27/09/19 |   Transferência de Tecnologia

Lavoura protegida e rentável

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Foto: Luiz Magnante

Luiz Magnante - Identificação de doenças na capacitação Embrapa-OCB

Identificação de doenças na capacitação Embrapa-OCB

A chegada da primavera na Região Sul é sempre um desafio para os cultivos de inverno, que enfrentam o clima quente e úmido favorável a incidência de doenças nas lavouras. Equilibrar os custos dos tratamentos fitossanitários com a rentabilidade da lavoura foi tema das discussões no 6º módulo da capacitação Embrapa e OCB na cadeia produtiva de cereais de inverno.

Os gastos com defensivos podem representar 16% do investimento na lavoura de inverno. As doenças causadas por fungos, bactérias e vírus limitam a produtividade e aumentam os custos de produção.  A infecção por estes agentes pode ocorrer em diferentes fases de desenvolvimento da planta, mas o impacto maior está nas doenças de espiga, fase de desenvolvimento da cultura onde doenças como a giberela e a brusone ainda desafiam o setor produtivo. 

Para minimizar os impactos, a pesquisa trabalha no manejo integrado das doenças, focando na correta identificação, avaliação das condições que favorecem o seu desenvolvimento e difusão de conhecimentos sobre as medidas de controle disponíveis. Além da resistência genética às doenças, o controle também associa técnicas de manejo da lavoura e modelos de simulação computacional na indicação das épocas de maior risco na cultura.

O clima seco ao logo deste ano favoreceu a incidência de oídio nos cereais de inverno. De acordo com a pesquisadora da Embrapa Trigo, Leila Costamilan, a ocorrência do oídio no desenvolvimento inicial do trigo, por exemplo, pode reduzir o número de espigas, e quando ocorre mais tardiamente, diminui o número de grãos por espiga e o tamanho dos grãos, impactando no rendimento final.

Na área de atuação da Fundação ABC no Paraná, as perdas por oídio foram estimadas em 14%. “Mesmo com controle desde o perfilhamento do trigo, chegamos a até três aplicações de fungicidas nesta safra”, conta o pesquisador Senio Prestes, lembrando que a incidência de La Nina no começo da safra de inverno exigiu manejos mais intensos para o controle de doenças iniciais. “Agora começa a fase que exige maior monitoramento. O clima de primavera é sempre o maior desafio podendo afetar o resultado final da produção. Até aqui, fizemos tudo para produzir muito essa produção precisa atingir boa qualidade. O monitoramento para fazer os melhores tratamentos fitossanitários é o caminho para assegurar um grão de qualidade”.

Ouça a entrevista com o pesquisador Senio Prestes da Fundação ABC.

Joseani M. Antunes (MTb 9693/RS)
Embrapa Trigo

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