02/03/20 |   Research, Development and Innovation  Technology Transfer

Visitas as propriedades e reuniões técnicas do Balde Cheio seguem em Alegrete/RS

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Photo: Sergio Bender

Sergio Bender - Treinamento foi feito com técnicos locais que fazem parte do programa MAIS LEITE Alegrete e visita ocorreu na propriedade de Silmar e Santa Miranda e no Tambo Experimental da Fundação Maronna

Treinamento foi feito com técnicos locais que fazem parte do programa MAIS LEITE Alegrete e visita ocorreu na propriedade de Silmar e Santa Miranda e no Tambo Experimental da Fundação Maronna

No primeiro mês do ano de 2020, o projeto Balde Cheio seguiu sua agenda na região Sul. Em Alegrete, município do Rio Grande do Sul, o projeto retornou no segundo semestre do ano passado e está em pleno funcionamento, onde estão ocorrendo as visitas mensais nas propriedades assistidas pelo técnico, assim como, feitas as reuniões técnicas para discutir e propor ferramentas e ações a serem aplicadas em cada situação dos empreendimentos rurais envolvidos.  Participam do projeto sete propriedades e mais o tambo Experimental da Fundação Maronna.

No dia 16 de janeiro foi feito um treinamento com os técnicos locais que fazem parte do programa  MAIS LEITE Alegrete ( uma parceria entre através da Prefeitura de Alegrete, Emater-RS/Ascar, Acripleite e Fundação Maronna), além da visitação a propriedade de Silmar e Santa Miranda, na localidade do Caverá, e também ao Tambo Experimental da Fundação Maronna, na localidade de Coxilha Vermelha. A capacitação com os técnicos foi realizada pelo engenheiro agrícola Sergio Bender da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS, e o acompanhamento das visitas foi feito pelo técnico em agropecuária Guilherme Souza da Emater, pelo zootecnista Felipe Silveira e da engenheira agronôma Adriana Vargas.

Na reunião técnica foram alinhadas as ações com cada propriedade assistida, sendo  tratados temas avaliados como importantes a serem trabalhados neste período como o planejamento forrageiro, a necessidade de adubação e calagem, gestão econômica, melhoramento genético do rebanho e dieta das vacas em lactação.

O engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alegrete (Sedetur), Leonardo Cera, fala que os  produtores que estão participando do Balde Cheio mostram interesse em receber o treinamento pelo projeto. "Nós escolhemos as propriedades participantes do Balde Cheio também com outros critérios de escolha, como serem  participantes de eventos e atividades propostos pelo Programa MAIS LEITE Alegrete, ser sócio da Associação dos Criadores de Gado Leiteiro e Produtores de Leite de Alegrete (ACRIPLEITE) e ter o compromisso de seguir as orientações propostas", esclareceu Cera.

Segundo ele, o trabalho está no início e alguns resultados já aconteceram, mas serão mais expressivos depois de um ano de trabalho. "A maior dificuldade é a baixa capacidade de investimento, pois a maioria das propriedades assistidas são de pequenos produtores e mão de obra familiar. Se fizermos um comparativo entre produtores do mesmo porte, é notória a evolução das propriedades assistidas", avaliou o agronômo.

Entre as dificuldades na execução do projeto Leonardo Cera destaca a escassez de recursos. "Conseguimos contratar o técnico para vir ao município apenas a cada 90 dias, e temos o contrato até janeiro de 2021. Seria importante a vinda dele todo o mês na cidade, ou que pudéssemos conseguir recursos, através de convênios ou patrocínios, para estender o contrato até 2023, no mínimo, para termos três anos de trabalho e capacitar bem os técnicos locais", considerou ele.

Mas, segundo ele, quando o produtor participa da capacitação do Balde Cheio é possível identificar seu envolvimento com a metodologia. "O que o produtor pergunta para um técnico que visita a propriedade e o que ouve de outro técnico numa fila de banco, por exemplo, é o mesmo discurso, a mesma forma de pensar e de atuar, isso gera confiança para o produtor aplicar a tecnologia", observa Cera.

O instrutor técnico é Juliano Alarcom, que já conhece bem a região e aplicou o projeto em outra época, sendo referência nacional em treinamento de equipes e consultoria em gado de leite e gado de corte.

Um pouco da história do projeto  

O projeto Balde Cheio teve início no município de Alegrete em 2010. Leonardo Cera conta que naquela época, era apenas uma propriedade - por um período chegou a três - onde o técnico do Balde Cheio vinha até Alegrete e os técnicos locais acompanhavam o trabalho dele nesta(s) propriedade(s).

Depois em 2017, o contrato com a prefeitura chegou ao fim. Somente em 2019, o projeto conseguiu retomar, através do trabalho da ACRIPLEITE e do Sicredi. "O interessante é que dessa vez, os técnicos locais colocam a mão na massa, são eles que dão assistência às propriedades participantes e a coordenação do projeto acompanha de perto o trabalho de cada técnico. Isso eu acredito que seja o grande diferencial dessa retomada do projeto no município", diz Cera.

Benefícios do Balde Cheio para o município

- Capacitação de técnicos locais;
- Remuneração de técnicos locais, pelo SEBRAETEC (uma iniciativa da ACRIPLEITE, Sebrae e Fundação Maronna), traz estímulo para fixar pessoas no município;
- Despertar o espírito empreendedor através da necessidade de emitir notas fiscais do trabalho realizado;
- Unicidade de discurso e prática pelo produtor participante;
- Valorização do trabalho dos técnicos, do esforço da equipe retornar o projeto ao município;
- Exigir melhor desempenho dos técnicos locais para aproveitar a troca de conhecimento com o instrutor técnico do Balde Cheio;
- Apresentação de resultados mais rápidos e perseverança na permanência do projeto Balde Cheio nas propriedades;
- Aumento da produtividade do rebanho e da produção leiteira do município;

 

Cristiane Betemps (MTb 7418/RS)
Embrapa Clima Temperado

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