O pesquisador da Embrapa Territorial Sérgio Tôsto esteve, em dezembro, na sede do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), em Manaus, AM, para discutir a programação do treinamento em serviços ecossistêmicos (SEs) para produtores e extensionistas rurais no município de Apuí, no Amazonas. A capacitação marca o início da segunda etapa do projeto ASEAM, um dos 19 componentes do Projeto Integrado da Amazônia, que recebe aportes financeiros do Fundo Amazônia. O curso será realizado pelo Idesam e coordenado pela Embrapa Territorial. O programa foi discutido com a técnica Marina Reia. Como informa Tôsto, a capacitação está prevista para ocorrer na segunda quinzena de fevereiro e envolverá cerca de 30 produtores rurais que usam sistemas agroflorestais para o plantio - na região, destaca-se o plantio do café orgânico. Também serão disponibilizadas vagas para os extensionistas rurais. A programação do curso será dividida em partes teórica e prática. O engenheiro agrícola Ramon Morato, coordenador de Produção Rural Sustentável do Idesam, será o tutor do treinamento. Os benefícios dos SEs, especialmente de carbono, solo e água, serão mostrados em sala e em visitas a fazendas sustentáveis. Ao final do curso, será realizada uma avaliação com fins de aferir a assimilação do conteúdo pelos participantes. A atividade será coordenada pela pesquisadora Maria Quitéria, da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) da Embrapa, junto ao pesquisador André Furtado (Embrapa Territorial). Tôsto explica a escolha do público-alvo do treinamento. “Os produtores são os ‘donos’ dos SEs. Eles são responsáveis por cuidar e zelar destes bens. Com esse conhecimento adquirido, futuramente, eles poderão discutir projetos de pagamento por serviços ambientais com mais propriedade”, disse. Quanto aos extensionistas, o pesquisador defende-os como importantes agentes multiplicadores do conhecimento pelo bioma Amazônia. A transferência de conhecimento de serviços ecossistêmicos pelas comunidades do bioma Amazônia é um dos objetivos do projeto ASEAM e marca a segunda etapa do estudo. Além do Amazonas, está em articulação a realização do curso em Rondônia e no Amapá. Em 2019, a equipe finalizou a etapa de mapeamento de uso e cobertura das terras das comunidades do bioma Amazônia. Esse trabalho dará subsídios para quantificar e valorar os SEs de carbono, solo e água, outro objetivo do projeto.