Boas práticas para a pimenta-do-reino são apresentadas a agricultores no Pará
Boas práticas para a pimenta-do-reino são apresentadas a agricultores no Pará
Lavouras de pimenta-do-reino mais produtivas e sustentáveis serão apresentadas aos agricultores do município de Baião, na região do Baixo Tocantins, nesta quarta-feira (13). As boas práticas de cultivo, o uso do tutor vivo de gliricídia e as diferentes variedades de pimenta desenvolvidas pela Embrapa estão entre os temas apresentados.
A pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) é especiaria mais consumida no mundo. O Brasil é o terceiro produtor mundial de pimenta, com cerca de 102 mil toneladas em 2018. O Pará tem um papel de destaque na produção brasileira, com quase 35 mil toneladas, segundo o IBGE.
Uma das tecnologias de destaque para o cultivo sustentável da pimenteira-do-reino é o uso do tutor vivo de gliricídia (Gliricidia sepium L.), desenvolvida pela Embrapa e que está em expansão no estado do Pará. A gliricídia, árvore leguminosa nativa da América Central, serve como apoio para o crescimento da pimenteira-do-reino, substituindo os estacões de madeira.
As vantagens do uso da gliricídia como tutor vivo são inúmeras, segundo Oriel Lemos, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental. A primeira é a redução em quase 30% do custo de implantação do pimental em comparação ao sistema tradicional com o chamado tutor morto (estacas cortadas de madeira), que além de encarecer a produção, tem um grande impacto ambiental. “O uso de estacas de gliricídia contorna a dificuldade de obtenção de estacões, diminuindo os impactos ambientais e aumentando a longevidade dos pimentais”, acrescenta o pesquisador.
Além dessa tecnologia, segundo João Paulo Both, analista da Embrapa Amazônia Oriental, os agricultores paraenses vão conhecer as boas práticas de cultivo da pimenteira-do-reino, que envolvem a produção de mudas, o controle de doenças, manejo e o uso de variedades recomendadas pela pesquisa.
A Embrapa já desenvolveu sete cultivares de pimenteira-do-reino que atualmente são utilizadas em todas as lavouras brasileiras. Entre elas está a Cingapura e a Bragantina, que atualmente são as mais plantadas nas lavouras da Amazônia e de outras regiões do país. Entre as vantagens dessas variedades estão a alta produtividade e a maturação dos frutos.
O evento será realizado na área da Prefeitura de Baião e em área de produtor. A programação, que inicia às 8h e encerra às 14h30, envolve parte teórica e prática, e é aberta ao público. O apoio é da Secretaria de Agricultura de Baião, Banco da Amazônia e Emater Pará.
Ana Laura Lima (MTb 1268/PA)
Embrapa Amazônia Oriental
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