Audiência Pública debate impacto do uso de agrotóxicos
17/09/15
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Estudos socioeconômicos e ambientais
Audiência Pública debate impacto do uso de agrotóxicos
Foto: Paulo Lanzetta
O chefe de P&D da Embrapa Clima Temperado abordou o trabalho da pesquisa ligado à racionalização no uso de agrotóxicos
Em audiência publica realizada na última quarta-feira (16), no auditório da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), representantes de diversas entidades ligadas à atividade agropecuária e da sociedade civil discutiram os impactos dos agrotóxicos. A audiência contou também com a participação do chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), Jair Nachtigal, que apresentou brevemente o trabalho da pesquisa ligado à diminuição do uso desse tipo de insumo.
Nachtigal abordou três linhas de atuação importantes trabalhadas dentro da Embrapa: no âmbito da racionalização do uso de agrotóxicos, mencionou trabalhos ligados ao manejo integrado de pragas e à produção integrada de frutas, hortaliças e grãos. Também falou sobre o desenvolvimento de sistemas de produção mais limpos, como agroecológico e orgânico, e o desenvolvimento de insumos alternativos, como fertilizantes e fitoprotetores – desenvolvidos, principalmente, na Estação Experimental Cascata. Finalmente, mencionou o trabalho relativo à manutenção da agrobiodiversidade por meio das sementes crioulas e de seus guardiões. "Esse é um trabalho que busca preservar e resgatar aquelas culturas que, até certo tempo, eram cultivadas sem agrotóxicos", afirmou.
A principal atividade da audiência foi a palestra do engenheiro agrônomo e presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Leonardo Melgarejo, que apresentou um panorama sobre o uso de agrotóxicos na atividade agrícola brasileira. A audiência contou com a participação de representantes do Ministério Público do Trabalho, do Ministério Público do Estado e do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul (MP/RS) e foi promovida pelo "Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos" e por uma comissão formada pelo Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (Capa), Embrapa, Núcleo de Desenvolvimento Territorial (Nedet), Cooperativa Sul Ecológica, gabinete do vereador Beto da Z-3, Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e pelo Centro Acadêmico do curso de Agroecologia da Furg. Participaram dos debates cerca de 350 pessoas, entre agricultores, estudantes, consumidores e representantes de prefeituras de diversos municípios da região.
Fórum da Agricultura Familiar
Pela manhã, também houve reunião do Fórum da Agricultura Familiar (FAF) referente ao mês de setembro, com a presença do delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Rio Grande do Sul, Marcos Regelin. Na ocasião, foi apresentado o Plano Safra 2015/2016 da Agricultura Familiar, que prevê o investimento de 28,9 bilhões de reais para esse tipo de produção. Dentre as mudanças apontadas neste Plano Safra está o Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), que completa dez anos e passa a ter cobertura de 80% da lavoura. Também foram mencionados investimentos em assistência técnica, apoio ao cooperativismo, fortalecimento da agricultura familiar e, principalmente, investimento em Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) com foco na juventude, com o mínimo de 25% de jovens atendidos em todas as chamadas publicas. "Se não envolvermos os jovens neste, ou no próximo ano, logo ele sairá da propriedade. O jovem filho de agricultor é o futuro agricultor familiar", completou.
Letícia Eloi Pinto e Francisco Lima (13696 DRT/RS)
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