18/11/19 |   Transferência de Tecnologia

Semiárido Show 2019: Abelha sem ferrão é tema de minicurso

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Foto: Marcelino Ribeiro

Marcelino Ribeiro - Abelha branca coletando pólen e nectar

Abelha branca coletando pólen e nectar

A produção de mel é a lembrança mais evidente das abelhas. A atividade polinizadora, porém, que realizam ao pastejar em busca de pólen e néctar, torna esses pequenos insetos indispensáveis à produção de sementes e frutos de nada menos de 1/3 das principais culturas que alimentam as pessoas ao redor do planeta. Nos dois casos, se vinculam a expressivos negócios agrícolas e serviços ambientais.   

Na Feira Semiárido Show 2019, que irá acontecer em Petrolina de 19 a 22 de novembro, a pesquisadora Márcia de Fátima Ribeiro ministra um minicurso que destaca a criação de abelhas sem ferrão como alternativa de renda para agricultores, nas áreas rurais, e também empreendedores de centros urbanos.

De maneira geral, essa atividade, chamada de meliponicultura, é praticada de maneira rudimentar e informal.

A programação do minicurso no segundo dia (20/11) de realização da Feira Semiárido Show 2019, das 8 às 12 horas, na Sala Aroeira, vai por em destaque informações e conhecimentos que ajudam a superar entraves muito comuns a quem busca a criação racional desses pequenos insetos: a falta de organização dos produtores em associações, a utilização de colmeias não padronizadas, a ausência de conhecimento quanto a um calendário de floração de plantas meliponícolas – fornecedoras de pólen e néctar, e o pouco uso das Boas Práticas de Fabricação (BPF) para coleta de mel.

Valor A ausência de ferrão torna menos agressivas essas abelhas. Esse comportamento permite que passem a ser criadas em qualquer aglomerado urbano sem risco de acidentes ou ataques a pessoas. Do mesmo modo, estende o potencial econômico que apresenta para a agricultura familiar a interessados em investir nessa ocupação instalando caixas no muro ou jardim de uma residência, por exemplo.  

“O investimento inicial é baixo e tem boas perspectivas de retorno financeiro. Há espécies dessas abelhas que, além do mel, são excelentes produtoras de pólen, minúsculos grãos gerados pelas flores e que são muito demandados na indústria de alimentos naturais”, revela a pesquisadora da Embrapa Semiárido.

As abelhas precisam ter duas necessidades básicas satisfeitas para sobreviver: plantas de onde obter seus alimentos (pólen e néctar das flores) e locais para formar seus ninhos (nidificar). Em áreas de ocorrência natural, há pressões que contribuem para diminuir as populações e até mesmo extinguir algumas espécies: desmatamento, extrativismo do mel e práticas não amigáveis da agricultura como uso abusivo de agroquímicos. Nas cidades, esse problema se acentua com a poda de árvores, poluição - principalmente colocação de lixo plástico nos orifícios de entrada dos ninhos naturais.   

Na região semiárida ainda há o desafio de manter as colônias durante a maior parte do ano e principalmente nos meses mais secos quando a maioria das plantas, sem flores, deixa de fornecer alimento para as abelhas. Esse conjunto de problemas requer iniciativas de agricultores - com o uso de alimentação suplementar, empreendedores e de governos que envolvam ações de arborização e o estímulo do plantio de espécies vegetais nas casas (jardins e quintais), com flores que possam ser usadas pelas abelhas para obter alimento.  

O minicurso vai tratar dessas questões e apresentar propostas de superar esse conjunto de dificuldades que emperra o desenvolvimento de uma atividade que depende de poucos investimentos financeiros e pode gerar renda e qualidade de vida, afirma Márcia.

A Feira Semiárido Show é uma realização conjunta da Embrapa e o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). Na organização do evento são apoiadas por instituições públicas, entidades da sociedade civil e organismos internacionais que financiam projetos agrícolas no Brasil: Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Senac, Sesc, Sebrae, Senai, Senar/CNA, Programa Água Doce, Prefeitura de Petrolina, Projeto Bem Diverso/PNUD/GEF, IICA/FIDA/Projeto Semear Internacional, Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Governo do Estado da Bahia/SDR)/SUAF/CAR/Pró Semiárido/Bahia Produtiva/Grupo Banco Mundial, Emater/Governo do Estado do Piauí, Universidade do Estado de Pernambuco (UPE), Secretaria de Turismo e Lazer/Governo do Estado de Pernambuco, FAO, Agência Brasileira de Cooperação (ABC)/Ministério das Relações Exteriores, BNDES, Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Chesf, Sudene, IBAMA, Ministério do Desenvolvimento Regional e Ministério da Cidadania.

As informaçoes sobre o evento estão disponíveis na página https://www.embrapa.br/semiaridoshow

 

Marcelino Ribeiro (MTb 1.127/BA)
Semiárido

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Mais informações sobre o tema
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