Rotação de culturas é alternativa para minimizar problemas com plantas daninhas
Rotação de culturas é alternativa para minimizar problemas com plantas daninhas
Nos últimos anos o controle de plantas daninhas tem dado trabalho e mexido no bolso dos agricultores de Mato Grosso. O aumento populacional e o surgimento de plantas resistentes são questões que preocupam a cadeia produtiva. Para discutir estes problemas e apresentar alternativas aos produtores, será realizada uma mesa redonda sobre o tema durante o I Simpósio Nacional sobre Plantas Daninhas em Sistemas de Produção Tropical, que ocorrerá nos dias 29 e 30 de setembro, em Sinop (MT).
De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), nos últimos cinco anos, as despesas com herbicidas passaram de 7% para 12% do total do custo da lavoura de soja. No caso do milho, o custo saltou de 5% para 10% do custo da lavoura.
Um dos motivos apontados para este aumento é o sistema produtivo adotado, com sucessão das culturas da soja e milho. Além disso, o uso da tecnologia RR em ambas as lavouras, associada à falta de rotação de mecanismos de ação, também contribui para a seleção de indivíduos resistentes.
Para o pesquisador da Embrapa Soja e um dos palestrantes do Simpósio, Dionísio Gazziero, os produtores precisam adotar soluções alternativas para que consigam controlar as plantas daninhas sem comprometer ainda mais os custos da lavoura. Ele explica que uma alternativa é a rotação de culturas no sistema de produção. Um exemplo é a entrada da Brachiaria ruzizienses, seja ela consorciada com o milho ou solteira.
"Ter uma cobertura do solo permanente reduz a incidência das plantas daninhas. Quando o produtor adota os princípios corretos de manejo da área e da cultura, ele reduz o problema de plantas daninhas, tanto em quantidade populacional quanto em resistência dos indivíduos", explica Dionísio Gazziero.
O pesquisador ainda alerta para a necessidade de o agricultor avaliar os produtos que usa dentro de sua propriedade e a estratégia de ação.
"Para não agravar ou retardar os problemas com plantas daninhas dentro da propriedade, ele precisa fazer a rotação de mecanismos de ação e das combinações entre eles. Se houver a resistência ao glifosato, ficará ainda mais caro fazer o controle, o que pode levar o agricultor a reavaliar o sistema produtivo", alerta.
Além do pesquisador Dionísio Gazziero, farão parte da mesa redonda sobre Manejo de Plantas Daninhas em Sistemas de Produção Agrícola o pesquisador da Embrapa Algodão Alexandre Barcelos Ferreira e o professor da Universidade de Passo Fundo Mauro Rizzardi. Esta discussão ocorrerá no dia 29, no período da tarde.
Confira a programação completa do Simpósio aqui.
Inscrições
As inscrições antecipadas para o I Simpósio Nacional sobre Plantas Daninhas em Sistemas de Produção Tropical já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.spdtropical2015.com.br. O valor para sócios da Sociedade Brasileira de Ciência das Plantas Daninhas é R$ 60 se forem estudantes e R$ 120 se forem profissionais. Estudantes não sócios pagam R$ 70 e profissionais não sócios R$ 150.
O I Simpósio Nacional sobre Plantas Daninhas em Sistemas de Produção Tropical ocorre simultaneamente ao IV Simpósio Internacional Amazônico sobre Plantas Daninhas. Os eventos são realizados pela Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) e organizados pela Embrapa, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Os eventos contam com Apoio da Aeagro, Capes, CNPq, IMAmt e Sindicato Rural de Sinop; e patrocínio da Bayer, Dow AgroSciences, Banco da Amazônia, Agrisus, Aprosoja, Crea-MT, Monsanto, Nortox e Senar-MT.
Mais informações no site www.spdtropical2015.com.br.
Gabriel Faria (mtb 15.624/MG JP)
Embrapa Agrossilvipastoril
Contatos para a imprensa
agrossilvipastoril.imprensa@embrapa.br
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