Tomou posse oficial nesta sexta-feira, 6 de março, o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, e sua gestão para conduzir o trabalho de pesquisa por dois anos, sendo possível renovar o mandato por mais dois períodos. Roberto que já conduz a direção dos rumos da unidade de pesquisas local, desde outubro de 2019, foi apresentado em ato solene, no auditório Ailton Raseira, na sede da Empresa, com a presença do diretor-presidente, Celso Luiz Moretti, que veio de Brasília/DF. A solenidade foi prestigiada por dezenas de autoridades políticas e públicas, lideranças do agro, parceiros institucionais, além de empregados da Embrapa. A transmissão de cargo contou com dois momentos: a despedida do chefe-geral anterior, Clenio Nailto Pillon, e seus resultados de gestão; e a apresentação do novo chefe-geral, Roberto Pedroso de Oliveira, que fez um pequeno relato das realizações nos primeiros 100 dias de administração e também destacou alguns pontos de sua proposta de trabalho a ser alcançada nos próximos anos. Ao longo da cerimônia foram feitas falas das autoridades, destacando especialmente a do diretor-presidente da Embrapa, do chefe anterior e atual. O diretor-presidente Celso Luiz Moretti se dirigiu a plateia lembrando a potencialidade produtiva do Brasil, da responsabilidade do país em produzir 20% de alimentos para população global. “Uma em cada cinco pessoas da Terra consomem alimentos produzidos pelo Brasil. Nosso país garante alimento a 1,5 bilhões de pessoas e produz protegendo 66,3% do seu território. E o produtor rural hoje, sim, ele produz, alimenta e preserva, pois as propriedades rurais preservam 25,6% do território brasileiro”, elencou Moretti. Ele discorreu ainda sobre os desafios da agricultura até 2030, com o crescimento da população mundial, como também, se sustentou na apropriação de dados e informações, oriundos de pesquisas consistentes e desenvolvidas pela Empresa e instituições de ciência, como fonte de energia para que a Embrapa continue a produzir, a pesquisar e a gerar soluções para o agro brasileiro. “Não precisamos temer, nós temos a solução, e ela está aqui dentro da Embrapa”, falou entusiasmado o presidente. Quanto aos desafios de gestão, Moretti desejou a Roberto Pedroso de Oliveira: “sucesso, temperança, equilíbrio, proximidade com as equipes, escutar as pessoas, reunir as equipes, entender os anseios e desenvolver trabalhos para atender o setor produtivo”. Segundo ele, esta mensagem é um direcionamento a ele e a todos os empregados da Empresa feita pela Ministra da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento, Tereza Cristina. Estiveram na composição da mesa diretiva da solenidade o deputado estadual Luiz Henrique Viana, o auditor fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ricardo Furtado, representando a Ministra, Tereza Cristina; o diretor da Farsul e presidente do Sindicato Rural de Pelotas, Fernando Rechsteiner, representando o diretor-presidente da Farsul, Gedeão Pereira; o assessor especial da prefeita de Pelotas, Sadi Sapper, no ato representando a prefeita Paula Mascarenhas. Mensagem do chefe empossado A primeira mensagem do atual chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, foi direcionada a força de atuação da Empresa, no seu poder de gerar resultados impactantes, por tudo o que já fez pela agropecuária brasileira, mas principalmente pela sua capacidade de transformar não apenas a sociedade, mas todo o mundo. Roberto Pedroso Oliveira tem uma experiência de 25 anos de Empresa e contou como foi construída sua trajetória de campanha para ocupar o cargo de chefe-geral. Segundo ele, após um itinerário de visitações para apoio a sua proposta de trabalho, ele concluiu sua inscrição ao processo seletivo com 41 apoios formais, e outros comprometimentos não formalizados de forma escrita, mas contou com a representação dos mais diferentes setores. Ele agradeceu aos colegas de gestão que vão dividir a responsabilidade em dar os novos rumos da Unidade de pesquisa: José Francisco Martins, na Chefia Adjunta de Pesquisa & Desenvolvimento; Carlos Leandro Barneche, na Chefia Adjunta de Administração; Enilton Fick Coutinho, na Chefia Adjunta de Transferência de Tecnologias; Júlio José Centeno, na Assessoria de Relações Institucionais; André Andres, como Coordenador da Estação Experimental Terras Baixas; e Luiz Fernando Wollf, como Coordenador Experimental Cascata. “Nós podemos e vamos fazer! Foi isso que me motivou para chegar até aqui! Cada um precisa fazer a diferença em seu campo de trabalho. Cada um precisa aprender a trabalhar para os outros e não para si. Isso é mudança de mentalidade. Construindo um todo ainda maior, seremos mais úteis e importantes”, destacou Pedroso. Ações em 100 dias de trabalho - Após liberação de recursos do Sistema Embrapa de Gestão, em dezembro/2019, pelo Governo Federal, de 2,8 milhões de reais para despesas fixas foram captados recursos adicionais de 400 mil para manutenção do rebanho e gestão da Unidade; - Captação de 1,6 milhão extra da Embrapa Sede para ações de pesquisa; - Aprovação de cinco TEDs, no valor de 1 milhão de reais, relacionadas ao Plano ABC, Citrusflor, Abertura da Colheita do Arroz, Conferência Internacional do Arroz e Feovelha; - Viabilização de atividades de pesquisa e de transferência de tecnologia de grandes projetos: InovaSocial, Leite Seguro e Phillip Morris, que darão um retorno de 23 milhões de reais em três anos; - Fortalecimento das Estações Experimentais Cascata e Terras Baixas, com transferência de pesquisadores, infraestrutura de tecnologia da informação e estudo de projetos estruturantes; - Formação de Núcleos Temáticos de pesquisa; - Formação de parcerias: INCRA (ações de desenvolvimento e transferência de tecnologias em assentamentos de reforma agrária); Exército; UFPel (proposta de parque de startups); Foco de atuação da Unidade Estação Experimental Cascata Área temática: Agricultura Familiar Público Alvo: agricultores de base ecológica, indígenas, quilombolas e assentados, e também agricultores de base familiar que utilizam sistemas convencionais de produção; Estação Experimental Terras Baixas Área Temática: Grãos (arroz, milho e soja) e Pecuária (leite) Público alvo: pequenos,médios e grandes produtores Relato e despedida do chefe anterior O pesquisador Clenio Nailto Pillon, deixou o cargo de chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, conquistado também por processo público seletivo após sete anos, 11 meses e cinco dias. Ele assumiu a gestão da Unidade de pesquisas local de novembro de 2011 a outubro de 2019. Ele rendeu gratidão a trajetória e a grandeza da Unidade: “Todo o caminho trilhado foi construído ao longo do tempo por cada um, que humanamente, Pensou, Sentiu, Agiu e Colheu Resultados. Aqui queremos reconhecer imensamente o legado de cada Governo, Diretoria Executiva e das equipes técnicas e de gestão que, com muito entusiasmo e dedicação, cunharam a história da Pesquisa Agropecuária Nacional, e ajudaram a transformar o Brasil numa referência mundial na produção de alimentos, fibras, energia e serviços relacionados ao agro”, destacou Pillon. Clenio Pillon fez solicitações ao Presidente da Embrapa como a necessidade de realização de concurso público, já que houve inúmeros desligamentos para aposentadorias. “Esta é uma fragilidade que compromete nossa soberania sobre a produção de conhecimento público”, disse o ex-chefe. Ele ainda, fez um tributo a Daniel Aquini, falecido em 2017, um destaque a dedicação das secretárias e agradeceu aos colegas que compuseram sua equipe de gestão, à família e à Embrapa. “Claro que estou mais aliviado, mas não menos comprometido. Deixamos essa etapa da nossa trajetória com sentimento do dever cumprido! Retorno as minhas atribuições de pesquisador. Mas podem ter certeza que seguirei gestando ideias e ajudando as pessoas para, juntos, construirmos um país melhor. O verdadeiro poder está na união, nas ideias e nos ideais!”, finalizou Pillon. Ações alcançadas na gestão anterior -Formalização do Consórcio da Batata junto ao Cone Sul; -Contribuição a 17 portfolios de projetos, dos 34 existentes na Empresa; -Posição entre as três Unidades da Empresa com maior carteira de projetos e número de atividades; -Credenciamento dos laboratórios de qualidade do leite, sementes e azeite; -Investimento em novas estruturas de suporte multiusuárias, como a Central Analítica e o Núcleo de alimentos, Câmaras de Crescimento, o prédio do Núcleo de Bioinsumos e Recursos Genéticos, o prédio do Núcleo de Bioeficiência em Terras Baixas, a construção do Centro de Capacitação para Agricultores Familiares; -Busca de fontes de recursos convencionais e não convencionais, como por exemplo,o Ministério da Justiça, com o projeto Leite Seguro, em parceria com o LFDA/MAPA, na ordem de 30 milhões de reais; - Entrega de 150 cultivares, 160 práticas e processos agropecuários e 64 apoios a políticas públicas; disponibilizadas 3687 publicações técnico-científicas e 793 publicações técnicas, o que equivale a 1,5 publicações por dia, em média, muitas delas em revistas científicas de elevado impacto; - Agenda de Transferência de Tecnologia com a realização de mais de 200 eventos anuais; Encontro de Máquinas e Equipamentos para Agricultura Familiar, os dias de campo institucionais do leite, arroz e da Agroecologia; de forma pioneira, a primeira edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz na ETB, em 2019, junto com a Federarroz e com apoio do Irga. - Instalação da Unidade Mista de Pesquisa e Transferência de Tecnologias (UMIPTT), em Francisco Beltrão-PR, em parceria com o IAPAR e a UTFPR, com adesão de inúmeras instituições parceiras e a incorporação da Estação Experimental de Canoinhas, em Canoinhas/SC, à Embrapa Clima Temperado, com uma visão de um HUB de transferência de tecnologia e inovação;