02/09/15 |   Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação  Transgênicos

Congresso Brasileiro do Algodão reúne 1.500 participantes

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Foto: Valdinei Sofiatti

Valdinei Sofiatti - Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Neto

Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Neto

Começou nesta terça-feira, no centro de convenções do hotel Recanto Cataratas Resort, em Foz do Iguaçu (PR), a décima edição do Congresso Brasileiro do Algodão, considerado um dos mais importantes fóruns de discussões sobre principais questões e tendências da cotonicultura. O evento reúne cerca de 1.500 participantes, entre produtores, pesquisadores, estudantes, técnicos, consultores e representantes dos diferentes setores do agronegócio.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, mostrou-se otimista durante solenidade de abertura do evento. Ele propôs uma agenda positiva para a cotonicultura, diante de um momento delicado da economia brasileira e internacional e dos atuais problemas enfrentados pelos produtores, como o aumento da incidência do bicudo do algodoeiro nas lavouras, das dificuldades de acesso a crédito, do aumento de custos e da concorrência.

Uma das principais propostas de Jacobsen é a união de produtores, técnicos, governo, comunidade científica e indústrias de defensivos para a realização de uma campanha nacional de enfrentamento ao bicudo, que classificou como o maior entrave enfrentado atualmente pelo setor. "Segundo cálculos, os produtores de algodão estão convivendo com uma perda estimada de R$ 1,7 bilhão por ano devido aos danos causados pela praga. Se não adotarmos medidas enérgicas, eficientes e com comprometimento coletivo, perderemos novamente para o bicudo", disse.

Para enfrentar a concorrência com fibras sintéticas e valorizar o algodão brasileiro, a Abrapa ainda lançou o desafio de realizar um programa de marketing de conscientização dos consumidores sobre a vantagem de se usar produtos de algodão, com o objetivo de elevar a demanda interna.

Em seu discurso o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Ladislau Neto, destacou as contribuições da pesquisa brasileira para que o Brasil chegasse ao posto de quinto maior país produtor mundial e terceiro maior exportador de algodão, com uma área de aproximadamente um milhão de hectares e expectativa de produzir 1,5 milhão de toneladas de fibra. "Hoje, com menos de um terço da área plantada com algodão em 1980, o Brasil produz três vezes mais fibra tem a maior produtividade mundial de algodão de sequeiro", comparou. "Somente com muita tecnologia, teremos condições de competir com os principais produtores mundiais no atual cenário de altos custos de produção, de redução dos preços da fibra e uma crescente competição com fibras sintéticas", acrescentou.

Ladislau Neto salientou que a Empresa está em processo avançado de criação de uma plataforma de pesquisa voltada ao desenvolvimento de cultivares de algodão transgênico com foco inicial na resistência ao bicudo do algodoeiro. "Para que estas novas tecnologias cheguem aos nossos produtores, ainda é necessário passar por um longo caminho de pesquisas, testes de campo e avaliações de biossegurança", afirmou.

Ele destacou ainda que programa de melhoramento genético do algodoeiro da Embrapa está orientado para o desenvolvimento de novas cultivares com melhor alta qualidade de fibra, precocidade e resistência maior tolerância a fatores adversos. Para 2017 está previsto o lançamento de cultivares transgênicas para resistência a lagartas, à ramulária e a nematoides.

Também participaram da cerimônia de abertura o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Rafael Cervone; o diretor executivo do Comitê Consultivo Internacional de Algodão (Icac - International Cotton Advisory Committee, na sigla em inglês), José Sette; o presidente executivo do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Haroldo Cunha, e o diretor da Agência Brasileira de Cooperação, embaixador João Almino.

O congresso segue até sexta-feira (4), com uma agenda composta por 24 mesas-redondas e seis plenárias, com a participação de especialistas nacionais e internacionais que estão discutindo desde o panorama econômico do Brasil e do mundo até os principais problemas enfrentados pela cotonicultura. Paralelamente aos debates, acontece uma exposição de produtos, serviços e soluções para as lavouras de algodão. O evento conta com o apoio científico da Embrapa e do Iapar – Instituto Agronômico do Paraná.

 

Com informações da Assessoria de Imprensa do 10º CBA

Edna Santos (MTB-CE 01700)
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