02/06/20 |

Balanço Social - Pupunha para produção de palmito

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O cultivo de pupunha para produção de palmito é uma alternativa em relação ao palmito oriundo do extrativismo e seu sistema de produção tem proporcionado impactos positivos principalmente no litoral do estado do Paraná, gerando emprego e renda nas diversas etapas do setor produtivo agropecuário e agroindustrial. Os consumidores, consequentemente, se beneficiam ao adquirir produtos de procedência conhecida, produzidos legalmente de forma sustentável e com preços acessíveis. 

Os principais beneficiários da tecnologia são os produtores rurais que possuem plantios de pupunha destinados à produção de palmito e as agroindústrias de palmito que agora têm ao seu dispor matéria-prima de qualidade e com escala garantida a fim de atender às demandas do mercado. 
Em termos de avanço na área cultivada e no número de produtores envolvidos, no ano de 2000 eram cultivadas aproximadamente 100 mil pupunheiras na região litorânea do Paraná. Atualmente, são 8,5 milhões de plantas, cultivadas em uma área de 1,7 mil hectares, envolvendo aproximadamente 1,3 mil agricultores.

Os benefícios econômicos gerados pela tecnologia foram equivalentes a R$ 5,7 milhões. Destes, 60% são atribuídos à Embrapa Florestas, devido ao desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e à capacitação de técnicos e produtores (agentes multiplicadores). Os outros 40% dos impactos são atribuídos aos parceiros institucionais do projeto que aportaram capital intelectual e humano para o desenvolvimento das pesquisas e/ou ações de extensão rural. São eles: Embrapa Agroindústria de Alimentos, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Estadual de Maringá, Universidade Estadual de Ponta Grossa, IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná IAPAR-EMATER), PUC-PR e produtores rurais.  

Em relação ao impacto social, os indicadores “geração de renda”, “valor da propriedade” e “relacionamento institucional” merecem destaque na avaliação da tecnologia. O alto rendimento por unidade de área permite a adoção dessa tecnologia com viabilidade econômica, mesmo para pequenos produtores, com características típicas de agricultura familiar.

Quanto ao aspecto ambiental, devido à área de domínio da Mata Atlântica do litoral paranaense ser constituída por 80% de cobertura vegetal protegida por Áreas de Proteção Ambiental (APA), Áreas de Preservação Permanente (APPs), parques e estações ecológicas, são muitas as limitações de áreas produtivas aptas a receber cultivos agrícolas. Ao preconizar o planejamento e a gestão da propriedade rural de forma sistêmica, em relação à conservação e à preservação dos recursos naturais, esta tecnologia é uma importante alternativa de sistema de produção sustentável para otimização do uso da terra e fonte de renda para os produtores. Destacam-se os indicadores conservação da biodiversidade e recuperação ambiental, que apresentam alterações positivas em todas as propriedades. Devido ao manejo aplicado, a qualidade do solo também é um indicador que apresentou grande destaque dentro dos indicadores ambientais. Além de ser uma alternativa em relação ao palmito oriundo do extrativismo.

Paula Saiz (CONRERP SP/3453)
Embrapa Florestas

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