Análise de solo busca modernização
Análise de solo busca modernização
Photo: Embrapa
O analista da Embrapa Meio Ambiente, Marcelo Saldanha, é um dos coordenadores do Programa
Desde 1992 a Embrapa coordena o Programa de Análise de Qualidade de Laboratórios de Fertilidade (PAQLF). A análise de solo é vital para o produtor rural, já que é solicitada para concessão de financiamentos pelo Pronaf, por exemplo.
Para debater os avanços - e obstáculos - da análise de solo no Brasil, 35 profissionais de 30 laboratórios estiveram em Campos do Jordão (SP), entre os dias 16 e 18 de outubro para mais um Encontro de Laboratórios do PAQLF.
“Apresentamos resultados do período 2018/19, inclusive alguns erros que, numa análise histórica, são sempre maiores na exatidão, e não na precisão. Ou seja, os laboratórios até conseguem repetir bem os resultados; o problema é o quão próximo do valor real eles estão”, conta o pesquisador da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e um dos coordenadores do PAQLF, Daniel Vidal Pérez.
O Programa também estuda o desempenho dos laboratórios por região. Neste ano, ao contrário dos anteriores, a maior parte dos erros está nas instituições do Sudeste. “Creio que a busca das causas é sempre o mais interessante no controle de qualidade. Os elementos que apresentaram mais problemas foram o fósforo, cálcio e magnésio porque muitas empresas continuam usando métodos mais tradicionais, e aí você precisa de um maior rigor quanto à qualidade dos reagentes e da água, por exemplo, e isso nem todos conseguem porque o custo é elevado”, explica Pérez.
Alguns novos temas foram abordados em Campos do Jordão, como a questão do direito e da posse do dado gerado nos laboratórios e a possibilidade de usá-lo em programas como o Fertiliza BR. Outro tópico recente, a espectroscopia do infravermelho, também foi tema de debate. “Temos interesse de dar um curso, em 2020, de utilização de ferramentas de infravermelho para que toda rede do PAQLF tenha capacidade de desenvolver a sua base de dados espectral e a própria forma de analisar carbono. A ideia é que eles utilizem sua biblioteca de solos e desenvolvam os seus algoritmos, para calcular carbono e textura, por exemplo”, cita Daniel.
Para evitar a falsificação de laudos e selos de análise de solo os coordenadores do Programa estudam a possibilidade de ter um selo digital. “Muitos laboratórios nem imprimem mais o laudo para entregar ao cliente, enviam um arquivo digital. Então é possível que tenhamos um selo digital que garanta a rastreabilidade e idoneidade do resultado”, conclui Daniel.
Carlos Dias (20.395 MTb RJ)
Embrapa Solos
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