Com 104 participantes, de várias áreas do conhecimento, de quatro regiões do País, além do Chile, o Curso de Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças viu o número de participantes dobrar desde a edição anterior, em 2017. O evento começa nesta segunda (26) e vai até sexta-feira (30), na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP). Para o organizador do curso, Marcos David Ferreira, a preocupação com o alto índice de perdas está atraindo toda a cadeia produtiva a participar de ações que possam refletir na redução do patamar atual registrado no País, que chega a 40%. “O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas e autossuficiente na produção de hortaliças. No entanto, a qualidade do produto e as perdas ainda são elevadas”, avalia. O evento tem uma programação extensa para os cinco dias. São 33 apresentações, com quatro mesas-redondas e 11 oficinas práticas. As atividades ainda incluem visitas a uma unidade de beneficiamento de laranja, em Araraquara, e a uma de processamento mínimo de hortaliças, em Sumaré, ambas no interior de São Paulo. O pesquisador, que se dedica ao estudo de perdas e desperdícios há mais de 20 anos, ainda lembra que serão abordados temas como nanotecnologia, processamento mínimo de frutas, uso de embalagens e contato com tecnologias distintas, como a nanoemulsões de base de carnaúba, lançada recentemente. As análises por meio da técnica de espectroscopia do infravermelho, que proporcionam o conhecimento da qualidade interna do fruto sem destruí-lo fazem parte de outra atividade do curso. “Aos participantes serão repassadas informações, vislumbrando aplicações diretas nos diferentes segmentos deste setor”, diz ele. A primeira edição do Curso Tecnologia Pós-Colheita em Frutas e Hortaliças foi realizada em 2011, com 20 participantes, e com a proposta de transferir tecnologias desenvolvidas pela Embrapa e parceiros para aumentar a eficiência do setor com reduções de perdas. Até 2013 era realizado em formato anual e, a partir de então, bianual.