz-MA. Desde então, mais de 2 mil produtores de leite foram beneficiados no Maranhão. Atualmente, cerca de 60 propriedades participam do projeto em 16 municípios da Região Tocantina, mais os municípios de Presidente Dutra e Bacabal, incluídos nessa nova fase do projeto. Nesse projeto, Embrapa, instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER), entidades públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos) e produtores andam lado a lado, promovendo ações de capacitação e transferência de tecnologia no campo. A união desses diferentes elos da cadeia produtiva do leite – Embrapa, parceiros, técnicos e produtores - forma uma rede dinâmica de trabalho, com base na troca de informações e de conhecimentos científicos e práticos.
Flávia Bessa (MTb 4469/DF)
Embrapa Cocais
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