29/11/19 |   Zoneamentos

Cadeia produtiva valida zoneamento de risco climático para São Paulo

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Foto: Ana Maio

Ana Maio - Técnicos da cadeia produtiva do consórcio milho-braquiária durante validação

Técnicos da cadeia produtiva do consórcio milho-braquiária durante validação

Técnicos do sistema financeiro, de assistência técnica, de cooperativas, universidade, empresas privadas e de três centros de pesquisa da Embrapa validaram na quinta-feira (28) os estudos de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) aplicado em sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP) - consórcio milho-braquiária, para o Estado de São Paulo.

Essa validação com o setor produtivo está ocorrendo em várias regiões do Brasil. O estudo é importante porque subsidia produtores de todo o país em relação à melhor época para plantio e orienta agentes financeiros na concessão de créditos. Ao seguir as recomendações do Zarc, o produtor tem acesso ao Proagro, Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural. Atualmente, o Brasil tem 44 cadeias produtivas com zoneamento agrícola.

Sugestões
De acordo com pesquisador José Ricardo Pezzopane, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), o Zarc é um instrumento público de política agrícola e gestão de riscos na agricultura. “O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos extremos e indica para cada município a melhor época ou janela de semeadura ou plantio das culturas nos diferentes tipos de solo e para os diferentes ciclos de cultivar”, explicou. A Embrapa é responsável pela execução e validação do zoneamento agrícola no Brasil.

Os participantes puderam fazer simulações na plataforma do Zarc para conhecer as janelas de plantio em diferentes regiões de São Paulo. Representantes da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) indicaram, por exemplo, que a segunda safra de milho já tem níveis de produtividade semelhantes à safra de verão na região de Presidente Prudente. Esse fenômeno vem sendo observado nos últimos anos e ainda não aparece no zoneamento, que utiliza uma série histórica longa, de ao menos 15 anos.

Para a pesquisadora Patrícia Menezes Santos, da Embrapa Pecuária Sudeste, essas reuniões de validação são muito ricas por reduzirem eventuais distorções do zoneamento.

O pesquisador e economista Ary Fortes, da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), explicou ao grupo a lógica do Zarc. Ele relatou um exemplo envolvendo o zoneamento agrícola da cana-de-açúcar no nordeste, que originalmente não contemplava a irrigação, mas acabou se adaptando para uma realidade mais específica. “Variações que gerem impacto podem ser introduzidas no sistema”, disse ele.

Durante a reunião, os participantes fizeram simulações para verificar as melhores épocas para plantio ou semeadura nas regiões de Prudente, Bauru e Araras. O sistema indica os decêndios (períodos de dez dias) em que a segurança varia de 60%, 70% e 80% em três tipos de solos diferentes – mais arenosos, médios e mais argilosos. O painel de indicação de riscos está disponível no site do Mapa, que pode ser acessado aqui.

Ana Maio (Mtb 21.928)
Embrapa Pecuária Sudeste

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