Seminário aborda o Desenvolvimento de plantas biotecnológicas no Brasil
Seminário aborda o Desenvolvimento de plantas biotecnológicas no Brasil
Foto: Zineb Benchekchou
Desde a décda de 1980, a Embrapa desenvolve pesquisas na área de biotecnologia com diversas culturas agrícolas visando obter plantas resistentes a pragas, doenças e estresses hídricos
A Embrapa Algodão promove nesta quarta-feira (26), às 16 horas, seminário com o tema "Desenvolvimento de plantas biotecnológicas no Brasil" a ser ministrado pelo pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e membro da Academia Brasileira de Ciências, Francisco José Lima Aragão, pioneiro na geração de plantas transgênicas no Brasil.
A Embrapa atua na área de biotecnologia desde a década de 1980, tendo como objetivo principal o desenvolvimento de plantas resistentes ou tolerantes a estresse bióticos (pragas e doenças) e abióticos (secas e altas temperaturas, por exemplo). As pesquisas nessa área são desenvolvidas em diversas unidades distribuídas por todo o Brasil, sob a coordenação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, localizada em Brasília. Entre os principais avanços obtidos estão o desenvolvimento de produtos transgênicos como o feijão resistente ao vírus do mosaico dourado e o algodão e a soja resistentes a herbicidas.
Lançada em 2007, a soja Cultivance® foi o primeiro Organismo Geneticamente Modificado totalmente desenvolvido no Brasil, em parceria com a BASF, resultado de mais de 10 anos de pesquisas. É tolerante a herbicidas da classe das imidazolinonas com adaptações às várias regiões brasileiras.
Em 2011, a CTNBio aprovou a liberação do feijão geneticamente modificado (GM) desenvolvido pela Embrapa para cultivo comercial no Brasil. O feijão é resistente ao vírus do mosaico dourado, pior inimigo dessa cultura agrícola no Brasil e na América do Sul. Considerado um marco para a ciência nacional, o feijão resistente ao vírus do mosaico dourado foi a primeira planta transgênica totalmente produzida por instituições públicas de pesquisa brasileiras.
Em 2013, foram lançadas as primeiras cultivares de algodoeiro transgênico da Embrapa com a participação de empresas privadas que licenciaram sua tecnologia. Essas novas cultivares são resistentes ao herbicida glifosato e facilitam o controle de plantas daninhas nas grandes áreas de cultivo do algodão. Em breve, também empregando-se tecnologia licenciada, estarão disponíveis para o produtor as primeiras cultivares de algodoeiro da Embrapa combinando resistência ao herbicida glifosato e resistência a lagartas.
Pesquisas com outras culturas agrícolas como o café, cana-de-açúcar, canola, batata, girassol, mamão, entre outras estão em desenvolvimento na Embrapa, com ênfase na obtenção de plantas resistentes a pragas, doenças e estresses hídricos.
Perfil
Francisco Aragão é pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, onde é responsável pelo Laboratório de Engenharia Genética Aplicada à Agricultura Tropical. É pioneiro na geração de plantas transgênicas no Brasil, membro da Academia Brasileira de Ciências e professor colaborador da Universidade de Brasília. Foi membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) no período de 2008 a 2014.
Serviço:
Seminário sobre o Desenvolvimento de plantas biotecnológicas no Brasil
Data: 26/08/15 (quarta-feira)
Horário: 16 horas
Local: Auditório Luiz Carlos de Medeiros – Embrapa Algodão – Campina Grande/PB
Edna Santos (MTB-CE 01700)
Embrapa Algodão
Contatos para a imprensa
algodao.imprensa@embrapa.br
Telefone: (83)3182-4361
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/