No próximo dia 17, quinta-feira, acontece em Foz do Iguaçu (PR) o II Simpósio Brasileiro de Sementes de Espécies Forrageiras, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (Abrates). Com o tema "Sementes de Espécies Forrageiras: cenário futuro", os especialistas debaterão linhas emergentes e relevantes para esse mercado, como pirataria, padrões de qualidade e certificação. Atualmente, o País apresenta mais de 120 milhões de hectares de forrageiras cultivadas, alimentando, aproximadamente, 170 milhões de cabeças, as quais em maior número a pasto, o que evidencia a importância das sementes no sistema produtivo nacional. "A indústria de sementes de espécies forrageiras cresce e se qualifica a cada dia e há sempre novidades, mudanças de cenários e inovação. Entretanto, ainda há escassez na produção de conhecimento técnico e científico para o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento", destaca a coordenadora do Simpósio, Jaqueline Verzignassi, pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Tais informações estão divididas em três grandes sessões. A pirataria nesse agronegócio abre o evento, orientada por José Américo Rodrigues, presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). A seguir, o pesquisador da Embrapa, Francisco Dübbern de Souza coordena o painel sobre os padrões de identidade e qualidade; e a certificação, liderada por Paulo Bardauil Alcântara, do Instituto de Zootecnia de São Paulo (IZ), encerra a programação. Para a especialista em tecnologia de sementes, a pirataria é responsável por grandes prejuízos financeiros e estima-se que 30% das sementes comercializadas no Brasil sejam piratas. "Ela aliada à comercialização de produtos abaixo dos padrões mínimos exigidos pelo Ministério da Agricultura são grandes desafios para o setor", revela Verzignassi, ressaltando ainda que o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador mundial de sementes de forrageiras tropicais. Também, conforme a engenheira agrônoma, algumas normas estão em fase de alteração, com destaque para os padrões de pureza, análise e padrões de sementes revestidas, bem como, aspectos pertinentes à produção. Ao final de cada sessão, serão apresentadas e debatidas propostas para cada um desses gargalos, que se redimensionam ao observar a produção nacional, ao redor de 60 mil toneladas de sementes forrageiras tropicais puras/ano, movimentando 1,2 bilhão de reais anualmente, considerando apenas o mercado formal, com 20% do montante produzido exportado a mais de 20 países. O II Simpósio Brasileiro de Sementes de Espécies Forrageiras integra o XIX Congresso Brasileiro de Sementes (CBSementes), que ocorre entre os dias 14 e 17 de setembro de 2015. Mais informações: http://www.cbsementes.com.br/