27/11/19 |   Melhoramento genético  Produção vegetal

Publicações da Embrapa destacam as vantagens do açaí BRS Pai d’Égua

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Foto: Ronaldo Rosa

Ronaldo Rosa -

O açaí (Euterpe oleracea) coroa o mês de novembro na Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA) com os lançamentos da cultivar BRS Pai d’Égua (29/11) e de duas publicações que detalham as características e as vantagens do novo açaizeiro recomendado para cultivo em terra firme com irrigação. Na sequência, dia 03/12, a Embrapa realiza um dia de campo em Tomé-Açu, na região Nordeste Paraense. 

As obras técnico-científicas já estão disponíveis ao público em versão on-line no Portal Embrapa, gratuitamente. O folder “BRS Pai d’Égua” e o comunicado técnico “BRS Pai d’Égua: cultivar de açaí para terra firme com suplementação hídrica”, de autoria do engenheiro-agrônomo e pesquisador da Embrapa João Tomé de Farias Neto, estão acessíveis, respectivamente, aqui e aqui.

O cientista é responsável pela pesquisa de melhoramento genético que culminou na BRS Pai d’Égua, originária, como ele conta, de coletas realizadas no ano de 2002 nos municípios paraenses de Afuá e Chaves, localizados na Ilha do Marajó. O açaizeiro é uma espécie frutífera e produtora de palmito, nativa da Amazônia.

Interesse mundial

O açaí desperta a atenção mundial. O folder “BRS Pai d’Égua”, por exemplo, foi disponibilizado na internet em 1º de novembro e logo nos primeiros dias de acesso liberado já havia sido consultado por internautas de diversos países (Estados Unidos, Alemanha, Japão, Irlanda e França), além de brasileiros. Já o comunicado técnico sobre a nova cultivar, on-line desde o dia 11, acumula consultas de usuários dos mesmos países (exceto Japão) mais Bulgária e Inglaterra.

O pesquisador Farias Neto salienta que a demanda e o potencial de mercado do açaí são crescentes. “Graças aos benefícios à saúde que a ciência vem atribuindo à ingestão desse alimento, o fruto do açaizeiro deixou de possuir uma dimensão apenas regional para ganhar importância nacional e internacional”, destaca.

Infoteca-e

Os dados citados sobre consultas e downloads das publicações sobre a BRS Pai d’Égua vêm do Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e), onde o acesso às edições da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é aberto gratuitamente ao público (produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes, professores de escolas rurais, cooperativas, associações, demais segmentos da produção agrícola e interessados em geral).

A Infoteca-e reúne publicações editadas pela Embrapa (sozinha ou em parceria) em diversos formatos. Como explica a bibliotecária Andrea Liliane da Silva, “o conteúdo é técnico-científico, porém apresentado numa linguagem de fácil compreensão”. Ali encontra-se desde cartilhas, livros e comunicados técnicos até programas de rádio e de televisão produzidos por todas as 43 unidades descentralizadas da empresa no País.  

Empreendimentos

O pesquisador avalia que o cultivo de açaí em terra firme com irrigação tem vantagens que abrem espaço para o estabelecimento de grandes empreendimentos agrícolas no Pará – estado onde mais se consome açaí no País e que, sozinho, responde por quase 90% da produção nacional do fruto.

Durante os anos de pesquisa, Farias Neto observou que o cultivo irrigado possibilita produção contínua durante o ano, vantagem que, segundo ele, pode minimizar o impacto social característico dos seis meses de entressafra, de janeiro a junho. O período coincide com os meses mais chuvosos do ano no Pará, quando grande parte dos processadores artesanais e das indústrias não funcionam por causa da drástica diminuição da oferta de fruto. “A escassez eleva o preço da matéria-prima e penaliza a população de baixa renda, que tem no açaí um importante complemento alimentar”, analisa o cientista.

Entre outras vantagens descritas nos documentos recém-publicados sobre a BRS Pai d’Égua, o autor atesta que o cultivo de açaí em terra firme com irrigação permite a mecanização da maior parte das atividades, inclusive a colheita, além de possibilitar a obtenção de produtividades bem mais elevadas que a dos açaizais nativos manejados. 

Izabel Drula Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental

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