Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, empresas e associações de classe assinam pacto pela qualidade da cadeia produtiva da carne bovina
27/08/15
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Produção animal
Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, empresas e associações de classe assinam pacto pela qualidade da cadeia produtiva da carne bovina
Foto: Kadijah Suleiman
Pacto Sinal Verde: objetivo é atender novas demandas dos consumidores brasileiros e internacionais
O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carnes (ABIEC), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Novilho Precoce, Embrapa Gado de Corte e apoio da JBS, comprometeu-se hoje (25), durante cerimônia em Campo Grande (MS), com a criação do pacto Sinal Verde, que tem como objetivo atender às novas demandas dos consumidores brasileiros e internacionais, como estratégia para alavancar a produção e comercialização da carne bovina do Estado.
Entre as metas do Sinal Verde estão atingir 100% do abate tipificado e desenvolver ações para fornecer o mapeamento da evolução da matriz da qualidade de cada município, o que auxiliará no desdobramento de planos de ação na base produtiva. "Estamos iniciando um trabalho que lançará a pedra fundamental de um grupo de estudos da pecuária de corte do Estado do Mato Grosso do Sul e, com isso, consolidar ainda mais a nossa carne bovina como a melhor do Brasil", declara Reinaldo Azambuja, governador do Estado de Mato Grosso do Sul.
Com as ações propostas pelo movimento, a cadeia produtiva de carne bovina terá condições de medir a qualidade do manejo, as condições da malha rodoviária, assim como fomentar a melhoria da qualidade sanitária dos rebanhos. Fidelizar e abrir novos mercados para a carne do Estado de Mato Grosso do Sul é outro objetivo do pacto Sinal Verde.
"O pacto ajudará a mudar o modelo mental do mercado: a pecuária de corte deixará de ter o foco exclusivo na produção do boi para se engajar em uma visão mais abrangente com foco na produção da carne para atender o consumidor, e contribuir com a sustentação de valor da atividade", explica Eduardo Pedroso, diretor de Originação para MS e SP da JBS.
A sustentabilidade também é parte fundamental do movimento, pois os parceiros querem incentivar a regularização ambiental das propriedades rurais por meio da adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), promover a intensificação sustentável da pecuária por meio do aumento progressivo da arroba de carcaça/hectare - em atendimento ao Novo Código Florestal Brasileiro, e promover o crescimento da adoção de sistemas integrados de produção.
As associações e entidades de classe signatárias terão papel fundamental nesse processo, pois serão responsáveis pela interlocução com a base produtiva, trazendo mais legitimidade ao diálogo. As instituições de ciência e tecnologia também contribuirão com soluções sustentáveis,em parceria com instituições nacionais e internacionais.
"O pacto tem importância estratégica para as instituições de ciência e tecnologia, pois contribui para a cadeia produtiva abordando inovação e conhecimento, incrementando a produtividade e promovendo segurança alimentar, saúde do rebanho e, principalmente, qualidade de carne", explica Cleber de Oliveira Soares, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte.
O apoio da JBS
A JBS, ao aderir ao pacto Sinal Verde, reitera sua parceria e comprometimento com o agronegócio sul-mato-grossense. O parque industrial da companhia, que inclui nove unidades de abate de bovinos, somado às plantas das divisões JBS Couros, JBS Novos Negócios e JBS Foods, gera aproximadamente 11 mil empregos diretos no Estado. "Estamos presentes de forma robusta no Mato Grosso do Sul e acreditamos no potencial do Estado. Além disso, temos uma grande capilaridade logística que ajuda a dar escoamento à produção sul-mato-grossense", explica Renato Costa, presidente da JBS Carnes.
Desde 2012, a JBS tem desenvolvido e implantado diversas ferramentas a fim de melhorar o relacionamento entre a indústria e o pecuarista. Uma delas é o Farol da Qualidade, que correlaciona os parâmetros técnicos da carcaça em farol verde (padrão desejável), farol amarelo (padrão tolerável) e farol vermelho (padrão indesejável). Em conjunto funcionam diversos protocolos de tipificação, entre eles o Juntos por um Boi de Sucesso, que premia o pecuarista fornecedor de carcaças no padrão desejável.
"O próximo passo é estender o programa para as nossas outras três unidades em Mato Grosso do Sul, até o fim de 2015. Também temos a intenção de levar o protocolo para outras unidades no Brasil, à medida que os produtores demonstrarem interesse em utilizá-la", explica José Luiz Medeiros, diretor executivo de Originação da JBS.
Enquanto apoiadora do pacto Sinal Verde, a JBS se compromete a atingir 100% do abate tipificado no Estado de Mato Grosso do Sul até dezembro de 2015. Até agosto de 2016, a companhia quer elevar o farol verde da qualidade dos atuais 27% para 50% e reduzir o farol vermelho da qualidade de 10% para 3%. A JBS também vai remunerar os pecuaristas de forma diferenciada, de acordo com a qualidade dos animais.
Alexandre Inácio (JBS) e Tathiane Cavalcante (Ketchum)
Embrapa Gado de Corte
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