Programa de Atuação Responsável garante segurança ao Sistema Cultivance
Programa de Atuação Responsável garante segurança ao Sistema Cultivance
A BASF e a Embrapa buscaram aprovação do Sistema Cultivance em 17 países compradores da soja brasileira, tais como China e União Europeia, visando a comercialização global da tecnologia. O processo de submissão de dados de análise de segurança em cada país foi iniciado em 2008 e concluído em 2015 com a obtenção da aprovação na Europa.
A BASF gerenciou todos os estudos mundiais de registro da tecnologia, custeou os estudos necessários para o atendimento às exigências globais de regulamentação; forneceu pessoal e expertise ao processo de regulamentação necessário para atender às necessidades de registro no Brasil e em países com um mercado de soja relevante. "A Embrapa acompanhou o desenvolvimento técnico e administrativo do processo regulatório, participando ativamente por meio de conhecimento técnico das diversas áreas de pesquisa envolvidas na obtenção e análise dos dados regulatórios", destaca o pesquisador Carlos Arrabal Arias, da Embrapa.
Aprovação mundial
Enquanto a aprovação mundial da tecnologia não foi concluída, a BASF e a Embrapa se comprometerem com o Programa de Atuação Responsável da soja Cultivance no Brasil. O Programa visava o adequado cultivo e manuseio da soja Cultivance para evitar seu escape no meio ambiente e também sua entrada na cadeia de alimentos antes da aprovação regulatória no Brasil e nos países importadores dessa soja.
O Programa de Atuação Responsável, também chamado de programa Stewardship, foi baseado em três pilares: 1) Implementação de controles para a contenção da produção e cultivo de soja Cultivance, 2) Treinamento dos usuários e 3) Inspeções de verificação da aderência ao programa. Todas as atividades pré-comerciais com a soja Cultivance foram conduzidas seguindo um conjunto de requerimentos para evitar a sua liberação não intencional no meio ambiente e a sua mistura com outros materiais de soja.
De acordo com Daniela Contri, gerente de regulamentação e stewardship – biotecnologia da América da Sul da BASF - algumas medidas do Programa de Stewardship constituíam-se em: manutenção de um isolamento entre o cultivo da soja Cultivance e qualquer outra soja, o uso de equipamentos exclusivos às atividades com Cultivance, a necessidade de uma limpeza criteriosa antes e depois do uso desses implementos agrícolas, assim como o monitoramento dos campos de cultivo pós colheita para a identificação e destruição de plantas voluntárias remanescentes. Para Daniela Contri, o controle rígido de estoque de grãos e sementes, regras de embalagem, identificação, armazenamento e transporte, além da destruição de sobras e resíduos de grãos e sementes e o registro integral de todas as atividades a campo realizadas com a soja Cultivance eram requisitos adicionais necessárias para garantir a completa rastreabilidade do material.
O segundo ponto fundamental do programa de Stewardship eram os treinamentos, destaca Contri. Todos os envolvidos com atividades com Cultivance receberam obrigatoriamente treinamentos nos requisitos do programa antes de iniciar suas atividades. Os módulos de treinamentos eram realizados com o propósito de tornar claro os requisitos de Stewardship necessários para conter grãos e sementes de soja Cultivance em todas as etapas do seu cultivo e manuseio.
Foi implementado um processo de verificação do Programa para garantir o cumprimento dos requisitos estabelecidos. As inspeções internas conduzidas por auditores treinados eram realizadas nas áreas cultivadas em todas as etapas críticas do processo de produção, tais como plantio, colheita, transporte, armazenamento. "O Programa de Stewardship teve aderência integral por parte dos usuários e os requisitos implementados pelas empresas BASF e Embrapa se mostraram altamente eficiente para a contenção da tecnologia", destaca Contri.
Embrapa Soja
Mais informações sobre o tema
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