Tecnologias para banana mudam vida de agricultores do interior do AM
Tecnologias para banana mudam vida de agricultores do interior do AM
O uso das tecnologias recomendadas pela Embrapa tem sido fundamental para aumentar a produtividade da banana, a renda e o otimismo de um grupo de agricultores do município de Maués, no interior do Amazonas. "Eu trabalhei com banana no passado e não acreditava mais que daria certo. Hoje, depois de trabalhar com as recomendações da Embrapa, estamos produzindo cada vez mais e obtendo retorno financeiro do nosso trabalho", conta Adeilson Gomes, agricultor que recebeu em sua propriedade, localizada na comunidade Rio Paricá, o Dia de Campo A cultura da bananeira: tratos culturais, colheita, pós-colheita e uso da banana na alimentação, no sábado, 12 de setembro.
O evento reuniu cerca de 150 pessoas, entre agricultores e representantes de instituições, curiosos para conhecer de que forma a produtividade da banana foi quadruplicada na propriedade. Conforme o supervisor do campo experimental da Embrapa em Maués, Ribamar Ribeiro, além de realizar todas as práticas recomendadas pela Embrapa para o cultivo da bananeira, o plantio foi realizado com a cultivar BRS Prata Caprichosa, mais produtiva e resistente à sigatoka-negra, à sigatoka-amarela e ao mal-do-panamá, alguns dos principais problemas que afetam a cultura.
"Depois que adotamos as tecnologias da Embrapa, o bananal já tem anos e está produzindo bem. Quando a gente plantava do nosso jeito, a bananeira só produzia um ano. Aparecia doença e praga e a gente não sabia como controlar. As plantas não eram resistentes e a gente só tinha prejuízo. E aí com a ajuda da Embrapa é diferente. O bananal não morre e a gente produz sempre bem", confirmou o agricultor Adeílson Gomes.
Gomes trabalha com agricultores da região de forma cooperativa. Cerca de 15 trabalhadores, durante dois dias da semana, se reúnem na propriedade de um dos participantes do grupo, e juntos realizam as atividades agrícolas, potencializando, assim, a mão-de-obra e os cultivos de cada um de forma mútua. Para ele, a oportunidade de abrir a sua propriedade para que outros produtores pudessem ver a forma de trabalho do grupo e o sucesso dos plantios de bananeira foi enriquecedora. "Ficamos muito felizes com o Dia de Campo. Os agricultores saíram do evento otimistas para fazer um trabalho como estamos fazendo. Eu falei para eles que o objetivo não era a gente mostrar o que estamos fazendo como exibição, mas sim como uma garantia de que dá certo se for feito, mesmo com todas nossas dificuldades, de forma organizada e seguindo as orientações da Embrapa", disse.
Outro ponto ressaltado por Adeílson é o mercado – especialmente o mercado institucional da merenda escolar para a venda dos alimentos produzidos – e a importância de diversificar a produção. "Antes produzíamos só o guaraná, mas agora temos abacaxi, melancia, macaxeira, banana, e essa questão de entregar para a merenda escolar motiva muito a gente", destacou.
Dia de Campo
O Dia de Campo A cultura da bananeira: tratos culturais, colheita, pós-colheita e uso da banana na alimentação foi promovido pela Embrapa Amazônia Ocidental e Prefeitura de Maués. O evento contou com apoio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam/Maués).
Foram instrutores do evento a técnica da Embrapa Amazônia Ocidental, Maria William Cardoso Néo, a extensionista do Idam, Rosilda Bentes, e os pesquisadores da Embrapa Amazônia Ocidental, Luadir Gasparotto e José Clério Rezende Pereira. Dentre diversos temas, o Dia de Campo abordou assuntos como técnicas culturais na cultura da bananeira, colheita e pós-colheita da banana e diferentes formas de utilização da banana na culinária amazônica.
Felipe Rosa (14406/RS)
Embrapa Amazônia Ocidental
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