Pesquisadores levantam uso e cobertura das terras em Rondônia
Pesquisadores levantam uso e cobertura das terras em Rondônia
Pesquisadores da Embrapa Territorial avaliaram os mais importantes usos e coberturas das terras, no município de Machadinho do Oeste, RO, em duas sub-bacias do Rio Machado: a do Rio Abacaxi e a do Rio Preto. O trabalho realizado entre 25 de agosto e 6 de setembro é parte de projeto de pesquisa sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais.
Líder da iniciativa, o pesquisador Sérgio Tôsto, da Embrapa Territorial, conta que chamou atenção da equipe o avanço das lavouras anuais, principalmente soja e milho. São sistemas de produção intensivos no uso de maquinário e insumos agrícolas, principalmente fertilizantes e produtos fitossanitários para aumentar a fertilidade dos solos e controlar pragas e doenças. O pesquisador diz que esse fator reforça a necessidade de "adotar práticas de conservação de solos e o emprego correto dos produtos fitossanitários, de a forma a evitar danos ambientais".
Tal como em outras áreas da região amazônica, a ocupação com pastagens é destaque na região, especialmente pela menor dependência de mão de obra, avalia Tôsto, já que muitos filhos de produtores têm trocado o campo pelas cidades.
O cultivo do café é outro destaque na região. A equipe observou cafezais antigos, alguns abandonados, mas também a adesão às variedades clonais da planta desenvolvidas pela Embrapa. Elas são altamente produtivas, mas exigem investimento em tecnologia, especialmente irrigação, segundo o pesquisador.
Outra atividade importante na região é a piscicultura com a exploração em tanques de espécies, principalmente o tambaqui, Por fim, chamou atenção também o cultivo de urucum, para atender às indústrias alimentícias e de cosméticos.
Emater/RO
A equipe também reuniu-se com gestores do órgão de assistência técnica no estado, a Emater-RO. Eles discutiram parceria para treinamento de produtores rurais e de profissionais da extensão com o presidente do órgão, Luciano Brandão, o vice-presidente, José de Arimatéia, e o diretor técnico e de planejamento, Anderson Kühl. A Emater se dispôs a ceder espaço e a colaborar para a realização do treinamento para agricultores e para extensionistas sobre serviços ecossistêmicos, serviços ambientais e pagamento por Serviços Ambientais, temas do projeto. Tôsto falou sobre a importância da capacitação dos extensionistas: “A ideia é ter multiplicadores do conhecimento”.
ASEAM
As atividade fazem parte do projeto ASEAM, sigla para “Construção do conhecimento e sistematização de experiências sobre valoração e pagamento por serviços ecossistêmicos e ambientais no contexto da agricultura familiar amazônica”.
O estudo é um dos 19 constituintes do Projeto Integrado da Amazônia, que recebe recursos do Fundo Amazônia. Prevê a quantificação e valoração dos serviços ecossistêmicos de carbono, solo e água em bacias hidrográficas da Amazônia Legal onde se encontram assentamentos rurais. Também busca o fortalecimento de redes que trabalham com serviços ecossistêmicos visando à formulação de programas e projetos de pagamentos por serviços ambientais. Ainda no âmbito do projeto, produtores, mulheres, jovens rurais e extensionistas receberão capacitações sobre os conceitos de serviços ecossistêmicos.
(Com informações de Alan Rodrigues)
Vivian Chies (MTb 42.643/SP)
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