05/12/19 |   Transferência de Tecnologia

Oficinas do Território da Castanha reúnem extrativistas, empreendedores e comunicadores no Jari

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Foto: Dulcivânia Freitas

Dulcivânia Freitas - O evento é promovido pela Embrapa ( Projeto Amazocom/ Fundo Amazônia) e parceria da Fundação Jari.

O evento é promovido pela Embrapa ( Projeto Amazocom/ Fundo Amazônia) e parceria da Fundação Jari.

Ação do projeto Amazocom / Fundo Amazônia acontece nos dias 5 e 6 de dezembro.

A compreensão da cadeia produtiva da castanha-da-Amazônia nos seus aspectos ambientais, sociais e econômicos no contexto da vida e vivências dos agroextrativistas do Vale do Rio Jari, região de confluência no sul do Amapá e Norte do Pará, é o ponto de partida do encontro intitulado “Circuito de Oficinas no Território da Castanha dos estados do Amapá e Pará”, promovido pelo projeto Amazocom, financiado pelo Fundo Amazônia, e parceria da Fundação Jari. O evento é realizado pela Embrapa nos dias 05 e 06 de dezembro, no Senai de Monte Dourado, distrito de Almeirim (PA).   

A programação iniciou na manhã desta quinta-feira, 05/12, reunindo agroextrativistas de várias comunidades, beneficiadores de castanha da região do Jari, lideranças comunitárias e equipe técnica da Embrapa, com o objetivo de realizar uma construção coletiva de conhecimentos para a difusão de informações e prospecção tecnológica de rastreabilidade da tecnologia "Castanha na Roça" e os caminhos da Castanha no Vale do Rio Jari. Foi aplicada a metodologia world café, dinâmica em formato de grupos, onde os participantes apresentaram sugestões para sistematizar as informações com relação ao que poderia aumentar a produção de castanha no Vale do Jari, como é possível melhorar a qualidade deste produto da região e a percepção deles sobre ampliação do mercado da castanha.     

Um dos participantes é Ataciley Ferreira Alves, presidente da Associação dos Moradores Agroextrativistas das comunidades Recreio, Banana, Cafezal, São Raimundo e Pedra Branca. “Este evento, realizado desta forma, é muito bom pra gente experimentar diversos aprendizados e para a gente conseguir manusear e fazer proveito de como lidar com as tecnologias que chegaram e que chegarão nas nossas  comunidades. Também acho muito bom ter a parte de comunicação, o marketing é importante para nossos produtos da castanha”, afirmou Alves.

A analista Relações Públicas da Embrapa, Aline Furtado, ressaltou que a proposta comunicacional deste circuito consiste na abordagem de uma “comunidade global” como protagonista da informação no contexto da castanha na região, associado à comunicação organizacional das instituições e empresas parceiras, e à interação com os comunicadores locais. “Este é o contexto das atividades do circuito de oficinas no âmbito do projeto Interação, Intercâmbio e construção do conhecimento e comunicação nos projetos do Fundo Amazônia (Amazocom). E para reforçar essa estratégia, foram definidas hastags para a divulgação das comunidades envolvidas no circuito: #territóriodacastanha #façoparte #AmazoCom #eufaço”, acrescentou.  

Pela manhã, os participantes interagem no Workshop “Prospecção tecnológica no território da castanha: metodologia The World Café”, conduzido pelo analista engenheiro agrônomo Walter Paixão de Sousa, e pelo pesquisador engenheiro florestal Marcelino Guedes, da Embrapa Amapá, e facilitação gráfica da analista ambiental Nayara Araújo. O World Café trata-se de um método para explorar conversação entre grupos como estratégia para se construir processos de aprendizagem a inovação, para gerar impactos positivos na cadeia de valores da castanha. “Essa medida visa relacionar a prática de aprendizado à inovação por meio de uma comunicação focada na inclusão. Os participantes são incentivados a expressar seus conhecimentos, uma oportunidade de “viagem criativa” que vai além do permitido pelos diálogos em torno das tecnologias sistematizadas pelos pesquisadores”, explicou Walter Paixão.   

O pesquisador Marcelino Guedes enfatizou a necessidade de aumentar a produção de castanha. “Há vários problemas afetando essa produção, e um deles são as mudanças climáticas, percebemos muitas castanheiras secando. Também é muito importante esse ambiente para conversar e pensarmos de maneira agregada, e vermos que uma questão fundamental é o mercado”, apontou. Ele citou a regeneração natural dos castanhais nativos em áreas de agricultura, base da tecnologia chamada de “Castanha na Roça”, como uma alternativa para garantir a expansão e manutenção dos castanhais.  Produtor do ramo madeireiro, Marcos Ferraz Berbel também participa do workshop. Ele faz parte de uma cooperativa que beneficia e comercializa produtos do extrativismo vegetal, madeira e hortifrutigranjeiros, sendo que os castanhais localizados em sua propriedade são de uso total dos extrativistas. “Atualmente estamos focando na manutenção dos castanhais, pra não deixar que o fogo invada estas áreas, e investindo no cultivo de cacau nos castanhais, para diversificar a renda do produtor”.  

Ainda nesta quinta-feira, no período da tarde, é realizado o Workshop “Comunidade Protagonista da Informação”, tendo como moderadora a jornalista Alessandra Lameira e facilitadora gráfica a analista ambiental Nayara Araújo, da consultoria Samaúma Ideias e Soluções Sustentáveis. O objetivo é relacionar os conhecimentos dos agroextrativistas e dos especialistas na construção de processos comunicacionais de difusão da inovação. Fazem parte do conteúdo deste workshop temas como o conceito, processo e formas de comunicação, conhecimentos básicos sobre utilização de redes sociais e a dinâmica dos veículos de comunicação e noções práticas de produção de conteúdo para meios de comunicação. “A facilitação gráfica é uma forma de traduzirmos de forma resumida, através de imagens e figuras, o que está sendo discutido no workshop”, disse Nayara Araújo. O Circuito terá continuidade na manhã da sexta-feira, 06/12, com uma oficina para comunicadores da região do Jari.  

Dulcivânia Freitas (DRT-PB)
Embrapa Amapá

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