A Feira Nacional do Coco (Fenacoco) 2019 aconteceu de 6 a 9 de novembro em Fortaleza, CE, e reuniu profissionais, cooperativas, artesãos, produtores, pesquisadores, estudantes e empresários de uma das mais importantes cadeias produtivas para o Nordeste, e de grande relevância para o Brasil. Voltada para a tecnologia, inovação e cultura, a feira tem como objetivos estudar, discutir e promover o fomento da cadeia produtiva do coco, considerado um mercado promissor para o Brasil. O evento, que contou com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Embrapa, é o maior da América Latina sobre a cadeia produtiva do coco, sendo palco de debates importantes sobre o presente e futuro da cadeia produtiva do coco no Brasil. Com cerca de 800 participantes, a abertura do evento foi marcada pela entrega do Troféu Coqueiro de Ouro para importantes atores que têm se destacado na produção agrícola e industrial do coco no país, e contou com a presença do superintendente do Mapa no Ceará, Francisco Milton Holanda Neto, e do coordenador de Regulamentação de Vinhos e Bebidas, Marco Tulio Santiago. Em mais esta edição, a Fenacoco teve participação efetiva de pesquisadores das Unidades da Embrapa que realizam pesquisas agronômicas e agroindustriais com foco no incremento da cocoicultura. O chefe-geral da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), Marcelo Fernandes, participou da abertura da feira, no dia 6, e fez o lançamento oficial dos dois mais novos livros da Embrapa sobre a cultura – ‘Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas – Coco: o produtor pergunta, a Embrapa responde’ e ‘A Cultura do Coqueiro no Brasil – 3ª Edição’. Livros sobre coco Na abertura, Fernandes fez a entrega de um exemplar de cada obra às autoridades que compuseram a mesa diretora. Ele apresentou oficialmente as obras, e destacou o importante papel da equipe de pesquisas com coco para o fortalecimento da cultura no Brasil, que é o quarto produtor mundial. “Esses livros são resultado de mais de 40 anos de dedicação de alguns dos maiores pesquisadores do Brasil e do mundo na cultura do coqueiro, promovendo avanços no conhecimento desse importante produto”, declarou. ‘A cultura do coqueiro no Brasil’ chega a sua terceira edição revisada e atualizada, e é direcionado a produtores rurais, empresários da agroindústria, pesquisadores, professores universitários, extensionistas e estudantes. Finalizada em 2018, a obra trata de vários aspectos da cocoicultura, como origem, distribuição, morfologia, adaptação, variedades, clima, solos, necessidades hídricas e nutricionais, tratos culturais, manejo de pragas e doenças, cuidados na colheita e na pós-colheita e aspectos econômicos. O livro tem 508 páginas e é vendida por R$80. Para saber como adquirir um exemplar, acesse o link da Livraria Embrapa ou ligue para o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa Tabuleiros Costeiros – 79 4009-1344. ‘Coleção 500 Perguntas, 500 Respostas sobre Coco – o produtor pergunta, a Embrapa responde’ representa o diálogo entre os pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros e os seus distintos públicos, em particular os produtores, que, nos últimos 40 anos, têm demandado cada vez mais informações sobre a cultura, seja por meio de consultas ao SAC ou por meio da interação presencial nos eventos técnicos e científicos sobre coco. Dentre outras contribuições, a publicação, organizada pelo experiente pesquisador Lafayette Sobral, especialista em fertilidade do solo e nutrição do coqueiro, pretende aperfeiçoar a comunicação entre o corpo de pesquisa e os produtores de coco do Brasil, respondendo a 500 perguntas sobre o coco de forma prática e didática. A obra em formato eletrônico está disponível gratuitamente para download no portal da Embrapa. Discussões técnicas A extensa e profunda programação contou com diversas conferências, palestras, mesas redondas e fóruns sobre todos as ramificações da cadeia produtiva do coco, dentro e fora da porteira – aspectos agronômicos, fitossanitários, melhoramento genético, de comércio interno e exterior, agregação de valor, gestão e aproveitamento de resíduos, entre outros. Apresentações de pesquisadores e analistas da Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), da Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE) e da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ) integraram a programação, com informações e debates atuais sobre soluções tecnológicas para as demandas dos produtores brasileiros. O analista Fernando Abreu, da Embrapa Agroindústria Tropical, discutiu as atualizações no processamento de água de coco. Antônio Gomes Soares, da Embrapa Agroindústria de Alimentos, apresentou o revestimento do coco para aumento da vida útil e viabilização para exportação marítima. O chefe de Transferência de Tecnologia da Unidade do Rio de Janeiro, André Dutra, abordou oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos alimentícios a cadeia produtiva do coco. Pela Embrapa Tabuleiros Costeiros, Unidade detentora do mandato nacional da pesquisa pública com coco, participaram Viviane Talamini, que apresentou as informações e relatos mais atuais sobre o sistema de alerta e de prevenção do amarelecimento letal do coqueiro – doença extremamente agressiva que pode chegar ao Brasil – e Maria Urbana Nunes, que mostrou as alternativas que a pesquisa vem estudando e validando ara o aproveitamento total dos resíduos de coco em diversos segmentos, como a produção de adubo, biomanta para cobertura de solo e outros produtos. Para Marcelo Fernandes, a Fenacoco foi uma excelente oportunidade para a Embrapa apresentar as ações em execução e suas entregas. “O evento se consolida como um excelente a interação com parceiros, tanto no levantamento de demandas como na perspectiva de formalização de acordos de parcerias com o setor produtivo para viabilizar a carteira de projetos em andamento e novas ações de pesquisa e transferência de tecnologias”, destacou. *Com informações e fotos da Asssessoria de Comunicação da Suerintendência Federal de Agricultura no Ceará