Colaboradoras produzem máscaras artesanais de forma voluntária
Colaboradoras produzem máscaras artesanais de forma voluntária
Se, por um lado, a pandemia do coronavírus tem sido marcada pelo isolamento físico, por outro, é o momento de exercer a solidariedade. Depois de um dia de trabalho, conciliando as demandas da empresa, as atividades domésticas e o cuidado com os filhos, analistas e pesquisadoras da Embrapa Acre se dedicam a mais uma função: voluntariado. O computador dá lugar à máquina de costura. Em vez de agenda, caneta e outros materiais de escritório, entram em cena retalhos de tecido, elástico e aviamentos. Tudo isso para a confecção de máscaras artesanais que ajudam na prevenção da doença.
O trabalho é de formiguinha, como define a analista Renata Beltrão, mas possibilita a fabricação de máscaras para hospitais e instituições beneficentes. “Há 20 dias, me senti desafiada a fazer máscaras. Minha irmã me enviou um tutorial, fiz um teste e vestiu super bem. Então comecei a juntar os tecidos que tinha em casa, ganhei mais alguns retalhos e comecei a fazer”, conta. Até o momento, ela já produziu 43 unidades, que foram entregues a familiares e pessoas próximas. Agora, com a ajuda de uma vizinha, elas produzem para funcionárias do restaurante da Fundação Hospitalar de Rio Branco.
Diz o velho ditado que a união faz a força. Com efeito, as pesquisadoras Joana Souza e Tatiana de Campos se juntaram a mais duas vizinhas de condomínio e já confeccionaram três mil unidades. “Começamos em março, quando teve início a quarentena. Eu estava em férias e passei a costurar para preencher o tempo e ajudar os mais necessitados”, explica Joana Souza. Além do uso pessoal, as máscaras são doadas para entregadores de deliveries, prestadores de serviços, empregadas domésticas, comunidades do bairro Calafate e também para a Cáritas (Paróquia São Peregrino) e Lar dos Vicentinos, instituição beneficente que abriga idosos.
Quem quiser participar pode fazer doações de material, como elástico e tecido de algodão, ou contribuir em dinheiro. “O material está em falta nas lojas e teremos que comprar pela internet. O tecido de algodão é mais resistente e pode ser lavado diversas vezes, porém, custa mais caro que o TNT. Com a doação, é possível completar o que falta”, diz Tatiana de Campos. Quem tiver disponibilidade e mão boa para a costura, pode atuar diretamente no trabalho voluntário. “O importante é desafiar novos colegas que tenham máquina em casa a entrar nessa corrente”, incentiva Renata Beltrão.
Cuidados com a máscara
Seguindo as orientações do Ministério da Saúde, o Governo do Acre decretou o uso obrigatório de máscaras a partir do dia 20 de abril. A busca fez com que as máscaras descartáveis sumissem das prateleiras e estão em falta até nos hospitais. A alta demanda fez surgir a fabricação artesanal do produto, que deve obedecer alguns critérios de qualidade. A máscara deve ser feita em duas camadas de tecido (como algodão, tricoline ou TNT), com elástico ou tiras para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca e no tamanho suficiente para cobrir boca e nariz.
“O uso de máscara é o tipo de hábito que todo mundo vai ter que se acostumar. Se usarmos da maneira correta, pode ajudar muito a diminuir a transmissão do vírus. Se usarmos de maneira errada, pode atrapalhar”, explica o infectologista Thor Dantas. Por isso, alguns cuidados são recomendados. Não se pode tocar diretamente no tecido, elas devem ser manuseadas pelo elástico e trocadas a cada duas horas, ou quando estiverem úmidas. O descarte deve ser feito com cuidado, em saco plástico e, como são reutilizáveis, é possível lavar com água, sabão e, de preferência, secar ao sol.
O uso de máscara é um sinal de cuidado com a saúde do próximo e, além de diminuir o risco de contaminação pelo coronavírus, pode agregar no estilo de cada um, já que existem diferentes modelos, de diversas cores e estampas.
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Priscila Viudes (Mtb 030/MS)
Embrapa Acre
Contatos para a imprensa
acre.imprensa@embrapa.br
Telefone: (68) 3212-3250
Colaboração: Bleno Caleb
Embrapa Acre
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