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Ação contra desperdício de alimentos será estendida a outras publicações da Turma da Mônica

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Foto: Adailton Bezerra

Adailton Bezerra - Cartunista Maurício de Sousa tem recepção calorosa no lançamento de gibi contra desperdício de alimentos

Cartunista Maurício de Sousa tem recepção calorosa no lançamento de gibi contra desperdício de alimentos

O engajamento da Turma da Mônica na temática do desperdício de alimentos não vai ficar restrito à publicação Comer sem Desperdiçar editada com Embrapa e parceiros. Foi o que disse o cartunista e escritor Maurício de Sousa durante o lançamento da revista educativa e da premiação de estudantes que participaram do Concurso Horta&Escola, organizado pela Empresa. As cerimônias realizadas dia 26 na sede da Embrapa, em Brasília/DF, contaram com a presença de representantes da WWF, da Embaixada da União Europeia e da FAO, parceiros da instituição em iniciativas de educação para o consumo sustentável.

O gibi educativo e o guia didático para professores que serão distribuídos em escolas públicas do País explicam os impactos negativos de desperdício de alimentos na família e dão dicas sobre como substituir hábitos indesejáveis. A ação integra a iniciativa de Apoio aos Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil, liderado pela Embrapa em parceria com o WWF Brasil e apoio do Instituto Maurício de Sousa.

Segundo o cartunista, as revistas de linha também vão ajudar no trabalho educativo, “basta criatividade e continuarmos contando com informações da Embrapa para inserirmos o tema entre uma aventura e outra”, disse. Sousa destacou a importância de obter a cumplicidade dos professores para a conscientização dos estudantes sobre o “crime” que é o desperdício de alimentos quando tantos passam fome e depois de todo esforço da pesquisa para colocar comida de qualidade na mesa das famílias, argumentou.

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, deu a dimensão do “crime” do desperdício: um terço da produção de alimentos vai para o lixo, enquanto 1 bilhão de pessoas passam fome no mundo.  Outros três bilhões sofrem de má nutrição e obesidade por falta de uma dieta equilibrada,alertou. Moretti apontou o envolvimento da infância e juventude por meio da educação como forma de investir no futuro do País e do Planeta.

O diretor de conservação e restauração de ecossistemas do WWF Brasil, Edegar Oliveira, destacou o papel da comunicação nessa tarefa junto ao público jovem, lembrando que a distribuição das publicações nas escolas públicas do País vai conferir escala e visibilidade à agenda do consumo sustentável de alimentos junto às famílias a partir das crianças, avaliou. Oliveira acrescentou que o descarte massivo de alimentos gera dificuldades na compostagem com impactos negativos para o meio ambiente, além de representar o desperdício de toda a energia consumida, desde a produção agrícola até o consumidor final.

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez,  também fez referência às perdas ao longo das cadeias produtivas. “Você sabia que para fazer um pedaço de pão você precisa de 1000 litros de água?”, perguntou o embaixador, priorizando o diálogo com o público infantil presente à cerimônia. Além de explicar o caminho percorrido pelo alimento do campo à mesa das famílias, Ybáñez falou sobre o reaproveitamento das sobras, sugerindo ainda o planejamento das compras de gêneros alimentícios e a anotação do que é jogado fora para entendimento do porquê do descarte.

Concurso Horta &Escola

O chefe geral da Embrapa Hortaliças, Warley Nascimento, disse que historicamente o centro de pesquisa tem dedicado atenção a iniciativas de interação com público estudantil,  visando ao incentivo de consumo de hortaliças como fornecedoras de  fibras, sais minerais e antioxidantes. Segundo ele, seria necessário triplicar o consumo de hortaliças no País para  o alcance dos índices preconizados pela Organização Mundial da Saúde. Entre as iniciativas em desenvolvimento na Embrapa Hortaliças estão a Feira de Ciências: pesquisadores do Futuro, e o concurso Horta&Escola.

O assistente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) Gustavo Chianca, elogiou a iniciativa. Segundo disse, o trabalho com hortas escolares no País tem significado grande avanço na luta contra a fome.  “Por isso a experiência brasileira tem sido levada a outros países da América Latina pela FAO”, acrescentou. O concurso Horta&Escola foi incorporado na segunda edição da feira convidando as escolas do DF e Entorno para colaborarem com ideias inovadoras. A ação atraiu as parceiras com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)  e com a Embaixada da União Europeia.

Projetos vencedores

Ao todo 13 propostas selecionadas foram avaliadas por uma comissão formada por pesquisadores da Embrapa e especialistas de instituições parceiras. O projeto Semeando Horta e colhendo agroflorestal, apresentado por alunos do Centro Educacional do PAD-DF foi o vitorioso na categoria ensino fundamental. O primeiro lugar na categoria ensino médio foi conquistado com o projeto Horta Hidropônica e Terra Tex por estudantes  do Centro de Ensino Médio do Cruzeiro (CEMI Cruzeiro).

Até o dia 28 de novembro, o pavilhão Ciência para a Vida, localizado na sede da Embrapa, recebe a segunda edição da Feira de ciências pesquisadores do Futuro, que conta com expositores da Embrapa Agroenergia, Embrapa Cerrados e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Também participam da feira a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Jardim Botânico e o Departamento de Trânsito do DF (Detran). A feira tem apoio financeiro da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP/DF).

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Valéria Cristina Costa (MTb. 15533/SP)
Secretaria de Inovação e Negócios (SIN)

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Mais informações sobre o tema
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