Os trabalhos da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE) em todas as frentes seguem em execução apesar da pandemia de covid-19, garantindo a continuidade das pesquisas, suporte e serviços complementares na sua sede, na capital sergipana, na Unidade de Execução de Pesquisa (UEP) em Rio Largo, AL, e nos seus cinco campos experimentais em Sergipe. Com as medidas de isolamento social e quarentena determinadas pelos governos federal e estaduais, a unidade se preparou em março para garantir a continuidade dos trabalhos diminuindo os riscos de contaminação. De acordo com Marcelo Fernandes, chefe-geral, a unidade agiu rápido para se preparar para proteger seus empregados, colaboradores e público externo dos riscos do coronavírus e seguir executando suas ações para entregar resultados para a agricultura e a sociedade brasileira. Segundo dados do Setor de Gestão de Pessoas (SGP), dos 191 empregados da Unidade, 87 entraram regime de teletrabalho, realizando suas atividades a partir de casa, em isolamento, 71 iniciaram regime de revezamento, comparecendo em dias determinados para atividades consideradas essenciais – alimentação de rebanho, manutenção de experimentos e análises laboratoriais, segurança química e biológica dos laboratórios, manutenção e alimentação de redes e sistemas de TI com acesso local e outras –, 22 foram temporariamente dispensados das atividades, seis se encontram afastados por licenças e afins e o Colegiado de Chefes manteve presença contínua. O prazo para os regimes extraordinários de trabalho e funcionamento das Unidades da Embrapa no Brasil todo vai até 13 de setembro, podendo ser antecipado a depender dos desdobramentos da pandemia regionalmente. Nesse período, os atendimentos, visitas e eventos presenciais seguem suspensos. O Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC Embrapa) prestará atendimentos apenas por telefone – (79) 4009-1344 e meios virtuais no portal da Embrapa – https://www.embrapa.br/fale-conosco. Para Paulo de Carvalho, chefe de Administração, é fundamental reconhecer e valorizar o trabalho e empenho de todos os empregados e colaboradores durante esse período atípico e desafiador da pandemia, especialmente os colegas que vêm desempenhando atividades essenciais presencialmente. Infraestrutura Durante a pandemia, o Setor de Gestão da Infraestrutura (SGI) tem realizado atividades de gestão e fiscalização de contratos essenciais à manutenção das atividades da unidade, tais como o de limpeza, portaria, vigilância, telefonia, energia elétrica, fornecimento de água e outros. “Além disso, temos recebido as correspondências e encomendas e encaminhamos aos destinatários finais”, afirma Bruno Cabral, supervisor do SGI. “Temos aproveitado o tempo também para realizar manutenção predial e melhorias em nossa unidade”, complementa. Em levantamento realizado pelo SGI, verificou-se a inexistência de terceirizados em situação de risco ou comorbidade para a covid-19, procedendo-se à adaptação de horários de comparecimento de acordo com a disponibilidade de transporte público. Em face de restrições orçamentárias, desde 2018, o contingente de terceirados tem se mantido no mínimo necessário à prestação dos serviços. Os colaboradores, bem como empregados, que comparecem de forma continuada, revezada ou eventual ao ambiente de trabalho, vêm usando máscaras de proteção desde que esse equipamento foi instituído como obrigatório por decreto governamental. Os terceirizados da vigilância, que se mantiveram na linha de frente e recepção de eventuais visitantes e entregadores de correspondências e materiais, vêm usando máscaras de proteção desde que esse equipamento foi instituído como obrigatório por decreto governamental, além de álcool líquido e em gel. Laboratórios Segundo Tânia Dantas, supervisora do Setor de Gestão de Laboratórios (SGL), os colegas vêm atuando em revezamento e estão garantindo a realização de análises fundamentais para a pesquisa, além de monitorar a segurança e qualidade. Além das atividades de rotina, o SGL está atuando também em cooperação institucional no enfrentamento da crise pandêmica, com destaque para a produção de centenas de litros de água filtrada por osmose reversa para produção de álcool gel e líquido e solução clorada pela UFS e o IFS. Campos Erivaldo Moraes e Pablo Melo, supervisores de campos experimentais, organizaram as equipes e as tarefas de campo para que nenhum experimento ou projeto de pesquisa corresse risco de prejuízo ou perda irreparável. Com o revezamento dos colegas de campo e o apoio de colaboradores do Conselho da Comunidade de Execuções Penais (CCEP), as atividades de pesquisa, de manutenção e limpeza das áreas experimentais e administrativas nos campos foram mantidas e até fortalecidas – irrigação de bancos genéticos, coleta de dados de produção, contagem de folhas e colheita de frutos, roçagem e capina de áreas, podas e cortes, adubação, manutenção de vitrines e sistemas de irrigação, preparo de solo e semeadura, alimentação e biometria de ovinos, entre muitas outras. Com a chegada da janela de plantio de culturas anuais por conta do período de chuvas, a semeadura de experimentos em campos já começou a ser realizada, a exemplo do plantio de um extenso experimento com 9 hectares de milho no campo de Frei Paulo, no Agreste Central Sergipano.