12/02/20 |   Transferência de Tecnologia

Variedades recentes da Embrapa são apresentadas na Abertura Oficial da Colheita do Arroz

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Foto: Pedro de Almeida

Pedro de Almeida - Pesquisadores apresentaram as variedades de arroz Embrapa na manhã desta quarta-feira (12)

Pesquisadores apresentaram as variedades de arroz Embrapa na manhã desta quarta-feira (12)

Em exposição, cultivares de arroz desenvolvidas pelo programa de melhoramento genético nos últimos cinco anos e orientações para cultivo de soja em terras baixas

Durante as manhãs de 12 a 14 de fevereiro, pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) apresentam soluções tecnológicas desenvolvidas pela pesquisa para os participantes da 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz (AOCA), realizada na Estação Experimental Terras Baixas da Unidade, no Capão do Leão/RS. Na vitrine de variedades, cinco cultivares de arroz em exposição: BRS Pampeira, BRS Pampa CL, BRS 358, BRS A701 CL e a novidade, a BRS A705.

Em destaque, a variedade mais recente, a BRS A705, que deve ser lançada ainda neste ano. Sua principal vantagem é o porte, 5 a 10 cm mais baixo do que o das variedades comerciais, o que a torna resistente ao acamamento. Possui ainda ciclo precoce e potencial de produtividade acima de 10 toneladas por hectare. 

Outro destaque é a BRS Pampeira, uma das variedades Embrapa com maior teto de produtividade, com potencial acima de 12 toneladas por hectare. Lançado há três anos, o material também é hoje o mais utilizado no estado do Tocantins por apresentar alta resistência à brusone.

A BRS Pampa CL, desenvolvida para o sistema Clearfield, já é utilizada no Rio Grande do Sul há quatro anos e tem apresentado boa resistência à brusone e a outras doenças, além de ser tolerante à toxidade por ferro. Também possui ciclo precoce, excelente qualidade de grãos e elevado potencial produtivo - superior a onze toneladas por hectare. Nas últimas safras, a indústria tem pago prêmios na compra devido à qualidade do grão.

A BRS 358, voltada à culinária japonesa, também tem se destacado pela qualidade e como excelente opção para a culinária gaúcha. No município de Jaguarão, os produtores receberam 50% a mais pela produção. Suas vantagens estão no grão, mais curto e redondo e com baixo teor de amilose, o que o torna mais pegajoso e molhado após a cocção.

Por fim, a BRS 701 CL é a segunda variedade Embrapa para o sistema Clearfield. Desenvolvida a partir da BRS Taim – muito utilizada no Estado no passado –, apresenta resistência ao herbicida Kifix, do grupo das imidazolinonas, largamente utilizado na lavoura orizícola para controle do arroz vermelho.

Segundo os pesquisadores, todos os materiais Embrapa já foram testados no campo e na indústria e, de modo geral, têm apresentado alta produtividade e excelente qualidade de grão. "A Embrapa não abre mão dessas qualidades em seus lançamentos", completou o pesquisador e melhorista da Embrapa Paulo Fagundes.

Cuidados com a soja em terras baixas

Na vitrine tecnológica dedicada à soja, os pesquisadores Giovani Theisen e Lilia del Aguila demonstram para os produtores as principais dificuldades para produção de soja em terras baixas e algumas orientações de manejo para solução dos problemas. As indicações principais envolvem descompactação do solo, calagem e investimento em irrigação.

Apesar de ter ganhado expressão na metade Sul do Estado, sendo a principal cultura na integração com o arroz irrigado, a soja é sensível às áreas de terras baixas dadas as condições do solo, que é encharcado e mais arenoso e compactado. Tais condições são pouco toleradas pela cultura.

Uma das soluções apresentadas é o uso de camalhões, que traz benefícios para irrigação, no sulco, e, em áreas sistematizadas, ajuda na drenagem, evitando que as plantas se exponham ao encharcamento. O solo plano das terras baixas é favorável a esse tipo de sistema.

Outro ponto importante é a realização de calagem. A indicação dos pesquisadores é que seja realizada análise de solo e, caso necessário, aplicado calcário até três meses antes do plantio, que na região ocorre no mês de novembro.

Em relação à seca nas últimas safras, a orientação é de investimento em sistemas de irrigação. Neste ano, a falta de chuvas ocasionou déficit hídrico de aproximadamente 225 milímetros nas lavouras de soja, com queda esperada de produtividade de até 60%. No ano passado, foram colhidos 75 sacos por hectare em áreas experimentais irrigadas, em comparação a 28 sacos em áreas não irrigadas.

Roteiros técnicos

Nas vitrines tecnológicas, as exposições estão sendo feitas para grupos de 35 pessoas, em média, com cerca de vinte minutos de duração. Ao todo, passaram pelo estande no dia de hoje 30 grupos e mais de mil pessoas, que também percorreram outros 18 estantes de empresas parceiras.

Francisco Lima (13696 DRT/RS)
Embrapa Clima Temperado

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Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
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